Anastásia
Três dias passaram, e eu não sei nem como conseguia andar, me sentia doente, eu ainda não me olhava no espelho. Eu deveria está horrível com o rosto machucado, corpo marcado. Eu chorava em silêncio, por que estava acontecendo isso comigo ? Por que eu ? Primeiro minha mãe me deixa, me rejeita, depois minha mãe Carla se vai me deixando sozinha, encontro Helena, mas ela não suporta me ver, me mudo de cidade e penso que encontrei o amor, o homem perfeito. Quando ele é o próprio demônio, que boba eu por achar que príncipes encantado existem. Você mesma é fruto de algo horrível, de alguém sem coração. Não é a toa que minha própria mãe me culpa por parecer com o monstro que fez mal a ela. Agora a história se repete, eu grávida de um homem doente. Mas não rejeitarei minha filha, tanto eu como a criança não tem culpa dele ser assim. Eu só preciso dar um jeito de sair daqui antes que as coisas piorem, mas eu não posso volta para Portland. Não para minha família se é que tenho. Não! Eu tenho que ir para outro lugar.
Estava preparando algo para comer quando a campainha toca, quem poderia ser, eu não posso atender do jeito que estou e nem teria como, a porta é protegida por uma grade que José fez questão de por, que impossibilita que eu saia, por mais que eu tente. Eu não posso ir, estou presa. Mas se for Kate, ela poderia me ajudar a sair daqui e ir para um lugar longe deles, para José não fazer mal a eles. Mas se José soube que ela me ajudou, Droga. Decido atender, respiro fundo e sigo até a porta. A porta que dar para ser aberta, mas não me permiti fugir. Me assusto ao ver, não apenas Kate, mas Helena . Ela tampa a boca com a mão ao me ver e seus olhos azuis estão cheio de águas. Kate me olha do mesmo jeito, eu me sinto mal diante delas, eu sei o quanto horrorosa eu deva estar.
- Ana? O que.. Meu Deus! - Kate diz horrorizada.
- Vocês precisam ir, ele vai machucar vocês se chegar e as verem aqui. Por favor. Esqueça que me viram.
Peço já chorando. Helena ainda me olha em choque, ela olha para minha barriga e sua mão vem até a frente da tela que impede de acariciar minha barriga.
- Você está louca, não vamos deixar você para morrer na mão de um doente.
Vejo elliot descer do carro com algo na mão, ele caminha até a casa, se José chegar, será nosso fim.
- Ana ?
Ouço Helena dizer e pela primeira vez ela me chama de Ana, e não Anastásia. E ela diz com carinho. Ela me olha com com paixão, nas vejo a dor nos seus olhos e arrependimento.
Vejo Kate a puxa para que elliot possa de alguma forma quebra a tranca. Ele consegue e abre a porta. Kate corre até mim e me abraça, mas eu solto um gemido de dor. Ela me solta e acaricia minha bochecha. Ela me solta e me surpreendo quando Helena se aproxima e acaricia meus cabelos, enquanto de um jeito todo delicado ela me abraça. E eu desabo a chorar, por tanto que esperei por isso dela, eu tinha de Carla, e amava o colo dela, mas durante anos depois que descobri sobre Helena, eu sonhei em poder ter o amor, o carinho dela e agora ela está me dando isso, talvez seja pelo meu estado. Ou simplesmente .. eu não sei.
- Eu jamais vou deixar você novamente. Eu morro, mas você jamais sairá de perto de mim, jamais!
....
Estava no hospital, Kate e Helena exigiram que eu viesse para o hospital. Pelo bem da bebê, eles examinaram a gente e tudo estava bem, alguns hematomas apenas, apesar da tortura de José, eu estava bem. A neném estava bem, eu não queria ficar ali, eu precisava ir para a casa da minha mãe, já não estava mais sendo alugada, e eu me esconderia lá, por sorte, jamais falei desse lugar para José.
Mas estava numa discussão, o médico já tinha me liberado e Kate disse que eu iria com ela para casa de Helena, mas eu disse que não.- Você não vai se esconder de nos novamente Ana. Então caramba, para! deixa a gente cuidar de você, da bebê. Para de nos afastar droga!
- Claro que não vou me esconder de vocês Kate, mas sim de José. Eu agradeço por tudo que fizeram por mim, eu ficarei por pouco tempo na casa da minha mãe e depois partirei não sei para onde ainda. Mas eu preciso fugir para bem longe de José. Ele é perigoso e ameaçou, a mim, a essa criança e a todos da família. Eu não posso pensar em ter algum de vocês mal. Por minha causa. Consegue Ver isso....
Mostro as marcas roxas no meu corpo e meu rosto machucado.
- sim, impossível não ver a corvadia que ele cometeu.
- Pois bem, ele me culpou pela criança ter síndrome de down, como se isso fosse algo terrível. Ele viu Christian também, ele confiscou meu celular e vasculho tudo. As mensagens nossa, assim como mandou para você se passando por mim. Isso tudo em mim, são marcas de punição por achar que amo Christian, por não gerar um filho normal segundo ele, por manter contato com vocês, ele me ameaçou Kate, mataria eu e vocês, caso fizessem o que vocês fizeram. Então droga, não me faça ficar, entre eu e vocês, que seja eu .... - Começo a me desesperar e a chorar. Kate me abraça.
- Ele não fará mal a ninguém, ele será preso. É entenda que se ele fizer algo a você, afetará a criança também. Então deixa a gente cuidar de vocês, por favor Ana.
- Ele vira atrás de mim, e ele vai me matar, eu preciso ir embora para longe. Eu preciso ir Kate..
- Você não vai a lugar algum. Eu disse que não abrirei mal de você dessa vez.
Vejo Helena parada na porta. Me afasto de Kate e limpo minhas lágrimas.
- Isso não é hora de você bancar a mãe preocupada.
- Eu sei, mas nunca é tarde. Então eu digo, você não sairá dessa cidade.
Seu rosto está sério. Quero dizer tantas coisas a ela, mas no momento. Eu não sei o que pensar.
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Hope
FanfictionAnastasia morava com a mãe e nunca conheceu o pai, mas a mãe lhe dava todo amor, e isso para Ana bastava, mas ela perde a mãe, de uma forma inesperada, também descobre um grande segredo. Que Carla não era sua mãe biologica, mas sim a amiga, Helena...