O acompanhante - KLENA

Capítulo 9

CAPÍTULO IX

Elena estava muito tensa, mas não se arrependia do que fizera. Fora tudo surpreendente, mas perfeito e gratificante! Nunca imaginara que fazer amor pudesse ser algo tão maravilhoso. Que um homem poderia amá-la com tamanha paixão. No entanto, poderia considerar aquilo como fazer amor?

Klaus a amara com sensibilidade e generosidade, mas aquilo não significava que não a considerasse apenas uma aventura passageira. O modo como as coisas aconteceram, o fato de eles terem se conhecido ontem. Elena tinha de encarar a verdade. Ele devia ser acostumado com sexo casual, dada a experiência que ele tinha em agradar uma mulher. Mas ela, ela não era assim. Fora a primeira vez que se entregara a um desconhecido.

Procurando não fazer barulho, saiu da cama e apanhou suas roupas. Klaus dormia profundamente, a expressão de satisfação e um leve sorriso nos lábios. Ela caminhou até o banheiro para se vestir. De repente seus solho se banharam de lágrimas, embora ela não entendesse porque chorava daquela forma.

De repente a vontade de ir para casa e esquecer aquele dia se tornou intensa. Ela apanhou sua bolsa e tirou o envelope com o dinheiro que continha o pagamento de Klaus. Ela colocou em cima das roupas, que ela recolheu e dobrou sobre a cama. Pensou se deixava alguma nota, mas temia que ele acordasse se ela demorasse mais. O embaraço da manhã seguinte arruinaria brutalmente aquela memória doce e mágica do que eles fizeram, e Elena queria guardar a recordação.

Lentamente desceu as escadas da mansão, esgueirando-se para não ser vista. Era cedo, 7 horas, e não havia ninguém acordado ainda. Ela caminhou até a saída e depois até seu carro, entrando e dirigindo. Ela deixou Mystic Falls sem olhar para trás.

Enquanto retornava a Whitmore, ela não conseguia deixar de pensar em Klaus. Elena se perguntou o que Klaus pen­saria quando acordasse e não a encontrasse a seu lado. "Ficaria aliviado? Irritado?" Talvez, uma mistura de ambos ela decidiu, inconsolável. Arrependia-se de não ter deixado uma nota para ele, ao menos um agradecimento. Mas pensava que ele devia estar acostumado com isso, a ser tratado assim. Ela não sabia como proceder numa situação dessas e achou melhor evitar.

Quando chegou em casa, ela decidiu que não pensaria mais naquilo. Enquanto tomava um banho, Elena pensava no que tinha acontecido e acreditava que fora surreal. Tinha feito amor com um desconhecido, entregara-se a ele como nunca tinha feito antes.

Stefan fora o primeiro e único homem na vida de Elena e a experiência que tiveram não fora das mais maravilhosas. Na realidade, tinham tido poucas relações em todo o tempo de namoro. Eles estavam sempre acompanhados de outros amigos quando saíam e quase nunca ficavam a sós. Olhando agora, Elena com certeza não era a namorada mais ardente do mundo e o relacionamento deles parecia mais platônico do que real.

Naquela noite e nos próximos dias Elena tentou esquecer o que vivera com Klaus. Andara de um lado para o outro, tentara ler, escrever, estudar, fazer qualquer coisa que ocupasse sua mente, sem sucesso. Klaus, seu toque, seu cheiro, a forma como fizeram amor nao saía da cabeça de Elena. Ela sentira atração e desejo por Stefan, mas nunca o fogo, o desejo intenso e incontrolável que sentira com Klaus.

Quando Bonnie ligou para ela no domingo, ela perguntou sobre Klaus e Elena desconversou, dizendo a amiga que eles tinham seguido caminhos separados. Passaram a conversaram sobre trabalho, o que Elena agradeceu. A preocupação devido as mudanças que ocorreriam breve fizeram com que Elena tirasse o foco do que acontecera entre ela e o acompanhante do casamento de Stefan. Elena temia perder o emprego.

- Acha que o sucessor do Dr. Mikaelson não dará ne­nhuma chance a você? - perguntou Bonnie.

- Você trabalha no Hospital, sabe como essas coisas são. Parece que virá alguém experiente em negócios e conhecido de Elijah, mas duvido que terá sua própria opinião. Aposto que será influenciado por qualquer um que resolva usá-lo em seu próprio benefício.