"Você está me dizendo a verdade?"
Harry zomba, olhando para longe quando faço a pergunta. "Você acha que eu estou mentindo?" Depois de não conseguir qualquer resposta da minha mãe, deixamos meus pais para queimar no porão que eles tinham a sua disposição. Se o que Harry disse for verdade, eu tenho certeza que meu pai ficaria muito decepcionado com ela. Ele pode até querer pedir divórcio.
Eu solto um suspiro pesado. "Então... Quem é Keith Tudor?" O nome não soa familiar ou qualquer coisa. Minha mão nunca mencionou esse nome, com certeza, e se ela mencionou eu não me lembro. Harry fecha os olhos e se senta na beirada da cama. Seus dedos esfregam suas têmporas enquanto ele passa a informação. "Keith Tudor é um grande empresário no ramo de armas. Ele tem laços com líderes da máfia e tem sido investigado sobre tráfico de drogas. Para ser franco, seu pai é um criminoso."
Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Olho e respiro lentamente o ar que começa a ficar mais pesado, eu seguro a parede em busca de suporte. "O que você está falando? Meu pai é um criminoso? O quê? Eu não entendo."
Invadindo meus espaço pessoal, mais uma vez, Harry passa os dedos pelo meu cabelo. A maneira que ele me acalma me faz relaxar em seus braços enquanto seus lábios acariciam minha bochecha. "Eu entendo que você está confusa, mas sei tudo sobre isso Lucinda, vou te dar as respostas."
"Por quanto tempo devo esperar?" Eu murmuro, olho ligeiramente para aqueles olhos verdes que parecem ter crescido em cima de mim. Dedos pousam em meu rosto até a mandíbula, Harry deixa escapar um suspiro, mas sorri suavemente, algo que contrasta sua geralmente fisionomia sombria. É algo... Refrescante de se ver. "Não por muito tempo. Você provavelmente vai descobrir mais tarde, eu fiz Sonya investigar. Ela vai chegar mais tarde."
Com um suspiro, eu me abraço, a atmosfera muito fria para o meu gosto. Mas não era isso. Ouvir seus pais ou que quer que seja mentindo para você, especialmente sobre se você realmente é filha deles. Essa porra dói. Harry sai do quarto, me deixando com meus pensamentos e lamentos. Com minha agitação interna. Com um suspiro, eu me deixo cair sobre o colchão e choro. Choro e apenas deixo tudo sair.
Não é justo! Por toda minha vida eu tenho tentado descobrir quem eu realmente sou, apenas para tudo o que eu sabia ser arrancado de mim. Com um fluxo de lágrimas pelo meu rosto, eu tento o meu melhor para não deixar os soluços escaparem dos meus lábios. Eles não merecem minhas lágrimas. Nada disso.
"Por que não posso simplesmente ter uma vida normal?" Choro com a voz rouca, limpando o nariz. "Isso é pedir muito?" Isso estava drenando toda a minha energia. Esta vida está me fazendo querer desistir. Desistir e me livrar de todas essas coisas. Ah, como eu queria simplesmente acordar e ser eu. Ser uma garota comum.
Não alguém que está constantemente sendo perseguida. Pelos vivos e mortos.
Eles são doentes mentais. Todos eles.
Olho para cima da minha figura encolhida, olho em volta desconfortavelmente e não vejo ninguém. Eu apenas imaginei isso? Me levantando, eu procuro por alguém, mas só estou eu no quarto solitário. Sim... Eu provavelmente estava imaginando. Alcanço o controle remoto na mesa de cabeceira, apontando ele para a tela da televisão.
Você sabe que todos eles merecem morrer.
Ofegando em voz alta em estado de choque, eu deixo cair o controle remoto e encaro com o canto do meu olho, esperando que alguém esteja ali, mas não havia ninguém. "Q-Quem está aí?" Eu consigo dizer com minha voz rouca. Olhando o quarto, olho para o teto, tentando descobrir se é algum tipo de brincadeira do Harry. Mas eu eu devo ter esquecido...
Harry não brinca.
Os vivos e os mortos habitam um único só lugar. Esse lugar é o inferno.
"Quem é você? Apareça." Eu exijo, irritada com todo o sigilo e com o ser que parece ser um fantasma. Este mundo tem um monte de pessoas mortas, vê-los ou ouvi-los é o que se torna assustador. Os mortos não devem ser ouvidos, tão pouco devem ouvir.
Você acredita neles? Em todos eles?
"Do que você está falando?" Eu sussurro, recuando até minhas costas baterem na parede. Uma risada maliciosa ecoa em meus ouvidos, eu estremeço com o com. Os pelos em minha pele se arrepiam.
Você acha que eles estão dizendo a verdade? Todos eles estão mentindo.
"Quem é você?"
Eu sou..
"Lucinda?" Desvio meus olhos para longe do teto, Harry está parado na porta. Há uma bandeja em suas mãos, enquanto ele olha para mim com preocupação e confusão. "Harry?"
Entrando, ele coloca bandeja na mesa de cabeceira e anda até mim. Suas mãos tocam meus braços, olhos, cada canto. "Com quem você estava falando?" Olhando para longe, começo a olhar em volta do quarto, não encontrando nada que possa provar o que aconteceu apenas a alguns segundo atrás. "N-Ninguém." Murmuro, olhando para os meus pés.
Pegando meu queixo, Harry o levanta para que ele pudesse olhar bem nos meus olhos, provavelmente através da minha alma. "Ninguém?" Ele repeti, com as sobrancelhas franzidas. Concordo com a cabeça rapidamente, colocando uma pequena distância entre nós. "Sim, ninguém. Eu só estava cantando." Quando ele se afasta para pegar a bandeja, eu me permito respirar antes de compor meu rosto quando ele se vira para mim. "Quer um pouco?"
Eu olho para o pão polvilhado com açúcar, educadamente recuso. Harry dá de ombros levemente e come o pão inteiro, suas bochechas ficam rechonchudas enquanto ele mastiga. Olhando para longe dele, começo a olhar para as paredes, tentando encontrar. Eu não sei, de onde a voz teria vindo? Talvez seja apenas Zayn ou Niall, qualquer pessoa, que poderia estar brincando comigo. Com o canto do olho, eu pouso meu olhar no Harry. E se for o Harry?
Eu pulo em surpresa quando a porta se abre, revelando um Niall muito frenético e um Zayn com medo. Harry franzi a testa em confusão e se aproxima deles. "O que aconteceu Horan?" Niall aponta para fora da janela. "Harry. Está começando."
Meu rosto se contorce em confusão, ambos se voltam para ver para onde Niall apontou apenas para abrirmos a boca em choque com o que vimos. Sangue. Era assim que o céu estava parecendo. As nuvens cinzas escuras lentamente desapareceram, ao longo substituídas pelas nuvens vermelhas estranhas que lentamente envolveram o céu. Eu só podia imaginar as pessoas da cidade olhando para o céu em horror, choque ou puro pânico. Mesmo assim, eu não conseguia acreditar nisso.
Começou. Ele está aqui.
É o fim.
***
Desculpem a demora pessoal, mas finalmente o capitulo está aí. Me avisem por favor se tiver algum erro, dei uma revisada bem rápido, foi a empolgação de publicar um capítulo para vocês.
Espero que tenham gostado.
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Votem e comentem.
Todos os créditos dessa tradução vão para a escritora waysidestyles
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Hex |h.s| tradução
TerrorPara quebrar a maldição é preciso matar quem a lançou sobre você. Esta fic não é minha, estou apenas traduzindo. Todos os créditos vão para @waysidestyles