Capítulo 22 - Conquistando confiança - convivendo

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Não conseguia pegar no sono, só de pensar que a algumas portas de distância estavam seus dois mates, seus parceiros destinados, fazia que seu lobo interno se pusesse ansioso, arranhando suas entranhas.

Quarenta minutos depois de se deitar e de muito se virar e revirar a todos os lados, já não suportou e com a desculpa de estar com sede, Naruto levantou-se da cama, levando os pés descalços ao frio chão, para logo sair do quarto, passando por dois quartos, antes da porta cor-de-rosa da pequena Hoshi, parando logo depois desta ao ouvir estranhos sons vindos de outro aposento.


- G-gaa... – franziu as douradas sobrancelhas em confusão e então ouviu um fraco gemido, seguido de outro mais rouco, que certamente era do ruivo, oh não, não podia ser o que estava pensando – M-mais...
- Tudo o que quiser, bebê. – e era exatamente o que pensava, seus dois parceiros destinados estavam tendo sexo logo atrás dessa porta e ele ali, parado à frente desta, igual um idiota, ouvindo.
- Hmmm... – ouviu novamente o gemido do moreno e inconscientemente levou suas mãos às calças, sentindo-as apertadas, seus olhos mudando de cor, do azul ao vermelho – Ah... alfa... – oh merda, já não aguentou e levou uma mão dentro das calças, retirando seu membro para fora e iniciando um tortuoso vai e vem – N-não aguento...
- Quando quiser bebê... – só as duas roucas e excitadas vozes, misturadas àquele provocante som dos dois corpos se chocando estavam levando o Uzumaki ao delírio, sentia que estava prestes a chegar a seu próprio ápice de prazer.
- G-gaaaaa – e o delicioso odor de chocolate e amendoim, misturado à essência de pinheiro e chuva adentrou forte às narinas do alfa, ao mesmo tempo que o excitante gemido alongado de Sasuke lhe levou ao limite, fazendo-lhe gozar em sua própria mão.
- Sasuke... – logo foi a vez de Gaara e em seguida apenas arquejos eram ouvidos do outro lado da porta, certamente haviam acabado. Tentando regular sua própria respiração, o loiro encostou a cabeça na madeira da porta, fechando os olhos e quando os abriu novamente, eram mais uma vez azuis. Não ouviu mais nenhum som e podia até imaginar aos dois dentro do quarto, trocando-se carinhos, enquanto ele ali, no frio daquele corredor sentia-se mais solitário que nunca, só queria poder entrar nesse quarto também e se juntar ao casal.


(...)


A luz do sol tocou seu rosto e com dificuldade, abriu os olhos, piscando-os, para habituar-se à luminosidade que quase o cegava. Sentindo as carícias em seus cabelos, sorriu pequeno, levantando a cabeça e pousando suas orbes nas contrárias.



- Bom dia bebê. Dormiu bem? – foi a primeira coisa que o alfa falou ao amanhecer, mesmo era mais uma formalidade, já que sabia muito bem que seu ômega mal havia pregado os olhos, pois tampouco ele havia podido dormir ao sentir a ansiedade alheia através da marca que os ligava.
- Já quase amanhecia quando peguei no sono. Pensar que Naruto estava ali, a alguns quartos... me sinto confuso Gaara, quero esquecer e recomeçar, mas... – sem conseguir evitar, seus olhos arderam e o maior percebendo-o, o trouxe mais para si, fazendo-o deitar a cabeça na curva de seu pescoço, onde afundou o rosto para preencher suas narinas com o odor que sempre o acalmava.
- Eu entendo bebê, não é fácil perdoar. – pronunciou o alfa, entendendo perfeitamente o sentimento de seu namorado, ele mesmo não sabia se era capaz de perdoar a pessoa que mais o havia machucado, sua ex-namorada.
- Tenho medo... – sussurrou o menor, sentindo a dúvida do mais velho e finalmente saindo de seu esconderijo e o encarando aos olhos, a confusão refletida nas orbes verdes – Tenho medo Gaara... tenho medo de lhe dar uma chance, de ser tudo mentira e ele me deixar de novo e acima de tudo, tenho medo de amar, ainda mais do que já o faço.


(...)


Almas TrigêmeasOnde histórias criam vida. Descubra agora