Epílogo: twenty

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- Bom dia. - Cassandra disse logo após que pisou no mesmo ambiente que eu e Luna. O rosto dela estava vermelho e as sobrancelhas estavam juntas mostrando que ela estava agoniada com algo. Ela se sentou na mesa ao lado de Luna e esperou eu perguntar por algo.

Os dias se passaram rápidos mas a adaptação estava sendo devagar. Eu não conseguia olhar para o William sem ver o Harley ou parar de pensar que tudo era culpa dele. Minha mente estava ficando aliviada, no entanto, quando eu comecei a conhecer William melhor. Não era culpa dele, e eu sabia que não era, Harley não culparia ele por nada. Ele só estava sendo controlado e Harley queria salva-lo, por que ele parecia ser o único daquele grupo que queria ser.

Quando voltei para essa casa, eu me deixei ser coberta por um alívio que melhorou meu coração e alma. Eu parecia ser a antiga Elizabeth, sem preocupações, poderes e Tony Stark. Eu melhorei, mas a minha relembrava o acidente de Kitty e o rosto tenso de Harley, ainda me lembrava que Peter estava no hospital e que Gwen e Kamala ainda estavam naquele inferno.

- Você está brava? - Perguntei, colocando o café da manhã para Luna. Cassandra jogou a cabeça pra frente e deixou a testa bater na mesa o que fez um barulho alto e assustar Luna, que pulou na cadeira.

Luna reagia a barulhos altos, Cassandra reagia estranho quando se falava no Bucky, William reagia eufórico a ordens e fazia tudo tremendo. Eu queria perguntar o que tinha acontecido com aqueles três naquele grupo, mas não parecia certo perguntar.

- Eu quebrei seu teto. - Ela disse abafado em um tom choramingado, eu sorri aliviada por não ser algo pior que "seu pai está aqui". - Meu poder saiu do controle. Pela terceira vez. - O poder dela era interessante e estranho igual o de Kamala. Ela podia fazer tudo que o Scott fazia, só que manualmente, sem precisar de uma roupa ou de partículas Pym.

Os dias passaram rápidos desde que o grande Tony Stark me deu a missão de dar abrigo a fugitivos da S.H.I.E.L.D., como havia dito. Eu vivia esperando alguém explodir a casa e tirar eles de lá a força.

Eu me acalmava dizendo que eu não era mais o objetivo do grupo do Zemo. Agora eu era alvo de algo totalmente pior.

Luna era boazinha, educada e passava parte do tempo calada sem esboçar nenhuma vontade para nada. Nós tentávamos brincar com ela ou educa-lá, mas nada funcionava, ela não mostrava interesse em nada. Foi quando decidimos colocá-la em uma escola.

Cassandra, aos olhos do Estado, era nossa responsável. Ela tinha dezenove anos e parecia certo ela "cuidar" de uma criança e dois adolescentes. Mas no final, era nós três cuidando da Luna e a fazendo esquecer que um dia viveu no inferno.

- Como está a escola, Luna? - Cassandra perguntou, mudando de assunto. - Fez algum amigo?

Ela negou com a cabeça: - Eles não gostam de mim. - Ela disse enquanto comia uma colherada de cereal, soando como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Por quê? - Cassandra perguntou, virando seu banco para ficar de frente para a menina.

- Não sei. - Ela respondeu baixo.

Cassandra me olhou com olhos de precisamos ajudar. A infância de Luna foi tirada dela, força-lá a fazer o que quer não era ajudar.

- Bom dia. - William apareceu. Eu ajeitei a postura e respirei fundo, ele me olhou como sempre me olhava: com tristeza. William era complicado e paranóico e a convivência com ele era um pouco difícil.

- Oi, Will. - Cassandra respondeu para não deixar ele falando sozinho. - E vocês dois, como estão na escola? - Cassandra pegou o prato de cereal que eu estendi a ela. William se sentou a mesa e eu também.

A Filha de Tony StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora