Almas Trigêmeas

Capítulo 13 - Sasori Akasuna

Haviam passado dois meses desde que Sasuke e Gaara haviam tornado-se oficialmente um casal, com a ajuda do ruivo, a cada dia o moreno apresentava melhoras, suas pernas já respondiam um pouco melhor, mas ainda não era capaz de ficar em pé por si só. A família estava muito orgulhosa de seu integrante mais novo e satisfeita com o alfa que pouco a pouco o tirava da escuridão da depressão que havia entrado.

Deidara e Itachi também desejavam tornar-se um casal digamos completo e morar sozinhos, porém o loiro ainda não havia conseguido um emprego e como alfa orgulhoso, não podia deixar que seu ômega arcasse com todas as despesas. Foi por isso que Gaara lhes deu uma ideia.

- Meu primo é formado em arte e possui uma galeria no centro da cidade, talvez ele possa lhe ajudar, ouvi falar que ele estava precisando de um ajudante. – e feliz, o casal dirigiu-se ao local indicado pelo médico, chegando à pequena galeria de dois pisos, com a fachada acinzentada e uma grande janela e portas de vidro. O casal leu a fachada... Galeria Akasuna, onde a arte é eterna. Ambos se entreolharam e cruzando seus dedos adentraram o local, encontrando um interior sofisticado e moderno, com piso de granito quadriculado, teto no mesmo formato branco, paredes marrons, dando um ar de madeira e ilhas negras, onde cada mostra de arte encontrava-se, dividindo o local.
- Boa tarde. – ouviram uma voz e ambos viraram-se, paralisando ao encontrar um pequeno ômega, seus odores imediatamente explodiram e ambos puderam farejar o forte perfume de baunilha e morango misturado ao seu.

Sasori Akasuna era um ômega de vinte e cinco anos, pequeno, de exatos um metro e sessenta e dois de altura, pele pálida, cabelos vermelhos e olhos castanhos, com longos cílios ruivos, que o deixavam ainda mais adorável. Seu odor era doce, baunilha e morango e sua personalidade era calma e madura, mas agora, ali, diante daquele casal, só havia podido fechar os olhos e gemer ao sentir os odores de café e hortelã, jasmim e canela misturados ao seu, enquanto seu corpo esquentava, pelo cio que havia chegado e sincronizado-se com o dos dois maiores em altura.

Não houve muita conversa depois disso, o casal a passos lentos e marcados, andou até o ômega mais velho e em meio a beijos distribuídos entre os três tornaram-se um só, em meio ao chão da galeria, os três corpos se juntando, se colando e se fundindo em apenas um, o alfa satisfeito ao sentir a calidez do corpo estreito do ruivo, enquanto os saborosos lábios do moreno estavam junto aos seus, sua mão no pênis acordado e desatendido de seu ômega moreno, enquanto o corpo do ruivo movia-se junto ao seu a cada estocada, os três desfazendo-se ao mesmo tempo, cada ômega sobre seu próprio corpo, enquanto o alfa preenchia o interior do mais velho dos três, suas presas aumentando e cravando-se na pele do pescoço de seu recém descoberto ômega, enquanto o nó formava-se no interior alheio.

(...)

Foram cinco dias loucos, em meio ao chão daquela galeria, sem nem mesmo comer ou tomar banho, o odor a sexo por todo o lugar, misturado às três essências do agora casal de três, enquanto os três descobriam não somente seus corpos, mas também suas almas, os três lobos satisfeitos e sentindo-se mais completos que nunca.

Quando o cio finalmente passou, os três estavam exaustos, após se desfazer o nó, o alfa saiu do interior do moreno, o qual havia tomado por último, sorrindo ao ver como ambos ômegas se beijavam e acariciavam seus membros, se desfazendo sobre suas barrigas, para em seguida, caírem ambos, um de cada lado do alfa.

- Isso foi... loucura. – Itachi foi o primeiro a quebrar o silêncio, atirado ao chão, ofegante ao lado direito do alfa, que também riu e apoiou-se em um cotovelo, encarando o ômega ruivo, que agora estava envergonhado, com o rosto pintado em vermelho.
- Deidara Namikaze. – estendeu sua mão – E ele é Itachi Uchiha, meu ômega. Ou melhor, nosso ômega, não é?
- Nosso? – o menor dos três encarou-o com confusão.
- Claro. – afirmou o alfa – Vocês agora se pertencem... – o rosto do ruivo ficou ainda mais vermelho, se é que era possível – ambos pertencem a mim e eu pertenço a ambos. – Itachi agora também estava vermelho – Seremos um estranho casal de três.
- Isso soa bem. – afirmou o Uchiha.
- Isso é estranho. – alegou o ruivo.
- Sasori, não é? – perguntou o loiro, o menor assentiu – Então Sasori... não é estranho, é mágico. Já ouviu falar de almas trigêmeas? – o mais velho assentiu, claro que havia ouvido falar, conhecia a história de seu tio, irmão de seu pai e pai de seus primos Temari, Kankuro e Gaara – Então... acho que o somos.
- Isso é estranho... mas não vejo outra explicação. – e os três sorriram, para então darem-se um beijo, primeiro os ômegas, depois estes com seu alfa, em uma promessa muda de que a partir de agora estariam juntos e completos, para o resto de suas vidas e talvez muito além disso.