end of the day

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Notei que tem meninos lendo meu livro, então, se você é um menino e está lendo esse capítulo quero que saiba que eu escrevi esse especialmente para você. Espero que goste.

A música tocava alto, mas tudo o que Jeongin ouvia era um eco bem ao longe. Era sempre assim quando ele estava por perto, toda a sua atenção era voltada para ele e seus sentidos ficavam aguçados apenas para perceber o mínimo dele.

- Ei, Jeongin, quer subir? - ele perguntou se virando sutilmente para mim.

O rapaz apenas assentiu com a cabeça e juntos eles deixaram a festa no andar de baixo da casa. Jeongin e S/n adoravam passar tempo no telhado, olhando as estrelas e aproveitando da companhia um do outro.

O Yang gostava do jeito de S/n, ele sempre foi tão autêntico, sem medo de nada. Ele o admirava bastante, talvez até o amasse. S/n teria coragem de dizer isso, então Jeongin achou que também poderia expressar seus sentimentos.

- Eu te amo. - ele soltou sem o olhar, tinha medo da reação do rapaz ser negativa.

Talvez S/n não tenha ouvido, a música lá em baixo foi diminuindo até não poder mais ser ouvida e o silêncio reinou no telhado, com excepção da ventania. Ventava bastante e os fios curtos de S/n dançavam, quase deixando Jeongin hipnotizado. O rapaz se perguntava como tudo em S/n conseguia ser interessante e atraente. Não que S/n fosse perfeito, Jeongin sabia melhor do que ninguém que ele não era, mas isso não anulava o quão suficientemente bom ele podia ser para Jeongin.

Jeongin não conseguia sentir-se envergonhado sob sua tentativa de declaração. Ele se sentia em um instante perfeito, apenas ele, S/n e a lua. Jeongin não fazia ideia, mas havia ateado fogo em S/n que ouvira, sim, sua declaração. O rapaz ficou surpreso, feliz, queimando no misto de sentimentos. Seu semblante neutro à despeito dos fogos de artifício em sei peito. S/n sentiu medo, ele tinha medo de machucar Jeongin, tinha incertezas sobre o que sentia.

- Eu preciso ir. - Foi tudo o que saiu dos lábios de S/n.

Jeongin não entendeu muita coisa e ainda assim decidiu não pressionar o seu, até então, amigo. Os dias passaram e Jeongin não teve notícias sobre o amigo. Aquilo doeu. Jeongin pensou tanto que ficou deprimido, eles eram amigos, por que ele teria se afastado assim?

- Ele ouviu... - os lábios do menino tremeram, seus olhos marejaram.

Então o amor era assim? Uma perda que você carrega e dói mais a cada vez que você vê a pessoa? Jeongin teria certeza de que veria S/n novamente. Talvez não tão perto como de costume, mas veria. Talvez dando um de seus sorrisos perfeitos para outra pessoa, mas veria. Só a ideia já doía como o inferno, imagina viver isso?

S/n sempre faz o que quer, diz o que quer dizer, isso é fato. Se S/n quisesse Jeongin, ele saberia, com certeza. Somos amigos e ele não quer me machucar, pensou o Yang. Se sem querer machucar S/n já fez o maior estrago, quem imaginaria como seria se ele quisesse destruir o pobre coração de Jeongin. O rapaz se perguntou o que havia de errado com ele, afinal. Ele não era bonito o bastante? Não era inteligente o bastante? Será que S/n não vê que não adianta tentar com outra pessoa porque nenhuma vai tratá-lo como Jeongin faz?

Tudo que Jeongin sabia no final de cada dia é que: S/n iria seguir seu coração mesmo que o quebrasse e que ele iria amar quem ele amasse. No final de cada dia Jeongin se via mais apaixonado por algo que nunca seria dele.

Dois finais de semana depois eles se esbarraram pelos corredores da faculdade.

- E ai? - Jeongin tentou.

- Ah, oi. Tudo bem? - S/n respondeu e ao notar o olhar perdido de Jeongin soltou um suspiro.

- Claro. Te vejo depois. - O Yang foi firme e se retirou tão rápido quanto as lágrimas que desciam pelo seu rosto.

O dia demorou a passar e quanto chegou em casa Jeongin estava péssimo. Ele havia desabafado com sua mãe sobre seus sentimentos quando lhe foi questionado sobre o motivo da sua perda de peso. Tudo apagou.

Quando Jeongin acordou estava no hospital.

- O que aconteceu? - ele perguntou quando o mundo parou de girar diante dos seus olhos.

- Você desmaiou. - ele ouviu a voz suave de sua mãe.

Jeongin suspirou enquanto vários flashs de momentos com S/n invadiam sua mente.

O padre acha que é o diabo, minha mãe pensa que é um resfriado, mas garoto... é apenas você. Pensou o Yang.

No final daquele dia havia uma mensagem no celular de Jeongin. Era S/n e ele queria conversar. O peito de Jeongin esquentou e ele tentou lutar contra toda a esperança que o inundava. Talvez ele só quisesse oficializar o fora que havia dado no amigo, nada mais.

Jeongin mal dormiu aquela noite, ansioso. Ele queria ligar para S/n e ouvir sua voz, mesmo que para lhe mandar ir dormir porque eram apenas quatro da manhã.

Já na faculdade, Jeongin tentou parecer despreocupado. Quando menos esperou, sentiu um toque em seu ombro.

- Quando o sol se for novamente, eu sei que ficaremos bem. - S/n disse olhando o céu.

Jeongin se pegou admirando a beleza dos olhos do garoto.

- Quando a cidade estiver dormindo podemos ficar acordados, sonhando. Porque no final você sabe que eu amo quem eu amo e digo o que tenho que dizer. Então, eu te amo. - ele disse como se fosse simples, olhando nos olhos do Yang com um sorriso travesso nos lábios.

Jeongin achou ter morrido naquele hospital, achou estar no céu agora. Ele se sentia flutuando.

Quando ele sentiu os lábios de S/n nos seus foi como um beliscão que o trouxe para a realidade. Ao longe ele ouviu palmas e uivos, nada poderia o deixar mais feliz. S/n segurou o rosto de seu amado e sorriu inconscientemente, ele estava tão apaixonado.

- Você é muito precioso para mim. - disse o garoto fazendo os olhos de Jeongin brilharem.

Inspirado em "End of the day" do One Direction e em acontecimentos tristes da realidade da autora kkkkk

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