●°○ Preciso Salva-lá ○°● - Min Yoongi

●●● Quadragésimo Primeiro Capítulo ●●●

  
      " O que eles estão fazendo aqui?"

     Kwan

     Jisso

     Soomin

     Yoona

      Quando nada podia piorar.... como sempre piora, eles ainda estavam acompanhados. Se me vissem ali, seria meu fim.

     S/N -- Moça, pode dar meu pedido mais rápido? -- pedi, só faltava uma casquinha. 

     --- Desculpa moça, mas eu realmente preciso limpar antes fazer seu pedido.

     S/N -- M-mas moça. Eu preciso, por favor. 

     "HEY!! "

      Ouvi o grito masculino atrás de mim, mas uma vez a mesa havia sofrido um impacto grande. Tomara que a mão dele esteja doendo.

      "Sai da frente! Sai! "

      Olhei de canto para trás, o mínimo possível. Kwan empurrou algumas pessoas na fila e foi passando por elas.

      As garotas com ele não ousavam quebrar as unhas, mas os garotos com ele não tinham medo. O grupo passou a intimidar as pessoas presentes, sem se importar com nada.

       " Céus, por que sou a primeira da fila? "

      Como previsto, não demorou nada para chegarem em mim. Antes que me vissem, tentei sair dali pelo lado contrário de Kwan, apenas dei costas e segui em frente olhando para o chão.

      Não que eu tivesse muita esperança de conseguir fugir mas, tentei.

     Depois de dois passos vi um par de saltos entrar no meu campo de visão. Senti algo em minha testa me empurrando para trás, eram dois dedos de unhas pintadas.

     Enquanto me empurrava, continuei andando até bater em algo. Assim que me virei tive visão do tórax de Kwan. Dei de costas com ele.

      Kw -- S/N.

      Yn -- Quem diria não é? Um dia quase perfeito!

      Js -- O que veio fazer aqui? Está sozinha?
   
      S/N -- Não importa. -- apertei minha bolsa, arrumei melhor sobre o ombro -- Eu já estou de saída.

      Tentei sair dali mas Kwan segurou minha bolsa, me puxou de volta para o lugar.

     S/N -- Eu preciso ir, estão me esperando lá fora.

      Kw -- Acho que podem esperar um pouco não acha? Por que não espera seu pedido?

     Todos nos mantemos em silêncio, ninguém mais dizia nada. A moça que me atendia ficou me olhando, mas depois começou a preparar minha casquinha.

      Vi sua mão das voltas e voltas enquanto o creme gelado preenchia o cone. A moça nos olhou meio receosa mas me entregou a casquinha.

     Assim que minha mão tocou na sobremesa, outra mão tocou a minha, tão fria quanto sorvete.

    Tomou-o das minhas mãos. Entreguei sem esforços, lutar com ele parecia algo que nem deveria ser cogitado.

       As garotas a minha volta passaram a cochichar e rir baixo, eu não precisava ouvir o motivo. Sempre era eu.

     Puxei todo ar possível até fazer um som alto, todos os pelinhos do meu corpo se arrepiaram. Ficaram eriçados.

     Um frio se instalou no meu peito, causando todas essas sensações. E também, risadas.

     Kwan pegou o sorvete e despejou sobre minha blusa. Não satisfeito, o pressionou deixando ainda mais gelado.

     Kw -- Opa, caiu.

      Fiquei pasma, mas com muita raiva. Não se importavam com nada. Nem eu.

    Joguei a outra casquinha em minha mão no chão, pisei sobre ela em seguida sobre o salto da garota mais próxima.

     Segurei minha bolsa e tentei sair de novo, meu cabelo logo foi segurado e puxado para trás. Voltei para o mesmo lugar, fraca.

     Não era justo comigo, era sempre assim nada, mudou.

     S/N -- Me solta. -- virei meu rosto.

     --- SOLTA ELA.--  Olhei para trás, um homem na fila gritou com celular. -- Eu chamei a Polícia! Agora saiam daqui!

    Kwan e o seu " clã " abriram os olhos assustados. Olharam em volta, uns para os outros.

    No final, Kwan pegou na mão de Jisso e foram até a saída. Todos passaram por mim me empurrando, me jogando uns contra os outros, até chegar no último. Que me jogou diretamente no chão, como quem não vale nada.

    Meu ombro logo começou a latejar, mas ignorei a dor.

     Era estranho se sentir humilhada na frente de tantas pessoas, assim, num lugar público.

     Algumas boas pessoas sentaram ao meu lado e sentavam falar comigo. Eu ouvia tudo, mas as palavras não saiam da minha boca. Eu tentei articulei mas nenhum som saiu.

   Respirei fundo.

    Vi um copo d'água entrar no meu campo de visão. Senti meu cabelo sendo posto para trás, e ventos vindo ao meu rosto.

    Milhares de vozes andavam por minha cabeça mas eu não conseguia identificar. Mas aos poucos, ouvi com mais clareza.

    -- Esta bem? Como se sente?

    S/N -- E-estou. Estou bem. Tudo bem.

    Me ajeitei para levantar, alguns rapazes próximos me ajudaram a levantar. Meu ombro doeu mais uma vez, mas foi porque tocaram ali. Mas tudo bem agora.

     S/N -- Obrigada, tudo bem. Obrigada ta? Eu preciso ir.