Almas Trigêmeas

Capítulo 10 - Extra 1 - Hashirama e Madara em: O Travesseiro

- Assim não dá, Hashirama. Já disse mil vezes que não sou um maldito travesseiro. – falou irritado o ômega, enquanto empurrava ao alfa, que formava um biquinho em seus lábios.
- Mito me deixa usá-la de travesseiro. – expôs o maior, vendo como seu lindo esposo fuzilava-o com o olhar – Não fique assim, bombonzinho...
- Bombonzinho? – arqueou uma negra sobrancelha o menor.
- Sim, doce e redondinho. – falou com um fofo sorriso o maior, enquanto movia seus dedos de forma graciosa.
- Está me chamando de gordo, Hashirama Senju? – e o alfa se calou, sentindo como até o lobo de seu esposo exaltava-se consigo e este levantava-se da cama a passos duros.
- Não amor, não faça essa cara, eu só queria dormir abraçadinho com você. – explicou o alfa – Amor... não saia do quarto. Amor... – e seguindo ao ômega, chegou até a porta, antes que este a atravessasse – Não saia do quarto, por favor, vamos dormir juntinhos.
- Não Hashi... – e com um pequeno sorriso, elevando apenas os dois cantos dos lábios, o moreno afagou a face do castanho – eu não vou sair do quarto... – e seu sorriso se desmanchou, mudando a uma expressão ameaçadora – você vai sair. – e empurrou ao alfa, tirando ele do quarto e fechando a porta em sua cara.
- NÃO! – gritou de forma manhosa o alfa – Não Mada, abra a porta por favor. Está frio. Seja bonzinho, ômega. – pediu em um tom choroso o de estatura mais alta – MADAAAA!!! Se não abrir a porta vou começar a cantar. – porém nenhuma resposta foi obtida e com um novo bico iniciou sua cantoria – UM HASHIRAMA INCOMODA MUITA GENTE, DOIS HASHIRAMA'S INCOMODAM, INCOMODAM MUITO MAAAIS. DOIS HASHIRAMA'S INCOMODAM MUITA GENTE, TRÊS HASHIRAMA'S INCOMODAM, INCOMODAM, INCOMODAM MUITO MAAAIS. TRÊS HASHIRAMA'S INCOMODAM MUIT...
- QUEREM CALAR A BOCA, QUE NÓS QUEREMOS DORMIR! – Tobirama gritou, abrindo irritado a porta do quarto o qual essa noite compartilhava com a ruiva.
- A culpa é do Madara, que não abre a porta. – acusou o alfa mais velho, apontando para a porta fechada, como uma criança apontando ao amiguinho com o qual havia discutido.
- POIS RESOLVAM EM SILÊNCIO! – e gritando o último, fechou a porta bruscamente, a batendo e fazendo ao mais velho dar um saltinho de susto.
- Mada... – sussurrou à porta o castanho – abra a porta. – pediu, para logo um novo bico surgir em seus lábios – Ok. Um Hashirama incomoda muita gente... – voltou a cantar, dessa vez aos sussurros, até que a porta foi aberta, revelando um irritado ômega, que o arrastou pelas orelhas de volta ao quarto.
- Deita aí e durma logo. – ditou irritado, recebendo um efusivo aceno positivo de cabeça, para logo deitar ao lado do mais velho, que levantou o braço para abraçá-lo novamente – E sem abraços, já disse que não sou um travesseiro. – ordenou, fazendo-o paralisar para em seguida obrigar-se a abaixar o braço, colocando-os sobre seu próprio peito e entrelaçando os dedos. Ficaram em silêncio alguns minutos, para que logo o moreno o cortasse, inseguro – Hashi... estou mesmo gordo?
- Gordo? Não. Está fofinho e eu amo apertar o meu fofinho. – estava prestes a levantar os braços novamente, porém logo lembrou-se das palavras do menor e um pouco desanimado abaixou o pouco que os havia erguido, ação essa que foi nitidamente percebida pelo mais novo, que suspirou.
- Ok, pode me abraçar. Mas serei seu travesseiro só por hoje, viu? – o castanho sorriu enormemente e deixando um beijo estalado na bochecha gordinha do menor, o envolveu em seus braços, deitando a cabeça no peito do ômega.
- Te amo Mada, é o melhor travesseiro do mundo. Meu travesseiro com cheirinho de algodão doce e rosas. – falou infantilmente o alfa, fazendo sorrir levemente ao ômega, que discretamente também o abraçou, deixando-se levar pelo sono, enquanto no fundo de seus pensamentos idealizava se deveria começar uma dieta.