Capítulo 23

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CAPITULO XXIII

Tudo acontecera tão depressa... Se ao menos houvesse conseguido convencer Klaus de que não precisava dele... Mas a verdade era que precisava. O médico deixara bem claro que Elena não poderia ficar sozinha até o final da gravidez, que precisava de acompanhamento. Ela teria que engolir seu orgulho e esquecer seus sentimentos por ele. Para sua própria paz.

Elena saiu do Hospital e foi direto para Nova Orleans. Klaus não permitira que ela pegasse suas coisas, garantindo a ela que eles comprariam tudo o que ela precisasse lá.

- Você irá com minha irmã fazer compras. Rebecca está ansiosa para sua chegada.

Elena sorriu. A irmã de Klaus a tratara muito bem quando se conheceram. Ela gostou da loira. Esperava que continuasse assim.

- Eu tenho algumas coisas na casa de meus pais que quero levar, coisas para o bebê.

- Providenciarei para levá-los, então.

Klaus era autoritário, fazia tudo do seu jeito e de acordo com sua vontade. Mas Elena não podia evitar de admirar o quão decidido e firme ele era, como resolvia tudo. De certo modo, ela se sentia cuidada por ele. Por isso ela decidiu que iria manter uma boa convivência com o pai de seu filho, já que era inevitável passar os próximos meses vivendo sob o mesmo teto que Klaus.

Eles se despediram dos pais de Elena. Klaus garantindo que cuidaria bem dela e da criança, e convidando-os para irem a Nova Orleans quando quisessem.

- Seja uma boa mulher para ele Elena, acerte as coisas com Klaus. Ele é um homem muito rico e vocês terão um filho juntos. Se souber fazer a coisa certa, conquistará ele de vez e, quem sabe, se torne sua esposa.

Elena engoliu em seco. Sua mãe sempre dera valor a dinheiro, a riqueza e a poder. Sempre quisera fazer parte da alta sociedade. Alaric ganhava bem, mas não pudera proporcionar a vida que sua mãe queria. Elena sabia que apenas o amor que ela tinha por ele, por Alaric, impedia sua mãe de deixá-lo e ir em busca de um homem rico. Agora, ela acreditava que Elena tinha essa chance e queria tirar proveito disso.

- Adeus mãe. - Elena se despediu rapidamente.

- Adeus pai.

- Estarei de olho em você. E saiba que estou aqui para o que precisar. Se mudar de ideia, vou cuidar de você e meu neto com prazer.

Bonnie abraçou a amiga, assim como Jeremy, e ambos informaram que logo iriam visitá-la, que se falariam todos os dias por telefone. Elena os agradeceu e os deixou, sentindo seu coração doer pela distância. Ela entrou no carro com Klaus e deu um ultimo aceno.

Ela permaneceu em silêncio durante a viagem, vez ou outra lançando um olhar para Klaus, vendo como ele estava focado na estrada. Ele gostava de dirigir, dissera para ela, quando dispensou o motorista.

- Está mal-humorada? - observou Klaus, quando eles pararam em uma lanchonete na beira da estrada. - Achou a viagem muito can­sativa? Só falta mais uma hora para chegarmos, mas poderemos passar a noite aqui, se preferir.

- Sinto-me ótima - assegurou Elena. – Só preciso ir ao banheiro e comer alguma coisa.

- Ah entendi. A fome a deixa irritada. - Klaus comentou com um leve sorriso.

- Sim – Elena respondeu irritada enquanto saia do carro.

Ela foi direto ao banheiro, e quando voltou, Klaus estava sentado em uma mesa nos fundos do lugar. Ela se sentou ao mesmo tempo em que a garçonete colocava sobre a mesa um hambúrguer com fritas, acompanhado de suco e água.

O acompanhante - KLENAOnde histórias criam vida. Descubra agora