O acompanhante - KLENA

Capítulo 20

CAPITULO XX

Elena relaxou por um momento, mas sentiu-se incomodada novamente quando Klaus entrou no quarto, justo quando uma jovem médica começava o exame de ultrassom.

- Estou atrasado, sinto muito. Fui acompanhar Bonnie até a saída depois que ela avisou seus pais. Prometi que a man­terei informada sobre qualquer novidade. – Ele disse para as duas mulheres, e dedicando um sorriso de covinhas para a jovem médica.

A mulher sorriu enrubescendo, permitindo que Klaus per­manecesse ali, enquanto o olhava com evidente adoração. Elena sentiu-se frustrada. Devia ter imaginado que não seria característico dele obedecer. E também era claro que qualquer mulher cederia diante de seu charme. Ele sabia disso, e usava isso a seu favor. Elena ainda considerou fazer um es­cândalo e exigir que o retirassem dali, mas, sabia que seria inútil, ele era o dono daquele lugar. Além disso, na­quele momento, ela só tinha olhos para a tela do mo­nitor. Precisava ver o bebé e se ele estava bem.

- Sente-se aqui, senhor, poderá ver melhor - disse a jovem, prestativa.

Claramente a médica pensava que ela e Klaus estavam relacionados. Elena pensou que aquilo era demais! Klaus não tinha porque estar ali já que considerava que ela era uma leviana e não sabia que o filho era dele. Elena estava a ponto de dizer algo quando a moça a interrompeu:

- Ali está o coração, batendo forte. Bem aqui.

Elena fixou o olhar na tela e se emocionou. Incapaz de dizer alguma coisa, ela permaneceu encarando a tela fascinada com as imagens que apareciam. Ela até se esqueceu de Klaus.

- Tudo bem com meu bebê?

- Tudo ótimo! Deixe-me ver, você deve estar na vigésima semana, agora - observou a médica, alheia à súbita tensão que tomou conta da sala.

- Não, eu... Acho que não - gaguejou Elena, tentando consertar a situação.

Apesar de conhecer a opinião de Klaus, temia que ele fosse astuto o suficiente para chegar à conclusão óbvia, diante daquela informação.

- Não imagina quantas mulheres acabam er­rando a data da concepção, senhora. - Afirmou a enfermeira sorridente - Mas as me­didas do feto dão uma estimativa com pouca chance de erro e pelo tamanho do seu feto, a senhora está na vigésima semana. O bebê foi concebido em maio, eu diria que na primeira semana. Deve nascer entre o final de janeiro e o começo de fevereiro do próximo ano.

Elena sabia quando o bebê fora concebido, dia primeiro de maio, no casamento de Stefan e Caroline. Ela tentou não olhar para Klaus, rezando silenciosamente para que ele não fizesse as contas. "O bebé está vivo, e isso é tudo o que importa", disse a si mesma. Ela evitou olhar para ele.

- Você terá de ficar aqui por uns dias, repousando. Faremos exames constantes, e se os resultados forem sempre positivos, logo a senhora poderá ir para casa.

- Isso é mesmo necessário? - Elena questionou desanimada, queria voltar para a casa dos pais o mais rápido possível, bem longe de Klaus e do hospital.

- Sim, é o protocolo. Mas pode ficar tranquila, garanto que seu filho nascerá perfeito e saudável.

- Eu me certificarei de que ela cuidará muito bem de si e da criança.

Elena olhou para Klaus, assustada com o comentário dele. Ele a olhava com ar acusador.

Por um instante ele temeu o que ele poderia fazer a seguir, mas lembrou-se de que ele não sabia a verdade e ela não se importava. O bebê era seu e somente seu. Iria deixar bem claro que não o queria envolvido em sua gravidez.