Capítulo-5

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   THÉODOR MARSHALL

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   THÉODOR MARSHALL

— O que essa garota fazia aqui, Théodor? — meu pai invade meu escritório com raiva, não sei exatamente pelo que.

— Já disse ao senhor para não entrar assim. — disse ríspido indo fechar a porta que ele fez questão de deixar aberta.

— Vai me dizer o que essa prostituta metida a modelo fazia aqui? — voltou a pergunta indo se sentar na minha cadeira me deixando em pé.

como ele sempre fez antes...

— É uma amiga. — respondo indo me sentar em uma das poltronas vazias do meu escritório.

— Uma amiga? Meu filho sei muito bem diferenciar o que é amiga e o que não é! — falou com desdém. Reviro os olhos com raiva de estar nessa situação por culpa do próprio. — Você tem noção que daqui a uma semana vai estar casado? Com uma mulher com quem passará sua vida inteira?

— Com uma mulher que eu não amo! — declaro aumentando meu tom ao seu.

Será que ele nunca vai entender que toda essa baboseira de casamento não funciona? Eu não quero me casar, nem com Laura, nem com ninguém! Ainda tenho vinte e três anos, queria aproveitar muito mais minha juventude do que me jogar em um casamento arranjado apenas para benefício dos nossos pais.

Meu pai me encara, seus olhos velhos me encaram com uma raiva ressentida. Encaro seus olhos também, mas com minha raiva exposta.

— Eu não amo aquela mulher! Não quero passar a minha vida inteira ao lado de uma pessoa que eu nem sequer conheço. — confesso a meu pai que simplesmente evita o meu olhar.

— Há quinze anos atrás dei a você a oportunidade de escolher e você escolheu. Você escolheu honrar o nome da nossa família, você escolheu a máfia acima de você e de todos. — meu pai respira fundo com muita força. — Você não vai derrubar o império que herdei e fiz progredir como uma nascente. Acha mesmo que eu me casei com sua mãe por amor?

— Não a coloque no meio disso aqui!  — disse, mas não foi um pedido, foi uma ordem.

Toda vez que meu pai queria me colocar nos trilho mencionava minha mãe no meio e eu odiava essa forma dele me manipular. Mas aparentemente isso não acabou, porque ele continua a usar a falha técnica de antigamente e eu o detesto por dizer isso.

— Eu e sua mãe odiavamos um ao outro  no começo da relação, depois de muitos conflitos as coisas finalmente começaram a dar certo... — contou e eu me preparei para qualquer que fosse a frase motivadora que viria pela frente.

— E olha onde isso a levou... — sussurro me referindo ao acidente. Meu pai me olha e por um segundo, uma pequena fração de segundo posso jurar mágoa cobrir seus olhos, mas isso se dissipa tão rápido que duvido de mim mesmo.

LA MIA CAMORRA - Os Marshall's 01 - MÁFIAOnde histórias criam vida. Descubra agora