Almas Trigêmeas

Capítulo 17 - Concerto

O sábado havia chegado e junto a ele, o dia do concerto de Sasuke. Ansioso, banhou sua pequenina, colocando nesta um vestidinho rodado azul, com estampa florida cor-de-rosa e uma faixa desta última cor na cintura, umas sapatilhas também cor-de-rosa nos pezinhos pequenos e nos cabelinhos ruivos, os prendeu em uma meia cola trançada, presa com um tope da mesma cor do laço e das sapatilhas.

Colocando-a sentadinha na sala, olhando seus desenhos, separou sua roupa e tomou um banho rápido, vestindo seu terno completamente negro, com apenas as aberturas em cinza e penteou seus cabelos, jogando-os para o lado com gel, para que se ajeitassem, saindo posteriormente do quarto, para ver o que sua menina fazia, estava tão quietinha que deveria estar aprontando.

- Hoshi No Sabaku, o que está fazendo? – perguntou, com as mãos pousadas na cintura, vendo como a menina com o rostinho todo sujo de calda de chocolate tinha as bochechinhas cheias do bolo que havia feito nessa manhã, ainda em cima da cadeira, que a permitia alcançar o
micro-ondas, onde o bolo antes estava, o chão completamente sujo das migalhas que a pequena havia deixado, prova do crime. A menina ao ouvi-lo paralisou, sabendo-se descoberta e ainda com as bochechas cheias, deu um sorriso cheio de chocolate.
- Papi... fome papi. – alegou a pequena, o moreno negou com a cabeça, a pegando no colo para colocá-la no chão.
- Sorte que não sujou sua roupa. O que papi te disse de não subir em cadeiras, nem pegar algo sem pedir? Podia ter se machucado. – a repreendeu, levando-a pela mãozinha ao banheiro e colocando-a em cima de um banquinho, para lavar as pequenas mãozinhas sujas, assim como a boquinha. Lavou-a e escovou novamente os dentinhos desta, para então saírem do banheiro e limpar toda a bagunça, antes de sair de casa.

Quando tudo finalmente esteve pronto, pegou sua filha e trancou a casa, indo com a menina até o carro, onde a acomodou e prendeu na cadeirinha cor de rosa de estrelinhas, antes de dar a volta e subir ao banco do motorista, colocando o cinto de segurança e partindo a seu destino.

Quando chegaram ao teatro, estacionou, descendo do carro e dando a volta, desprendendo sua filha e tirando-a do automóvel, para então trancá-lo e seguir à entrada do lugar, onde encontrou seu irmão e a família.

- TITIIIIOOO! – a pequenina gritou, saindo correndo com os bracinhos abertos até o loiro, que já a esperava agachado e com os braços abertos também, pegando-a no colo e a enchendo de beijos, a fazendo gargalhar.
- E como está a estrelinha mais linda do mundo? – perguntou Deidara com a menina no colo, agarrada a seu pescoço.
- Papi bigou (brigou) eu comi bolo de chocolate. – acusou a pequena, com o beicinho que derretia até o coração mais gélido.
- Hoshi! – o ômega a chamou a atenção e a pequena só se grudou mais ao alfa, os outros dois ômegas rindo, segurando as mãozinhas de seus filhotes.
- E Gaara? – dessa vez foi seu irmão quem perguntou, o moreno menor suspirou.
- Viajando, tinha um encontro importante com investidores e dessa vez não conseguiu escapar, Temari o arrastou. – respondeu um pouco cabisbaixo pela ausência de seu alfa.
- Papai foi Sofia. – revelou a pequena.
- É Sófia, bebê. – seu papi a corrigiu.
- Bulgária? – o moreno maior arqueou uma sobrancelha, recebendo um aceno positivo de cabeça – Uou, é surpreendente.
- Eu sei, desde que Rasa-san se aposentou e Temari assumiu de vez, eles tem se expandido cada vez mais. – falou o moreno, afagando a cabecinha loira de sua sobrinha.
- É porque qualquer um tem medo de minha prima, até o marido dela tem medo. – Sasori comentou e todos riram, dirigindo-se teatro à dentro, sem nunca perceber a sombra que os observava.

(...)

A platéia já estava sentada em seus lugares, a família do moreno nos primeiros lugares da frente, a pequenina ruivinha ao lado do tio moreno, sentadinha estranhamente calada, sempre amava ver seu papi tocar, era bonito.