Capítulo-33

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    THÉODOR MARSHALL

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    THÉODOR MARSHALL

— Vai demorar muito? — questiono Hilary, amiga da família e também é a obstetra que está cuidando da gravidez da minha esposa.

— Tenha paciência. — Laura me aconselha e segura minha mão que está tão gelada quanto a mão de um defunto. — Parece que você está muito nervoso.

— Não me diga que não está? — questiono revirando os olhos.

— Estaria mentindo se dissesse que não. — disse, mesmo que ela pareça muito calma e relaxada para estar dizendo isso. — Mas não tem porque tanto nervosismo, o bebê parece ótimo e está tudo indo ótimo.

Por que estou sentindo um enorme frio na barriga e uma vontade imensa de desmaiar e ao mesmo tempo um desejo irresistível de tomar uísque? Puta merda, é uma sensação enlouquecedora, vou enlouquecer se isso demorar mais um pouco.

Em questões de segundos um barulho domina a sala do hospital, os batimentos são fortes, como se estivesse corrido uma maratona. Olho assustado para a tela manchada e depois para a mulher deitada em cima da cama de hospital, com um sorriso enorme no rosto. O som ruim e alto de batimentos rápidos e fortes me deixam surpreso, mas faz seu rosto ganhar cor e um brilho tão doce e cativante que se eu já não estivesse confessado meus sentimentos por Laura, esse seria o momento. Como ela pode ficar ainda mais bonita assim? Como a gravidez pode ter esse poder?

— Isso é o coração de um bebê que nem se desenvolveu ainda? — pergunto assustado.

— O bebê começa a se desenvolver a partir dos três meses, Théodor. Isso que vocês estão ouvindo é o coração do bebê, sei que você tá assustado pelo barulho forte, mas não se preocupe ele está ótimo. — Hilary explica nos mostrando algo na tela, apenas borrões e borrões, mas logo algo como uma silhueta de uma cabeça surge. — Isso é a cabeça do bebê, ele já está começando a chupar o dedinho então vai começar a se mexer aos poucos.

Laura sorri encantada com o que ver na tela, os olhos cheio de água ameaçando cair, mas eu não consigo ver nada demais, só borrões que tenho que cerrar os olhos e tentar imaginar alguma coisa.

— O bebê está bem mesmo? — questiono apertando a mão de Laura, sem perceber.

— Ele não parece estar bem para você? — Hilary sorri para mim.

— Não sei... Por que o coração dele. Ou dela, bate tão forte? Como se estivesse desesperado. Parece preocupante pra mim. — disse, e as duas começam a rir da minha cara. — O que? Tô preocupado.

— Tem sangue Marshall e Sinclair em suas veias, você queria o que? — Hilary pergunta debochando.

Reviro os olhos para ela e olho para Laura que tem a expressão divertida. Isso foi a merda mais merda que já ouvi, mas me obrigo a sorri só para não parecer escroto.

LA MIA CAMORRA - Os Marshall's 01 - MÁFIAOnde histórias criam vida. Descubra agora