Capítulo 12

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CAPITULO XII

- Ainda não está pronta?! - Elena assustou-se quando Klaus apareceu no corredor, enquanto ela saía do laboratório de hematologia.

Klaus estava lindo em um terno escuro e ele­gante. Elena mordeu o lábio, odiando o fato de ainda considerá-lo atraente depois de tudo, desejando que seu olfato fosse insensível à fragrância almiscarada que ele exalava.

- Estou, sim - ela o contradisse, com fir­meza. Vestia uma calça jeans surrada e uma camisa azul-clara.

Klaus emitiu um som de impaciência.

- Vamos até sua casa. Terá dez minutos para se aprontar.

- Até tem poder para mandar em mim aqui, Klaus, mas não sou paga para cumprir suas ordens de ditador fora do expediente. - Elena cru­zou os braços sobre o peito.

- Acredito em horários flexíveis - retrucou ele, em tom rouco. – Agora vamos Elena, estou faminto! Vamos a seu apartamento agora para que se troque. E não me desafie, ou serei capaz de eu mesmo vesti-la.

- Nem pense nisso. Não está se esquecendo de sua namorada?

Os olhos dele se arregalaram.

- De quem está falando, Elena?

- Muito engraçado! Mas duvido que aquela loira que o visitou hoje apreciaria a piadinha. Adultério não é, tampouco, minha ideia de diversão.

- Na verdade, combinei de encontrá-la para alguns drinques após o jantar. Pode vir também, já que está tão interessada em minha vida pessoal. - Klaus sorriu, zangando-a mais ainda.

- Ela sabe sobre nós?!

- Elena - Ele suspirou. - Aquela é minha irmã, Rebekah. Ela es­tará acompanhada do marido, Marcel Gerard, se é que isso faz alguma diferença.

Envergonhada, Elena sentiu as fa­ces em brasa.

- Oh! Bem, foi um engano natural - defendeu-se. Nunca, em tempo algum, se desculparia.

- Natural porque você me tem em baixo conceito. Pensa que sou como você.

Elena franziu a testa, mas nem pensou em retrucar o que ele disse. Ela estava tomada por curiosidade.

- Você tem uma namorada, uma esposa, alguém?

- Talvez. Isso importa?

- Olhe, já foi ruim o suficiente ter dormido com você sem esse tipo de confusão. Uma terceira pessoa, seria o cúmulo da complicação.

- Isso a incomodaria tanto assim? - Os olhos dele tinham um brilho de curiosidade.

- É claro que sim.

- Então quer me dizer que acredita na santi­dade do casamento e tudo o mais? - Klaus zom­bava dela, Elena percebeu, mas a expressão per­manecia séria. - Posso lhe garantir que escrú­pulos desse tipo serão um empecilho para sua car­reira meteórica.

- Recuso-me a comentar. Pense o que quiser. Não vou perder meu tempo tentando me explicar para você.

- Estou surpreso com seus elevados padrões morais, sobretudo em sua crença na fidelidade, a julgar pelo seu comportamento. Mas para aplacar sua curiosidade, estive comprometido com uma mulher por alguns anos, éramos noivos, sempre lhe fui fiel, mas estamos separados agora.

Elena o observou considerando o que ele dizia. Ele era noivo e estava separado da noiva agora, mas ainda teriam um compromisso? Ela pensou em continuar perguntando, mas não queria demonstrar interesse por ele.

O acompanhante - KLENAOnde histórias criam vida. Descubra agora