A Filha de Tony Stark

eighteen

— Vocês já sabem o plano. — Zemo se encostou no banco do carro e cruzou as pernas. — Trocar ela por informações. 

— Deve ter outra maneira de conseguir essa informação sem envolver ela. — Harley disse alto e decisivo, em desespero, tentando a todo custo tentar me livrar dessa. Mas não tinha outra saída, e ele sabia. Zemo riu.

— Elizabeth Stark. — Zemo proclamou lento e mexendo as mãos para o alto. — Que nome poderoso. — Ele olhou para nós dois, e ficou serio. — Não tem outro jeito. Quem matou a filha do Gambit foi o Tony, e não outra pessoa.

Harley respirou fundo e jogou as costas fortemente contra o banco estufado do carro, ele pareceu ter desistido, por ora, mesmo ele dizendo que lutaria para nos tirar dessa. Ele tinha 20 anos e eu 16, igualmente aos outros. Não estávamos preparados para isso, mas ele parecia.

— Por que você se entregou? — Eu sussurrei e ele me olhou, mas não respondeu. — E a Kamala?

— Ela tá bem. — Ele começou a respirar muito rápido. — Todos estão bem. A salvo. Nada vai acontecer com eles. — Ele fixou seu olhar em mim. — Mas... a Kitty... Ele acertou ela...

— Confia em mim, Harley. — Eu tentei segurar suas mãos, mas elas estavam tão geladas e tremulas que ele puxou elas de perto de mim. — Ela vai ficar bem.

— Em quantos dias você constrói uma armadura? — Zemo sabia que estávamos conversando, mesmo a gente sussurrando o mais baixo possível. Harley pareceu pensar muito antes de responder.

— Sem tecnologia Stark, meses. — Ele disse, engolindo em seco logo depois, esperando que Zemo não soubesse dessa grande mentira.

— Vou perguntar mais uma vez. — Zemo sacou uma arma e apontou para o meu rosto, e se inclinou para trás para ver nossos rostos chocados. Ele ao menos teve como reagir. — Em quantos dias você constrói uma armadura, Harley Keener? — Harley não sabia se olhava para o cano da arma perto da minha testa ou para os olhos de Zemo que transbordavam raiva de um jeito anormal.

— dois. — Respondeu sério e Zemo sorriu vitorioso.

Fechei os olhos fortemente e não consegui mais abrir. Eu desejei agora que dormisse por muito tempo e acordasse só quando tudo tivesse normal. Eu queria voltar para a paz que era Los Alamos. Queria voltar a ser a melhor da sala e ser a favorita dos meus professores favoritos. Mas agora, eu estava preste a ser vendida por informações a um homem que quer vingança. Estava tudo girando, as palavras de Kitty eram a mais pura e sincera verdade. Eu me sentia despedaçada, e chorar parecia não resolver nada.

O carro parou bruscamente e abri os olhos com uma respiração funda. Zemo saiu do carro, Bucky saiu do carro.

— Você está bem? — Harley perguntou enquanto eu continuava imóvel. 

— Não. — Respondi, e ele continuou em silencio do meu lado. — Por que saímos daquele prédio, Harley?

— É tudo minha culpa. — Ele soou destruído, e a voz dele falhou. — Por você estar aqui, pela Kitty, pelo resto da equipe, pelo Bucky.

— É nossa culpa. Totalmente e unicamente nossa.

— Saiam! — Kate brutalmente abriu a porta do carro e me puxou para fora. 

— Gambit não está em Madripoor nesse momento, chegará daqui dois dias. — Uma menina loira e abatida disse para Zemo.

— Ótimo. — Zemo soou com raiva. — Eu irei direto para Madripoor. — Ele se virou para Bucky. — Eu quero que você leve eles até Hans Beimer e não deixe ele tocar em um fio de cabelo dela, me entendeu? — Bucky confirmou com um olhar sério. — Mencione meu nome, e ele ajudará.