Capítulo 8

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CAPÍTULO VIII

Quando Elena acordou, o quarto es­tava imerso na escuridão. Ela se assustou, sentando-se na cama. Sua men­te foi clareando aos poucos à medida que seus olhos se acostumavam com a penumbra. "Que horas seriam? Por que Klaus não a acordara?" perguntou-se. Procurou sua bolsa ao lado da cama para pegar o celular e passando o dedo na tela o mesmo se iluminou. Olhou para o relógio e viu que eram duas e meia.

Elena se sentou na beira do leito, colocou o celular na mesinha de cabeceira, junto com a bolsa e acendeu o abajur. Ela passou os dedos pelos cabelos desalinhados, prendendo-os num coque, pensando sobre o que faria em seguida, prestando atenção no som de uma respiração profunda e regular. Klaus ainda dormia, e pelo visto, profundamente. Descalça, ela caminhou até seu acompanhante, aproximando-se do sofá.

- Klaus? - chamou-o com suavidade, parada diante dele.

Elena tinha a intenção de culpá-lo pelo adiantado da hora, mas notou que ele parecia estar realmente exausto. Não é que fosse realmente tarde, eles não tinham mesmo que voltar agora, era ela quem queria fugir de Mystic Falls o mais rápido possível, para ficar bem longe de Stefan e Caroline, assim como das lembranças que a cidade traziam.

Ela viu que Klaus permanecia na mesma posição de quando se deitara. As feições dele se suavizaram pelo sono, dando-lhe uma aparência mais jovem e angelical. Klaus era um homem com traços bonitos e delicados, mas sua expressão não tinha nada a ver com isso, exceto quando ele sorria, quando apareciam as covinhas. No geral ele tinha uma expressão de segurança, de força, de poder, de quem sabe o que quer.

O paletó com que se cobrira havia escorregado para o chão e os primeiros botões de sua camisa estavam abertos. Elena observou como a blusa e a calça se moldavam ao corpo dele. Klaus tinha era musculoso sem exageros, um corpo esbelto e bem definido. Ele era incrivelmente bonito, incrivelmente atraente.

Elena se aproximou um pouco mais e tropeçou nos sapatos dele, quase caindo em cima de Klaus. Ela conseguiu se equilibrar e se repreendeu por ficar admirando-o daquele jeito, por agir como uma tola diante de um homem bonito. Ela afastou os sapatos dele e se ajoelhou em frente ao sofá, ficando bem próxima a ele.

- Klaus! - Com os lábios próximos ao ouvido dele, disse seu nome com firmeza e então afastou-se, esperando que ele despertasse, mas, além de um leve movimento das pálpebras, ele não se mexeu.

- Klaus, já é tarde! – Ela insistiu e daquela vez os decibéis de sua voz não foram tão gentis, mas, mesmo assim, Klaus apenas virou um pouco o rosto.

- Acorde! Agora! - Elena chacoalhou o ombro dele.

Se Klaus não acordasse logo ela iria deixá-lo ali, ela decidiu. Mas nesse momento, ele emitiu alguns gemi­dos e Elena se sentiu encorajada a continuar insistindo em acordá-lo.

- Ande, são duas e meia! Vamos embora! - Elena insistiu e suspirou aliviada quando viu os olhos de Klaus se abrindo aos poucos.

Entretanto, a sensação boa de Elena acabou quando per­cebeu a expressão dele: um olhar intenso e sensual que a imobilizou. Ela não tinha certeza se Klaus a vira ou se ainda estava imerso no mun­do dos sonhos, mas aquele olhar fez seu sangue latejar e o coração bater acelerado. Os olhos dele brilhavam de desejo.

- Klaus, já é tarde! Nós dormimos demais e agora temos que ir ...

Elena foi interrompida quando Klaus envolveu-lhe o pescoço, segurando pelos cabelos e puxando-a para si. Ele pousou os lábios nos dela, beijando com tanta intensidade que ela se sentiu derreter. Com a língua e os den­tes, ele explorou a boca e os lábios dela, excitando-a.

O acompanhante - KLENAOnde histórias criam vida. Descubra agora