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Sonho



  Estava em um campo lindo de girassóis e lembrei que fui visitar um desses quando era pequena com meus pais, fizemos um piquenique juntos, lembro-me que foi muito bom esse dia. Senti um aperto em meu coração ao lembrar desse momento.

— Filha vem comer!_ Ouvi uma voz que fez meu peito arder em alegria.

     Me virei e avistei minha mãe sentada na toalha com um vestido branquinho de flores rosinhas seu cabelo solto e totalmente natural do jeitinho que ela gostava seus olhos dourados ainda mais brilhantes refletindo a cor dos girassóis chegava a ser mágico, meu pai quem me chamava, lindo de short jeans azul e uma regata branca sorria enquanto seu cabelo era bagunçado pela brisa da manhã daquele dia lembro-me que voltamos correndo, pois, começará a chover quando chegou na parte da tarde.

 Meu corpo automaticamente começou a se mover, porém, quando ia me aproximar a imagem mudou mostrando eles caídos com sangue no corpo, tudo revirado quando eu desviei o olhar e tampei meus olhos totalmente aterrorizada uma voz veio de encontro aos meus ouvidos, uma voz grave e medonha dizendo.

— Eu vou matar você, eu vou matar você._ Gargalhava alto e zombava dos meus pais.

— Quem é você? O que você quer? Sai já daqui!_ Gritei, foi quando tudo ficou preto e ouvi meu nome.

— Amélia! Amélia!_ Era uma voz longe, mas ainda conseguia ouvi-la, porém só o que o meu corpo sabia fazer era se encolher naquele imenso nada.

— Amélia! Acorda._ E então senti meu corpo sendo balançado, o que me fez abrir os olhos e ver o senhor Benjamin na minha frente.

  Demorei alguns segundos até me lembrar de tudo o que aconteceu nos últimos dias, foi quando me lembrei dos lobos e das crianças.

— Senhor Benjamin, onde estão todos? Eles estão bem? Eu bati a cabeça? Onde nós estamos? Que lugar é esse? O que aconteceu? Os lobos._ Falei ofegante e muito agitada, apoiei meus braços dando impulso para levantar, porém, senti uma dor horrível no mesmo me fazendo soltar um gemido de dor.

— Calma, calma querida, não se agite tanto, eu irei contar tudo fique calma, não apoie em seus braços._ Disse tentando me acalmar e se sentando em uma cadeira posicionada ao lado da minha cama.

    Foi quando levantei meu braço que continha uma faixa enrolada na mesma, me fazendo levantar o lençol constatando que minhas pernas também continham curativos e alguns arranhões menores.

— Bom vejamos._ Levantei a cabeça rapidamente para olhá-lo.

— São muitas dúvidas tentarei te ajudar com algumas._ Tentei me ajeitar na cama, o que foi muito dolorido, pois minha costela doía muito.

— Porque você não falou que havia se machucado! Quando você caiu todos ficamos em desespero foi quando vimos que você tinha se machucado feio e estava sangrando muito, tentamos ao máximo estancar o sangramento para continuarmos nossa trilha parando apenas por alguns minutos para descansar, você ficou muito ferida não podíamos demorar mais do que já havia demorado, chegamos no nosso destino que era a praia de Santa Helena onde separamos os jovens que iriam voltar com seus responsáveis para outras bases. Foi muito complicado levar você até a praia de Santa Marta, demorou mais alguns minutos, por sorte os carros haviam chegado muito antes do tempo combinado se não estaríamos com você sangrando. Ele deu uma pausa para respirar.

Perdida Na Guerra: Livro 1 - (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora