Capítulo 25

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CAPÍTULO XXV

No dia seguinte, Elena conheceu a governanta, uma senhora de meia idade, de corpo robusto e cabelos quase totalmente grisalhos. Mathilde provou ser tão protetora quanto uma mãe dedicada. Acon­selhava sempre Elena, e deixou bem óbvio que queria o bem dela e do bebê.

A mulher se encarregou de todas as suas necessidades e raramente a deixava sozinha, mimando-a como a uma filha. Elena não se sentia mais tão sozinha conforme os dias iam passando. Um dia, enquanto almoçavam, a governanta falou:

- Eu não concordo com isso Srta. Elena. – Mathilde confidenciou.

- Sobre? – Elena questionou confusa.

- Sobre a Srta. estar tendo um bebê com o mestre Klaus e ele estar noivo de outra.

- Ah! – Elena a encarou surpresa.

- Eu sei que atualmente tudo é diferente, que uma criança não garante um casamento, mas não concordo com isso. A Srta. será mãe solteira, a criança não crescerá com uma família completa. Quando o Sr. Klaus se casar, a Srta. Hayley será uma madrasta, que eu suspeito não será muito boa. Ela jamais vai aceitar essa criança, assim como ela não a aceita.

- Eu sei – Elena comentou tristemente. – Ela não nos quer na vida de Klaus. Mas eu não posso culpá-la. Eu meio que me intrometi no relacionamento deles, mesmo sem querer.

- Eu não sei em que circunstâncias a Srta. e o Sr. Klaus conceberam essa criança, mas ele deveria fazer o que é certo.

- Eu não sabia que ele era comprometido, e ele me disse que estava separado de Hayley quando ficamos juntos – Elena sentiu a necessidade de explicar a Mathilde.

- Nesse caso, o Sr. Klaus foi quem agiu de maneira incorreta, ele deve encarar as consequências.

- Acredito que ele está fazendo o necessário – Elena defendeu o pai de seu filho – Mesmo não sendo da melhor forma, ele está incluindo nosso filho em sua vida. Ele poderia apenas ter ignorado e nos deixado de lado, não querendo fazer parte da vida dessa criança.

Mathilde sorriu.

- Isso eu sei que ele jamais faria. Família é a coisa mais importante para um Mikaelson. Eles são muito unidos.

Elena apenas meneou com a cabeça, concordando. Mas em seu íntimo ela se perguntava o que pensava a família de Klaus a respeito dessa situação. Ele havia comentado que eles sempre vinham visitá-lo, que estavam sempre ali naquela casa, mas desde que ela chegara, nunca ninguém veio. Elena se perguntava se ela era o motivo de a família Mikaelson estar distante e tinha quase certeza de que sim.

Durante os dias seguintes à chegada à Nova Orleans, Klaus preocupou-se com o bem-estar de Elena, como sempre, mas desde aquela primeira noite, não tentara nenhuma aproximação mais íntima. Com o passar do tempo, a distância entre eles ficava cada vez maior. Ela tentava se convencer de que aquilo era para seu próprio bem, mas isso não diminuía o vazio que sentia no peito.

Klaus saia sempre cedo e chegava muito tarde, acompanhado de Hayley. As vezes Elena ouvia os dois rindo pelo corredor, como se tivessem bebido algo e estivessem animados. Ela chorava silenciosamente, imaginando a noite de amor que eles tinham depois disso. Elena sabia que Hayley dormia na mesma cama que Klaus, eles dividiam o quarto, eram um casal.

Certo dia, ela ia passando pelo quarto do casal, quando ouviu uma conversa.

- Eu não entendo porque ela tem que ficar aqui – Era Hayley quem falava.

- Você sabe o porque.

- Você cuida tanto dela, mas nem sabe se essa criança é mesmo sua. Pelo que você me disse, pode ser de qualquer um.

O acompanhante - KLENAOnde histórias criam vida. Descubra agora