Três e meia da manhã. Era o que o meu celular dizia. Além do horário atual, ele também me dizia que tinha alguém me ligando e que eu precisava escolher entre atender ou rejeitar.
Um suspiro alto e meu dedo desliza para atender a ligação insistente.
— Você por acaso tem alguma noção? – pergunto. O tom mais rude que minha expressão insatisfeita e sonolenta.
— S/n! Meu amor..! – Minho gritava para sua voz se sobrepor a música alta de fundo. Ele estava em uma festa? — Saiba que eu te amo, muito, muito, muito... – ele diz e eu noto uma estranheza em sua voz, mas logo uma outra, feminina, se faz presente na chamada também. — Minho! Volta logo pra mim! O que você está fazendo aí?
E então a chamada foi encerrada tão inesperadamente quanto foi iniciada. E só uma coisa rondava minha mente agora:
Que merda ele acha que está fazendo?!
Ferrar comigo desse jeito me ligando de madrugada e incitando uma possível traição?! E pra quê?
Eu realmente não precisava saber disso, pelo menos não agora, às três da manhã.
Lee Minho me paga.
E ainda teve a audácia de dizer que me ama!
Me levanto extremamente irritada, a tristeza nem tinha lugar em mim. Liguei a televisão e tentei me distrair, ou até quem sabe pegar no sono, o que acontecesse primeiro estava ótimo.
Acordei com o barulho de alguém tentando alguma coisa na porta, me levantei e sem pensar direito abri a porta. Minho estava ali, com uma cara de confuso segurando as chaves, eu até acharia graça se não estivesse brava.
Mas a raiva não me fez esquecer a sensatez. Eu obviamente não iria esclarecer as coisas com ele nesse estado, só o farei quando ele estiver melhor.
— Não deveria estar dormindo? – ele questiona e coça sua nuca.
— Não deveria fazer menos barulho ao entrar? – pergunto e ele suspira.
Não espero por mais nenhuma palavra vinda dele, me viro e volto para o quarto. Ainda eram 7h e alguns minutos, ainda estava em tempo de fingir que estava dormindo enquanto pensava no que falar para Minho.
Eu me sentia traída. Usada. Me sentia um nada, descartável. Se ele queria ter uma vida de aventuras de um cara solteiro, por que ele simplesmente não terminou? Eu ia aceitar numa boa, até porque não iria prendê-lo à mim. Por mais que doesse. E ser traída desse jeito doí muito também, eu confio nele e ele me engana assim.
As lágrimas queriam sair, mas eu não estava disposta a chorar. Minha mãe não me criou pra isso. Ele que perdeu, não posso fazer nada quanto a isso.
— S/n? – escuto sua voz e ignoro. — Sabe onde estão os remédios para dor de cabeça?
— Armário do banheiro, eles nunca saíram de lá. – respondo sem me virar para olhá-lo.
Escuto um suspiro, logo escuto a porta ser encostada, e em poucos segundos sinto o colchão afundar um pouco ao meu lado.
— O que eu fiz pra você? – ele pergunta e eu fico realmente desapontada.
Me sento na cama e me viro para ele.
— Você me ligou no meio da noite, se lembra? – pergunto com toda a calma que me resta.
— Eu queria dizer que te amo. – ele responde pensativo.
— Você disse. Olha, Minho, você sabe que eu nunca me importei de você sair ou de chegar tarde, nunca liguei para as suas companhias, nunca liguei porque eu confio em você. Acredito em todos as palavras de apoio e amor. Mas depois daquela ligação eu não sei o que pensar, não sei no que acreditar, sabe? – digo.
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Imagines Stray Kids
FanfikceLivro de imagines criado para iludir stans do grupo Stray Kids. ⚠️Aviso⚠️ Isso são apenas imagines, é fictício. A personagem S/n não é você e nem é escrita para ser. Criei este livro com a intenção de me desafogar e distrair, além de me ajudar a des...