Capítulo 37

160 21 39
                                    

CAPÍTULO XXXVII

No quarto ao lado, Rebekah tinha acabado de falar com Marcel e se preparava para dormir, quando seu telefone tocou. Imaginando que era Marcel que esquecera de lhe dizer algo, ela se surpreendeu ao ver que era seu irmão, Niklaus. Suspirando, ela atendeu.

– Irmão!

– Rebekah, como está Elena? – Klaus foi direto ao que queria saber.

– Bem, ela está dormindo agora, eu acredito. E eu estou bem também, a propósito.

– Em casa, no Abattoir?

Rebekah revirou os olhos para o comportamento do irmão. Ela notou que Klaus estava usando um tom de voz contido. Ela só não sabia se ele estava impaciente, ou irritado.

– Sim, no quarto dela.

– Certo. E você também está no Abattoir?

– Sim Nick, mas o que é isso, por que todo esse interrogatório?

– Bem, eu estava certo de que Elena estava tranquila e segura em casa, descansando como os médicos recomendaram. Mas, para minha surpresa irmã, fui informado de que ela tem saído todos os dias, e de que ela não está sozinha.

Rebekah suspirou. Claro que ele sabia das atividades de Elena! Era um milagre que ele não tivesse ligado antes, ela pensou.

– Bem, nós temos saído sim, para comprar coisas para o bebê e para conhecer a cidade, nada demais. – Rebekah não disse nomes, temendo a reação dele ao saber da presença de Kol.

– Elena não pode sair de casa, são ordens médicas.

– Nada aconteceu e ela está bem. Elena não precisa ficar o tempo todo em casa. Ficar trancada faz mal.

– Você não é médica, não sabe o que é melhor para ela. Sugiro que você a mantenha em casa, cumprindo as ordens médicas para a segurança dela e do bebê.

Rebekah bufou.

– E como você acredita que faríamos para montar o enxoval e arrumar o quarto do bebê? Sabe, essas coisas que precisam ser feitas quando se espera pelo nascimento de uma criança? Você deixou Elena sozinha e sem nada pronto. – Rebekah acusou.

– A internet está aí para isso. É o que as pessoas fazem. – Klaus respondeu com indiferença.

– Elena, assim como eu, preferiu sair e comprar as coisas para seu filho. Ela queria sentir, ver, fazer compras. Fomos a algumas lojas e só. Não é como se tivéssemos nos esforçado demais! – Rebekah disse.

Rebekah queria gritar com Klaus, mas precisava se controlar. Como ele era insensível e irritante!

– Não me importo com o que Elena quer. Ela pode comprar o que quiser, desde que ela não saia de casa.

– Não sabia que Elena era uma prisioneira.

– Ela não é, são ordens médicas.

Rebekah sabia que não adiantava discutir.

– Garanto que Elena está bem. Inclusive, iremos a uma consulta na segunda-feira.

– Sim, eu sei da consulta. Ligarei depois para a médica, para saber como foi.

– Por que você não liga para Elena? – Rebekah questionou o irmão, era a coisa mais lógica a fazer.

– Não é necessário. Os médicos podem me informar melhor do estado dela. Agora preciso ir. Faça o que eu digo Rebekah. Fique em casa e garanta que Elena fique também.

– Tudo bem, farei como você quer. – Rebekah concordou, esperando que Klaus não percebesse a mentira em sua voz.

– Ótimo. Eu fui negligente desde que vim para cá porque eu estava certo de que Elena seguiria as recomendações que deixei, assim como Mathilde e você. Não senti necessidade de ser informado sobre as ações dela.

O acompanhante - KLENAOnde histórias criam vida. Descubra agora