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Helena

O médico examinou Ana e disse que ela estava bem, apenas uma costela trincada mas que não é alto tão sério, já a criança estava bem também e eu só pude respirar fundo e agradecer. Foi um susto para mim quando vi Ana daquela forma, voltei a anos atrás e me senti uma estúpida. Se eu tivesse cuidado da minha filha, eu a teria criado, alertado para não dar boba para esses tipos de homem, ela saberia identificar esses tipos, mas não,eu fui fraca, joguei como sempre a bomba para Carla, minha querida amiga, sei que ela fez de tudo para Ana, a criou bem, teve a conversa que toda mãe deveria ter com as filhas, sobre sexualidade, sobre os garotos. Mas desde que coloquei os olhos em Ana com apenas dezessete anos, eu pude ver que a minha garota era igual a mim, eu só não sabia que a história se repetiria, tanto que eu afastei ela dessa vida.

Choro no corredor antes de entrar no quarto dela e ouvir algo que faz meu coração palpitar. Ela e Kate estão conversando e não é uma conversa boa.

- Ele vira atrás de mim, e ele vai me matar, eu preciso ir embora para longe. Eu preciso ir kate .-Diz Ana .

- Você não vai a lugar algum. Eu disse que não abrirei mal de você dessa vez.

Abro mais a porta nesse momento e fico parada olhando para ela séria. Fiquei muito tempo na minha bolha de sentimentos ruins aonde jamais deixei Ana entrar, mas chegou um momento que fui cobrada demais para ter minha família por completo, para ter Ana e por ela, por nós, eu me tratei e passei ver Ana com outros olhos, olhos que eu deveria tê-la visto quando era um bebê, o meu bebê. Me tratei com elliot e agora estou aqui disposta a recuperar todo o tempo perdido com a minha filha e agora a neta que terei.

- Isso não é hora de você bancar a mãe preocupada.

Ela solta chateada, e sinto uma dor no peito, eu mereci. Relevo.

- Eu sei, mas nunca é tarde. Então eu digo, você não sairá dessa cidade.

Digo séria. Ela esta irritada, mas se cala e olha para kate e depois para a janela. Sei que ela quer dizer tantas coisas a mim, teremos esse momento.

O médico dar a alta de Ana, e nos explica que temos que ir a delegacia para dar queixa e conseguir uma medida protetiva para manter José longe de Ana. Eu farei isso, jamais deixarei ela desprotegida. O médico explica que vai entrar em licença médica e passará o caso de Ana para outra médico e quanto a gravidez, ele a encaminhará para outra médica. Ana a todo tempo apenas assente, mas permanece calada.

....

Estávamos entrando em casa, Kate ajudava a irmã, e eu segui na frente mas sempre com os olhos nas duas. Logo avisto Aurora correndo até nos, ela se joga nos meus braços.

- Mamãe, eu acordei e você não estava, nem Kate. Aonde foram ?

- Fui buscar alguém especial para nós.

Digo e Aurora parece notar Kate e Ana. Ela desce do meu colo e segue até as duas.

-Ana!! você voltou ! Você voltou ! - ela abraça Ana que sorri mais faz careta de dor.

- Amor, não aperte Ana, você está a machucando.

Aurora a solta e Ana respira fundo e olha para Aurora que faz uma careta.

-Você está doente ? Tem vários dodói em você.

-Estou querida, mas logo sara.

Ela sorri para Ana e a mesma a beija , Aurora tenta conversar mais, mas eu resolvo distrair ela, Ana precisa de um banho e descansar. Kate sobe com ela para o mesmo quarto de antes que ela ficou.
Aurora volta a ver seu desenho,eu vou até o escritório e ao fechar a porta, eu desabo no choro, acho que nunca me segurei tanto para não gritar de raiva, de dor, de culpa. De ódio desse monstro que ousou tocar na minha filha. Eu moverei o céus, a terra ,até o inferno para encontrar esse homem e arruinar a vida dele. Posso ser boa, a pessoa mais recatada que você pode ver, mas quando mexem comigo ou com uns do meus. Aaah, eles não sabem com quem mexeram e com sou capaz, Bob até hoje está na cadeia apodrecendo por tudo que fez comigo, e se depender de mim jamais sairá de lá. Eu só não o matei quando tive chance, por que eu seria incapaz, eu não sei. Eu não queria me manchar com aquilo. A porta foi aberta no momento em que estava sentada enquanto o choro parava. Mas voltou, quando olhei para Roger e ele veio até a mim... me joguei nos seus braços.

- Como ela está? Como você está meu amor? Sei o quanto é difícil para você, mas tenha calma. Respire...

- Ela... Eu a encontrei tão mal Roger, ela estava presa como uma prisioneira, estava toda machucada. Ela esta grávida. Ele a maltratou ainda sim. Eu odeio esses monstros que fazem essas crueldade. Me ajude a proteger ela, eu não posso falhar com ela dessa vez , nem com ela e nem com a minha neta. Me ajude.

Peço num desespero, Roger segurou meu rosto para que eu olhasse para ele.

- Farei de tudo para cuidar dela, assim como fiz com você. Protegeremos Ana e a bebê. Agora acalme-se, precisamos estar calmos para agir, você precisa ser forte para Ana. Por vocês.

Assenti e ele beijou meu rosto e ficamos um bom tempo sentados no escritório, eu precisava me acalma, eu teria que ter uma conversa seria com Anastásia.

Hope Onde histórias criam vida. Descubra agora