Cap. XV

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LENA

Acordei primeiro do que a Kara, e resolvi deixar o café pronto, acabamos dormindo no sofá mesmo, a noite anterior foi... um pouco difícil, saber que alguém que foi importante para ela estava de volta, e ainda mais pelo fato das coisas não terem sido resolvidas entre os dois.

"Droga Kara... eu não posso te perder." Pensei enquanto estava encostada no balcão da cozinha olhando para o sofá, e não demorou para que ela acordasse, logo me procurou e assim que levantou me viu por cima do do sofá e sorriu, seu cabelo estava bagunçado e seu rosto, diferente da noite passada, estava mais tranquilo, então ela levantou e veio até a mim e me abraçou pela cintura, respirou fundo e simplesmente não me soltou mais.

L: (risos) Tudo bem ai?

K: Uhum, gosto do seu cheiro.

L: Hmmm acho que isso é bom.

K: É muito bom. (suspirou)

L: Vem, vamos tomar café, você precisa comer, se não quiser não precisa ir trabalhar hoje.

K: Vou fazer o que aqui?

L: Trabalha daqui, simples.

K: Não... eu tenho uma entrevista pra fazer hoje a tarde, tem bastante coisa na Cat.

L: Adoro isso em você sabia? 

K: O que?

L: Essa coisa de você não parar e não deixar nada de jogar pra baixo, te admiro muito. ( Peguei em sua mão)

K: Vai me deixar mau acostumada se continuar puxando meu saco assim. (risos)

L: Pode ficar, não tem problema.

K: Eu vou tomar um banho  e me arrumar tá.

L:  Sem problemas, eu vou dar uma arrumada na bagunça de ontem.

K: Uma Luthor arrumando meu apartamento? É, as coisas estão mudando mesmo. (gargalhadas) 

L: Eu sou uma ótima dona de casa ok?! (Joguei uma almofada enquanto ela entrava para o quarto)

Alguns minutos se passaram, Kara estava terminando de se trocar e eu também, iria para a CATCO hoje, queria ficar perto dela, não demorou muito para que a campainha tocasse.

K: Atende pra mim por favor, tô terminando de colocar meu vestido, deve ser a Alex.

L: Tá bom. 

Coloquei meu blazer e fui até a porta, quando abri me deparei com um rapaz de estatura mediana, cabelos castanhos e olhos castanhos escuros, havia um bom porte físico e uma barba um pouco mal feita.

L: Pois não?

"A Kara está?"

L: Depende, quem é você? (disse em um tom ríspido)

"Mon-el (M)"

L: Ah, claro, o ex infeliz que voltou do mundo dos desaparecidos.

M: Me desculpa, mas quem é você?

L: Digamos que a protetora dela, e agora cai fora, ela não quer te ver.

Ele ficou na ponta dos pés e tentou gritar por ela, então coloquei uma das mão tampando sua boca e o empurrei para fora, fechei a porta atrás de mim, era hora de me apresentar para o desgraçado.

L: Nem tente moleque, você fez a merda toda e deixou a minha Kara quebrada, não venha agora me dizer que quer reconquistar ela.

M: Isso não é assunto seu! Eu preciso falar com ela! 

L: Vai ter que passar por cima de mim e se relar a mão em mim garanta que eu não levante mais, porque eu vou te pegar e vou acabar com você.

Ele me empurrou para trás e eu apenas grudei no colarinho de sua jaqueta o empurrando na parede, quando Kara saiu na porta desacreditada.

K : O que tá acontecendo aqui?!

"Kara!" Gritamos juntos.

K: Solta ela Mon-el e desgruda dele Lena!

Soltei ele e arrumei o meu blazer e dei um passo para trás ficando ao lado de Kara.

M: A gente precisa conversar Kara, eu sei que eu ...

K: Não você não sabe Mon-el, eu quis conversar por dois anos e você simplesmente sumiu depois de 3 anos de relacionamento com você morando na MINHA casa! Eu não quero te ver, não quero te ouvir, eu não te amo mais e eu não quero sentir nem esse seu perfume barato entendeu? (disse em um tom baixo, porém duro)

M: Vai me dizer que me trocou por ela? (Apontou para mim)

K: A minha vida não te diz respeito mais, saia daqui antes que eu ligue na portaria e mande tirar você daqui.

Ele simplesmente me encarou por alguns segundos, era nítido o seu ódio, eu apenas retribuí o olhar, porém de forma tranquila exalando a superioridade que havia em mim, ele se foi e nós voltamos para dentro do apartamento.

K: Ia bater nele?

L: Só se ele tentasse alguma coisa.

K: Ato heroico, mas não faça mais isso, por favor.

L: Eu só queria... te proteger...

K: Tudo bem, eu te entendo e agradeço por isso, mas não quero que se suje por minha causa.

L: Eu não me importaria de me jogar na lama se fosse para te manter segura.

Não deixei que ela falasse, apenas a puxei pela cintura e a beijei, devagar, calmo, senti seus braços se entrelaçarem ao redor do meu pescoço, eu podia me sentir mais forte, forte o suficiente para carregar o mundo nas costas por ela.

K: O dia pelo visto vai ser bem agitado, já quero voltar pra minha cama. (disse choramingando)

L: Pensa que eu vou estar por perto hoje, qualquer coisa corre pra mim que eu te salvo.

K: Minha heroína. (ela sorriu e meu deu um beijo)

Logo pegamos nossas coisas e cada uma seguiu para o seu carro, no meio do caminho vi que ela havia feito um desvio, mas não me preocupei, cheguei na editora e logo peguei os relatórios da mesa da minha assistente e levei para a minha sala, liguei meu computador e comecei a ler.

Alguns minutos depois alguém bateu na minha porta, pedi para entrar e era a Kara, com dois cafés duplos.

K: Pra não perder o costume. (Deixou na minha mesa e piscou para mim )

L: Eu queria te beijar agora.

K: Se controle senhorita Luthor! (Disse saindo da sala)

Logo entrei no meu e-mail e vi o que a minha advogada havia enviado, a tarde teria que ir para a audiência do Lex, "só queria uma família normal" pensei, comecei a ler tudo o que estava no arquivo sobre o caso e tudo o que eu deveria falar, fiz algumas ligações inclusive para a Jessica, havíamos combinado de nos encontrar na porta do tribunal, essa audiência sera como andar sobre a brasa quente, mas eu nunca fujo de uma briga. 


QUANDO O SOL SE PÕEOnde histórias criam vida. Descubra agora