Capítulo 32 - Sequestro

191 30 4
                                    


O tempo havia passado desde aquele reencontro, Sasuke agora estava com seus sete meses de gestação e nenhum deles havia voltado a ver Sakura, ainda assim a preocupação não os abandonava, haviam começado a receber ligações e cartas anônimas, que ameaçavam a saúde física e mental do ômega. Kushina também havia retornado, para a preocupação de todos, que testemunharam o como esta fez um escândalo ao descobrir que Minato agora estava novamente com Iruka, morando com este. Também havia procurado Naruto, praticamente o ordenando a voltar com a rosada, tudo estava complicado e a agora família Sabaku-Uzumaki-Uchiha sentia-se ameaçada, como se uma sombra os estivesse espreitando, aguardando o propício momento para pegá-los com a guarda baixa.

Em ligações, a rosada havia utilizado todo seu repertório para conseguir novamente a atenção e o amor de Naruto, sempre sendo rejeitada, e a raiva que havia guardado de Sasuke em todos seus anos de casada só havia aumentado, queria vingar-se do mais novo.

Naquele dia, Sasuke estava sozinho com sua pequena filha, que havia ficado em casa por ter um pouquinho de febre. Gaara havia saído ao hospital, trabalhar, teria plantão e não chegaria em casa esta noite, enquanto Naruto, que agora trabalhava no administrativo do local, junto à Temari, a irmã do ruivo, chegaria apenas mais tarde.

Sasuke encontrava-se em seu ninho, sua pequena dormia e ele sentia-se muito cansado, a barriga de sete meses já era difícil carregar, só queria descansar um pouco e por isso assustou-se quando a porta foi abruptamente aberta, revelando a dois alfas, junto a uma ruiva, que conhecia muito bem.


- Nos encontramos novamente, Sasuke-kun. – falou a mulher, ouvindo como o ômega rosnava aos alfas que tentavam aproximar-se, arranhando o rosto de um destes ao sentir-se ameaçado, antes que este lhe desse um tapa, que estalou em sua bochecha e o fez cair à cama. Logo abriu muito os olhos com medo, ao ouvir como sua filha chorava, nos braços de um terceiro alfa, que a segurava com brutalidade. Seus olhos perderam a cor e gotas salgadas caíram destes, era um péssimo ômega, não havia conseguido proteger-se, não havia conseguido proteger sua filhote, não havia conseguido proteger seu ninho.


(...)


O ruivo saía do quarto de mais um de seus pacientes quando sentiu algo, seu coração começou a bater acelerado e um medo irracional atingiu todo o seu corpo, sua mente na mesma hora foi para a pessoa a qual sabia pertenciam esses sentimentos, os quais podia decifrar mesmo à distância, graças à marca que os unia, e seus temores só foram confirmados quando ouviu em sua cabeça a trêmula voz de seu mate.


- Alfa... Gaara...
- Sasuke... o que houve, meu amor? – perguntou nervoso, seu ômega parecia muito assustado.
- Alfa, me ajude alfa... ela... Hoshi... o filhote...
- Sasuke... o que aconteceu? Onde você está? Está em casa? – mas nada, o ômega já não o respondeu e isso apenas o preocupou mais, alguma coisa estava acontecendo e precisava averiguar o quanto antes.


(...)


- Gaara... sabe de Sasuke? – o loiro perguntou assim que adentrou a sala do ruivo, sem nem mesmo bater, encontrando este tirando o jaleco de trabalho e pegando suas coisas para sair, isso o estranhou e o preocupou ainda mais, faltavam horas para terminar o horário do ruivo – Gaara... fale alguma coisa, tive um mau pressentimento, como se...
- Eu não sei. Também senti algo, como se alguma coisa grave estivesse acontecendo. Sasuke se comunicou comigo pela marca, alguma coisa aconteceu e não somente a ele, à minha filha também. Eu preciso ir para casa. – respondeu o mais velho, correndo à porta, sem esperar resposta do maior, que estava impactado, Sasuke havia se comunicado com o Sabaku? Era algo muito raro, até mesmo em parceiros destinados, isso apenas significava que a relação deles era mais forte do que pensava, queria ser capaz de ouvir também, mas ele ainda não havia marcado ao ômega.
- Vou com você. – o menor não disse nada, apenas concordou, a preocupação com seu ômega agora era maior que qualquer coisa, o trabalho agora era o de menos, depois de tudo Temari os compreenderia.

Almas TrigêmeasOnde histórias criam vida. Descubra agora