Capítulo 18

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Eu gemo, sento e esfrego meus olhos cansados. Meu corpo parecia que pesava 16 toneladas, e sentia vontade de vomitar.

Eu olhei ao me redor vendo que estava no meu quarto, removo o endredons em volta do meu corpo, e me levanto.

Minhas pernas pareciam gelatina, quando eu comecei a andar em direção ao banheiro. Quando vejo meu refelxo, eu engasguei.

Olhos vermelhos, cabelo bagunçado, e roupas de ontem. O que aconteceu ontem?

Minha pergunta foi respondida quando me cheirei, eu cheirava a vodka de cereja. Eu me encolhi e agarro minha escova de dentes.

Depois de escovar os dentes, certificando que o cheiro de álccol se foi, saío do banheiro e decido ir lá para baixo.

Quando cheuguei no ultimo degrau da escada, eu posso sentir o que minha mãe estava cozinhando. Cheirava panquecas e bacon.

Sento-me na mesa, que estava arrumada com uma toalha xadrez e uma vaso cheio de flores.

''Bom dia Lucy.'' Sauda minha mãe. Não posso evitar minha carranca pergunatndo o por que dela estar fazendo isso.

''Mãe.'' Eu murmurei, e ela olha para mim. ''Por que você está fazendo isso?'' Eu finalmete pergunto.

Ela sorri. ''Porque eu quero. Agora coma. Vamos sair mais tarde.'' E ela saiu da sala de jantar.

Comecei a comer minha panqueca e beber meu leite. Eu não gosto de café, eu estava meio traumatizada pelo fato de ter queimado minha língua quando bebi pela primeira vez. E sou muito medrosa para tentar novamente.

Quando terminei, levei meu prato e copo para a pia da cozinha, onde minha mãe começa a lavar os pratos.

''Onde vamos?'' Eu pergunto, e ela olha pra mim e volta a lavar a louça. ''No shopping. Vamos fazer compras, e eu quero comprar uma tinta para a parede velha da sala.''

Eu murmurei um 'ok' e fui me arrumar.

***

''Este fica bom em você.'' Minha mãe elojiou, segurando um vestido rosa, e me encolhi.

Eu balanço minha cabeça. ''Não, nunca na minha vida inteira.'' Minha mãe revira os olhos, agora eu sei de onde tirei essa hábito.

''Que tal esse?'' Ela levanta um vestido sem mangas que combinaria com minhas botas pretas. Eu concordei, e ela foi para o caixa.

Depois de pagar o vestido, minha mãe e eu fomos a uma sorveteria. ''Morango.'' Minha mãe disse a mulher atrás do balcão e esta assentiu com um rosto neutro.

Por que todas as pessoas que eu vejos nesta cidade estão todas com o olhar entediado, como se elas não tivessem vida?

Foi a minha vez, depois de olhar os sabores, olhei para ela. ''Caramelo, por favor.'' Eu disse.

O estranho é que, enquanto escolia meu sorvete, ela apenas ficou me olhando. Me fazendo etremecer de medo, por que diabos ela está me olhando assim?

Ela me entregou o sorvete e eu estava prestes a ir embora, quando ela pega meu pulso. Eu tentei me afastar, mas seu aperto não cedia.

''Me solta.'' Eu falei, e ela se inclina para a frente.

''Cuidado com a lua é vermelha, ele vai viver novamente.'' Ela falou em um sussurro e soltou meu pulso.

Eu olho para ela como se ela fosse louca e me afasto. Mas que merda ela queria dizer? Lua Vermelha? Ela é daltônica ou algo assim?

''O que há de errado?'' Minha mãe pergunta, enquanto comia seu sorvete. Eu suspiro. ''Aquela mulher era estranha.''

''Bem, talvez ela está apenas cansado do trabalho, por isso ela parece um zumbi.'' Ela encolhe os ombros.

''Será que você não entende mãe, quase todo mundo se parece como ela. A mesma expressão.''

''Eu realmente não vejo nada de estranho Lucinda. Talvez seja sua imaginação.''

Ou um pesadelo.

''Aliás, mãe da Ruby ligou.''

Meus olhos se arregalam. ''Ela ligou? O que ela disse?'' Deve ser meio estranho para ela, ela deve estar com raiva agora, já que matei sua filha. Bem, ele.

''Ela disse que vem nos visitar, e ela não vai dizer ao seu pai que estamos aqui.''

Não posso evitar em sentir falta do meu pai, minha mãe afirma que ele a traiu, mas mesmo assim, ele ainda é meu pai.

Em seguida, seu telefone toca. Ela abre a bolsa e procura seu celular, murmurando palavras malditas o que me faz rir.

''Olá?'' Ela finalmente atende, e ela sorri. ''Olá Cristal, sim, estamos no shopping agora.''

Eu não estava prestando atenção em sua conversa pois vi dois homens, sentados em uma mesa seis passos da nossa, olhando para nós, bem, para mim.

Eles estavam cochichando e rindo. Mas que merda? Depois disso, eles se levantaram e sairam.

O outro olhou para mim e lambeu os lábios, me fazendo ficar enjoada. Quero dar um tapa naquele rosto nojento.

''Tudo bem... Te vê jo mais tarde!'' Minha mãe sorri e desliga. ''Ela irá chegar a tarde, e vamos prepar o jantar para ela, está bem?''

Mas eu não respondo. Porque eu estva ocupada olhando em volta, para depois parar em um par de olhos pretos vazios escondido em um canto escuro.

Ele estava aqui.

Minha mãe me tira dos meus pensamentos e nós terminamos nosso sorvete.

Nossa última parada foi no salão. Minha mãe decidiu cortar seu cabelo até os ombros, enquanto e decidi fazer minha unha.

Mas, assim como todo mundo, a mulher que faz minhas unhas, só olha para mim. Eu tentei me ocupar lendo uma revista.

Depois de alguns minutos, ela tinha acabado. Um pouco antes de me levantar, a mulher sussurra.

''Cuidado com a lua é vermelha, ele vai viver novamente.''

Que diabos?

Por que está todo mundo sussurrando essas coisas para mim, e por que não com minha mãe?

Eu não posso esperar para chegar em casa e descansar um poco de toda essa loucura que está acontecendo.

Quando entramos no carro, minha mãe dirige. Esperamos um guarda de trânsito nos sinalizar para passar, e ele faz.

Mas pouco depois do carro passar, ele abre a boca, mesmo que eu não possa ouvir, eu sei o que ele está dizendo.

''Cuidado com a lua é vermelha, ele vai viver novamente.''

Eu afundo no assento de couro, não querendo que ninguém me veja.

Esta cidade, é simplismente o inferno.

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Créditos: waysidestyles

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