Capítulo 57

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Eu quero gritar. Gritar e gritar até perder minha voz e estourar meus pulmões e morrer. Depois de alguns minutos olhando o título do noticiário, fico olhando para o nada. Quando li o artigo, eu não podia acreditar.

'A polícia finalmente encontrou o responsável pelo incêndio que ocorreu na vizinhança. Todas as evidências apontam para a senhorita Lucinda Mackenzie, uma estudante da escola de Silent Mound.' 

Não queria continuar lendo, eles descobriram quem fez aquilo. Eles descobriram sobre mim. Isso só me fez entrar em pânico, o que aconteceria se eles me encontrassem? O que eles iriam fazer comigo? Não posso ir para a cadeia, eu ainda tenho que terminar meus estudos e ir para a faculdade. Ainda tenho muito o que fazer na minha vida, e ir pra cadeia não faz parte dessa lista.

Tirei meu olhar do teto para o jornal rasgado no chão, como se rasgá-lo fosse reverter tudo. Agora sou uma criminosa. Não, espera, eu já era uma criminosa. Ninguém sabia. Eu estava fora dos meus sentidos quando a porta se abriu e o Harry entrou e olhou de mim para o papel rasgado, caminhando até ele. "Então, agora você sabe?" Ele pegou os papéis e me encarou. Me recuso a responder sob seu olhar.

Com o canto dos olhos, o vejo jogar os papéis na lixeira e voltar para mim. Quase pulei quando senti as pontes dos seus dedos frios em meu tornozelo, apertando-o, mas não o suficiente para causar dor. "Seu tornozelo está melhor?" Por que ele pergunta essas coisas? Claro que ele está melhor, seu idiota! Me sento na cama e suspiro alto quando seus dedos apertam um pouco.

"O-O quê você está fazendo?" Assobiei com raiva, mas me arrependi quando vi o olhar em seu rosto. Seus olhos escureceram, e sua mandíbula travou. Se olhar pudesse matar. "Você não pode apenas me chamar de idiota Lucinda." O quê?! Como é que ele- choramingo quando ele pressiona os dedos em minha pele. "Querida, talvez tenha esquecido." Ele falou lentamente. Baixei a cabeça e fechei os olhos, tentando bloqueá-lo. "Eu posso ler sua mente."

Ele levantou meu queixo até estar no mesmo nível de seu olhar, uma respiração instável saiu dos meus lábios, mesmo meus olhos estejam fechados posso senti-lo olhando para mim. As pontos de seus dedos ásperos roçaram em minha bochecha, até minha mandíbula e, em seguida, em meus lábios. "Abra os olhos Lucinda, me deixe vê-los." Ele sussurrou perto do meu ouvido. "Abra."

Quando fiz, notei o quão perto ele estava de mim. Fechando o espaço entre nós, fiquei chocada quando senti seus lábios contra os meus. No começo eu não sabia como responder, sua mão agarrou minha coxa enquanto ele continuava a me beijar. Comecei a retribuir seu beijo, lentamente.

Um gemido irrompeu de sua garganta, suas mãos passeavam pelo meu corpo, me incentivando. Isso é tão errado, estou beijando o cara que matou meu cachorro, minha melhor amiga, sua mãe e outras pessoas. O mesmo cara que me queria morta, que torturou minha mente com seus jogos perversos. Mas por que me sentia tão, bem?

Levanto minhas mãos e agarro a gola de sua camisa, se saber se estou o empurrando ou o puxando para mais perto. Seus lábios se arrastam para minha mandíbula até meu pescoço, deixando beijos pelo caminho. Suspiro levemente quando sinto seus dentes passando pelo meu pescoço. Ele chupa minha pela, fazendo o sangue subir á superfície, eu assobiei. Assoprando o local, ele dá um beijo uma última vez antes de atacar de novo meus lábios.

Choramingo quando ele me morde, fazendo abrir a boca, ele aproveita a oportunidade e entra com sua língua. Com os olhos abertos, o empurro para longe, surpreendida com o que ele fez. Porra, podia podia prová-lo com minha língua! Em vez de gosto de sangue, ele tem um gosto doce. Hortelã. Harry ri da minha reação e se inclina para trás, olhando para meu rosto.

Hex |h.s| traduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora