Théodor Marshall, o típico mafioso que vai contra todos os desejos de um casamento arranjado, mas se vê obrigado a se casar com uma italiana para assim poder reinar a paz novamente sobre a sua família... O que ele não sabe é que os inimigos da famíl...
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LAURA SINCLAIR
— Papá per favore! Não quero me casar! — imploro a meu pai que está ignorando complemente minhas súplicas.
— Laura per favore Miele... — minha mãe implora com tédio deitada em sua cama lendo um livro que dei a ela em seu aniversário.
Pelo menos teve a consideração.
— Já chega Laura! Você sabe que isso é o certo a se fazer. Agora vai para a sua cama, amanhã será um dia cheio! — meu pai disse ríspido fechando a porta do seu quarto na minha cara. Encaro a madeira com os olhos lacrimejando.
— Eu te odeio! — grito chutando a porta do seu quarto. — Cazzo! Diego é mais velho que eu e nunca se casou!
Minha falha tentativa de chamar a atenção dos meus pais mais uma vez falha. Não entendo, se fosse Diego... Se fosse Diego, se fosse o Diego! Meu pais beijariam até o chão para meu irmão andar, mas eu... Eles não ligam.
Preciso descontar essa raiva em algo... Quem sabe fazer uma boquinha? Penso comigo mesma ainda brava por tudo que está acontecendo. Isso tudo é tão injusto, tão ofensivo.
Todas as luzes estão desligadas, vou até a geladeira e pego um sorvete. Subo em cima do balcão e me deito para comer — não me julguem, gosto de fazer isso. De sentir a cabeça ficar fria por quase vinte segundos —.
— A loro non importa! Laura nonfarlo. Laura fallo. Laura nonusare questo, usa quello! — resmungo com voz de robô com raiva de tudo que está acontecendo. — Ah Laura, por que não se comporta como uma dama? Por que tão escandalosa e barraqueira? Por que simplesmente não calar a boca e obedecer? (Eles não se importam! Laura não faça isso. Laura faça isso. Laura não use isso, use aquilo!—Italiano)
Fico resmungando e imitando um monte de coisas sozinha, quando a luz é ligada, batendo em meus olhos me fazendo fecha-los por instinto. Olho ainda deitada para a porta e vejo uma imagem de se abrir as pernas. Me levanto no mesmo instante arrumando minha roupa e fechando as pernas.
— "Ah Laura por que não se comporta como uma dama?" — meu rosto queima, uma queimação que vai subindo do pescoço e se espalha pelo meu rosto ao ver Théodor me imitar com um sorriso de cafajeste. — Você é realmente uma peça e tanto.
C-a-z-z-o. Fico sem palavras para o que estou vendo. Meu futuro marido apenas de calça moletom, o tanquinho todo nú, os músculos da barriga se destacam sobre a luz ofuscante revelando toda a massa e a visão de se abrir completamente ao homem diante de mim.
— Sem sono? — Théodor pergunta, mas não consigo desviar os olhos do seu abdômen sarado, cheio de gominhos e a calça moletom tão folgada que posso apostar que está sem cueca.
