Almas Trigêmeas

Capítulo 24 - Conquistando confiança - sejamos um

Em meio ao cio do ômega, os dois alfas também acabaram entrando, contudo diferente dos outros dois, Naruto preferiu ficar os três dias de seu cio completamente isolado em sua casa, não queria correr o risco de fazer algo que se arrependesse e machucar ao ômega. A pequena Hoshi ficou na casa de seus tios, que não se importaram com a enorme bagunça que a pequena menina, junto às suas filhas, fizeram, nem mesmo quando pegaram todas as cadeiras da cozinha e com um lençol fizeram uma barraca, ficavam felizes de saber que elas se divertiam, em meio à bagunça que estava suas vidas.

Quando tudo passou, a menina, assim como Naruto, retornou à casa, muito feliz de reencontrar seus papais. Naquele dia saíram para passear, Sasuke sorria vendo como o ruivo ria junto à menina, enquanto ambos brincavam na água do lago o qual estavam, a ruivinha nos ombros do maior.

- Naruto... – chamou ao maior, sem encará-lo, sentindo como o odor à tristeza deste se expandia, estava na hora – eu... queria te agradecer... – e finalmente encarou-o, encontrando as curiosas orbes azuis que fixaram-se nas suas ônix, um singelo sorriso surgiu em sua face – pelo outro dia.
- Sasuke, eu... – o alfa desde aquele dia sentia-se pior, o saber que seus mates não precisavam dele o destruía e estava preparado para o que o menor fosse lhe dizer, sabia que este lhe dispensaria, todavia antes que pudesse dizer qualquer coisa, o mais novo o cortou.
- Me deixa falar. Eu te agradeço Naruto, não estava preparado pra ter nada com você ainda, não conseguia confiar em você, tinha medo que me machucasse mais uma vez. – o loiro abaixou a cabeça, preparado para ouvir o que viria, no entanto acabou surpreendendo-se – Mas agora sei que isso não vai acontecer. – levantou a cabeça surpreendido, encontrando mais uma vez as belas pérolas negras que eram os olhos alheios – Sei o quanto é difícil, para não dizer impossível, para um alfa se controlar durante o cio de um ômega, principalmente se esse for o seu destinado. E o fato de você não ter aproveitado esse momento, só me faz pensar que eu fiz a coisa certa em ter te dado mais uma chance. Agora eu sei que gosta de mim de verdade e que não quer só me usar. Sei que não me machucaria. – as safiras do maior cristalizaram-se e uma mão em seu rosto fez com que as lágrimas que as abundavam, descessem por seu amorenado rosto – Agora sei que me ama. Eu também te amo, nunca deixei de te amar. Tentemos Naruto, sejamos uma família, você, eu, Gaara e Hoshi. Você aceita? – e o loiro já não pôde se controlar, pulou no menor, seus lábios grudando-se em um apaixonado beijo, suas línguas percorrendo o interior contrário, descobrindo-se pela primeira vez, até que o ar os faltasse e tivessem que se separar, suas testas se juntando.
- Te amo Sasuke, te amo de verdade. Amo sua filha, amo aquele ruivo chato e o que eu mais quero é estar com vocês. – um sorriso surgiu na face pálida e seus lábios encontraram-se mais uma vez, apenas para serem interrompidos pela pequena menina, que atirou-se no colo de seu papi, o molhando.
- PAPIIII!!! – gritou feliz a menina, os obrigando a separar.
- Parece que se entenderam. – pronunciou alegre o ruivo, atirando-se na grama, ao lado do ômega – Fico feliz. Espero que não apronte outra vez loiro.
- Nunca, amo o Sasuke. – disse o maior com convicção.
- Só Sasuke? – perguntou o mais velho, com uma sobrancelha, que ele não tinha, arqueada, o do meio ficou vermelho e o Sabaku riu, aproximando-se do loiro e deixando um selinho em seus lábios, apenas para deixá-lo ainda mais vermelho, seus dedos bagunçando a cabeleira dourada, sob a deliciosa melodia da risada do moreno – Você é uma graça, alfinha.
- Não sou alfinha. – reclamou o de maior altura, Gaara sorriu de lado, mas então foram interrompidos pela menina.
- Papai aposa (raposa) meu papai agoga (agora) também? – perguntou, seus verdes olhinhos brilhando, o ômega assentiu e a menina pulou feliz no loiro, o abraçando, as orbes azuis encheram-se d'água, poderia jurar que era o melhor dia de sua vida.

(...)