Merda.
Nos dois nos encaramos por alguns segundos, até ele começar a caminhar em minha direção com passos largos. Seu rosto duro, com o olhar penetrante que era suficiente para furar meu rosto. Deixo cair o telefone com medo, e ele cai com um 'baque' na mesa de centro.
"Levanta." Ele assobia mas eu não me levanto. "Eu disse, levanta!" Ele rugiu, eu vacilei, gritando quando ele puxou minha camisa, a gola me sufocando. Harry me atira com força para o lado, meu rosto bate com tudo no chão. Gemo de dor, tocando minha bochecha para ver se está machucada. O som de seu passos desaparece por um momento.
De repente fui puxada para cima por quem eu pensei que fosse Harry, mas em vez dele foi o Niall. A preocupação estava em seu olhos, eu imediatamente sabia porquê. "Sobe Lucinda, rápido." Ele sussurrou, me entregando a muleta, e eu corro até as escadas sem hesitação. Em um segundo escuto Harry gritar de onde estava, eu corro para o quarto em que durmo, adrenalina correndo em minhas veias.
Fecho a porta e a tranco, dando um passo para trás ouvindo Harry, que continua gritando lá em baixo. As batidas do meu coração aceleram mais a cada segundo. Eu não devia ter usado o telefone. Eu não devia. Eu não devia. Eu pulo quando ouço algo quebrar no andar de baixo. O que foi isso?
O silêncio ecoou pela casa, eu podia até ouvir um alfinete cair. Tento respirar normalmente enquanto continuava olhando para a porta, com medo de que Harry podia vir até aqui e quebrá-la. O silêncio ensurdecedor não estava ajudando acalmar meus nervos, a cada instante piorava mais.
"Quem disse que você podia usar o telefone do Horan?"
Fiquei boquiaberta, bruscamente viro minha cabeça para vê-lo de pé atrás de mim. Ele estava aqui esse tempo todo? M-Mas como? Eu engulo em seco enquanto ele caminha lentamente, dolorosamente em minha direção, fechando nossa distância. Meus lábios abrem e fecham inúmeras vezes, incapazes de formarem uma frase.
"Me deixe repetir de novo." Ele murmurou, sua altura se elevando sobra a minha. Eu dou um passo para trás, minhas costas batem na porta trancada. "Quem disse que você podia usar o telefone do Horan?"
"N-Ninguém."
"Mentirosa."
De deixar o queixo cair, eu noto que ele estava segurando um chicote preto em sua mão direita. Eu sabia que era impossível, mas estava em chamas. Eu não o vi antes, mas minha boca fica seca ao vê-lo. O chicote do diabo. "Me diz a verdade, Lucinda. Quem deixou? Foi a Grace?" Eu balanço minha cabeça, ofego em voz alta quando o chicote vai contra minha coxa esquerda. Assobio alto, minha coxa parece estar pegando fogo como o inferno, especialmente quando as chamas queimam minha pele. "Me responde!"
"N-Não, não foi ela. Foi eu que fiz, foi eu." Eu balbucio. Apertando a mandíbula, ele agarra meu braço e me puxa contra ele. "P-Por favor, me d-desculpa!" Eu soluçava, como medo de ele me chicotear novamente. Ele me obriga a deitar no colchão, prendendo meus pulsos com seus braços fortes. Meu coração batia forte em meu peito enquanto tentava me soltar de suas garras, mas não funcionou. "Para quem você ligou?"
"N-Ninguém."
"Pare de mentir para mim!"
Eu gemi enquanto ele gritava em meu ouvido, meu rosto estava marcado pelas lágrimas que escorriam continuamente. Sinto seus olhos negros me olharam atentamente, seu rosto queimando de raiva enquanto eu continuava a me contorcer debaixo dele. "Para quem você ligou?"
"M-Minha mãe." Eu gaguejei na derrota, ofegante. O que ele ganharia continuando fazer isso? "E-Eu tentei dizer a ela, mas eu m-mudei de ideia. E-Eu desliguei antes que eu f-falasse alguma coisa. Ela não seria capaz de me a-ajudar de qualquer maneira." Olho para ele diretamente em seus olhos, o aperto em meu pulso diminui. "P-Por favor, não me machuque. E-Eu estou cansada de todo mundo me machucar."
Olhamos um para o outro por alguns minutos, a escuridão dos seus olhos desapareceram e foram substituídos por um verde de grama. "Shh... Não chore Lucinda." Ele tira suas mãos dos meus pulsos e as passam em minhas bochechas, enxugando minhas lágrimas. As palmas de suas mãos são áspera contra minha pele, removendo o cabelo do meu rosto. Harry se inclina e planta beijos em meu pescoço, fazendo arrepios aparecerem.
Eu respiro fundo, me remexendo quando sua língua lambe a pele sob minha orelha. Passando a mão em meu rosto, ele olha para cima e passa a língua nos lábios enquanto olhava para mim.
"Não posso prometer que não vou te machucar, se você esqueceu querida, eu sou um demônio."
Olho para ele que se levanta. "Eu tenho alguns negócios para cuidar. Você fica aqui." Ele disse, antes de estreitar os olhos para mim. "Você não vai tocar em nada, você sabe o que é bom para você. Você não quer que eu a puna novamente, desta vez eu não serei bonzinho."
Sem mais uma palavra, ele sai pela porta. Me sento, olhando por onde ele saiu. O que acabou de acontecer? Suspirando, me deito novamente, gemendo quando encosto minha coxa lesionada. Isso trouxe lágrimas ao meus olhos quando olho para a ferida, estava preta e roxa, e ainda estava sangrando. Estava horrível.
O que eu fiz para merecer essa vida?
Choro para mim mesma, olhando pela a janela onde a neve caía. Ouço a ranger da porta se abrindo, me viro para ver quem era. Era Grace. Ela estava segurando uma bandeja pequena, onde havia, o que parecia ser uma tigela de gelo, uma pequena caixa e toalhas. "Não se preocupe, Harry saiu de casa a uns minutos atrás." Ela resmungou e entrou.
Assisti em silêncio enquanto ela colocava a bandeja na cama, sentando ao meu lado. "Posso ver?" Ela pediu, sabia o que ela queria dizer, assim tiro os cobertores e mostro a ferida. "Oh." Ela se encolhe e começa a colocar gelo sobre a toalha, antes de entregar para mim. "Pressione sobre os lados, vou voltar em um segundo."
Grace sai do quarto, coloco a toalha gelada sobre a borda da queimadura. Eu assobio em silêncio, enquanto continuo fazendo. Ela volta com uma pequena garrafa e um copo de água. "É um analgésico, quero que você tome para eu fazer um curativo, não vai doer tanto assim." Curativo?
Abrindo a pequena caixa, olho para as ataduras e outros equipamentos de primeiro socorros. Ela me entrega os comprimidos e a água, ela pediu para tomá-los. Assim faço sem nenhuma confusão, enquanto ela arruma as bandagens, esperando o analgésico fazer efeito.
Meus olhos começam a ficar mais e mais pesados, até que adormeço, com Grace começando a limpar e enfaixar a ferida aberta.
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Hex |h.s| tradução
TerrorPara quebrar a maldição é preciso matar quem a lançou sobre você. Esta fic não é minha, estou apenas traduzindo. Todos os créditos vão para @waysidestyles