Capítulo 26

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{S/n}

- Kanada Taichi em Morioka, em Junho- Observava a janela do carro enquanto a mulher falava- Shimada Osamu em Yokohama, em agosto- Meu celular começou a vibrar, olhei para a tela notando que um número desconhecido me ligava, ignorei voltando a olhar a janela- Yamato Hiroshi em Nagoya, em setembro, os três morreram em condições similares.

- Como? - Perguntei suspirando enquanto me sentia apertada pelo Itadori que sentava do meu lado.

- Morreram perfurados por um espirito amaldiçoado na entrada de seus apartamentos, semanas antes de morrerem, todos reclamaram da mesma coisa para administração das propriedades- Olhei para a mulher pelo canto do olho.

- Qual foi a reclamação? - Perguntei me ajeitando no banco enquanto olhava para a folha que Itadori segurava.

- Alegaram que suas portas automáticas ficaram totalmente abertas- Ergui uma sobrancelha achando isso um pouco esquisito- Nenhum outro morador percebeu.

- Mas nenhuma outra data ou local bate- Nobara se vira para encarar o Megumi- Será que o mesmo espirito amaldiçoado matou todos?

- Talvez- Disse encostando minhas costas no banco.

- Será que as portas foram coisas dos espíritos? - Itadori pergunta olhando para a mulher- Eles são pegos por sensores ou coisa assim?

- Ao que parece, o espirito enlouqueceu os operadores das portas, não os sensores- Olhei para a mulher que dirigia atenta na rua- Então, só pelos resquícios não dá para saber.

- Talvez tenha uma conexão entres as vítimas- Falei em um suspiro notando que meu celular voltou a vibrar, olhei para a tela onde o mesmo número de antes aparecia, desliguei voltando a olhar para ela.

- Descobrimos que os três frequentavam a mesma escola secundaria por dois anos- Ela diz.

- Quer dizer que os três receberam a mesma maldição e ela se ativou depois que passou um tempo? - Nobara pergunta colocando a mão no queixo.

- É bem provável- Olhei para os olhos dela que olhavam pelo retrovisor- Então, estamos indo para essa escola agora para interrogar alguém que as vítimas conheciam, e quero que vocês vejam o que podem encontrar como feiticeiros.

Suspirei olhando para o retrovisor, a mulher arruma o retrovisor e pude notar o olhar intenso do Megumi, sorri virando meu rosto para sua direção, deitei minha cabeça no banco encarando seus olhos, minha dor de cabeça voltou mas não demostrei, não quero que o Megumi note nada de estranho senão é capaz de me mandar para a escola de volta.

Olhei para a janela observando os carros que passavam, não demorou muito para chegarmos numa rua onde acontecia um funeral, abri a porta do carro observando as pessoas entrarem na casa.

- Aqui é a casa do tal conhecido? - Nobara pergunta seria.

- Sim, é....- Olhei para os lados analisando as casas.

- Algo me diz que ele morreu- Disse entrando no carro novamente, eles me seguem entrando no carro.

Esperamos a mulher conseguir algumas informações, não demorou muito e ela já estava de volta com as informações necessárias, ela entra no carro e volta a dirigir pensativa.

- Ele morreu do mesmo jeito que os outros três- suspirei esperando ela continuar- Ele morava com a família, então não tinha porta de trava automática, mas foi morto na frente da entrada, certa vez depois de voltar sozinho para casa, ele disse que a porta não abria mesmo estando destrancada.

- Isso é estranho- Disse pegando meu celular olhando a hora- Conversou com algum familiar?

- Nossa S/n, você ta parecendo uma detetive- Itadori diz me olhando, sorri guardando o celular.

- Disseram que não sabiam da relação dele com os três- A mulher diz parando o carro na frente de uma escola, abri a porta saindo do carro esperando Itadori passar para fecha-la.

- Lá se vai nossa única pista! - Nobara diz colocando os braços atrás da cabeça enquanto caminha na direção da entrada.

- Não esquenta! - Itadori diz saindo do carro animado enquanto tenta acompanhar Nobara- Deve te algo aqui na escola!

- Eu espero que sim - A mulher diz parecendo cansada, olhei para os lados observando o local- Eu marquei uma conversa com o professor, conto com vocês.

- Há- Olhei para Nobara que começa a se distanciar indo na direção de dois rapazes fumando- Ta na cara que eles são delinquentes, vamos dar uma surra neles?

- Como? - Um dos rapazes dá um passo para frente, sorri me aproximando da Nobara enquanto os olhava, eles ficaram u pouco assustados e se endireitaram- Meus cumprimentos!

- Vejo que vocês compreendem- Nobara diz sorrindo, olhei para Megumi que olhava para os lados desinteressado.

- Podemos esconder a aura mas ela sempre transborda- Itadori diz.

- Que...- Falei sem entender o que aconteceu.

- Não vejo você desde a formatura, Fushiguro-san- Olhei para os rapazes levantando uma sobrancelha.

- Eu... fiz o Ginásio... aqui- Olhei para Megumi que virava o olhar para o lado.

- Eu to doida para ouvir essa- Disse pensando nele como um delinquente, ou sera que era respeitado por meter mais medo.

- Os idiotas ai!- Nobara fala irritada- O que esse cara fez para vocês?!

- Nós... todos os delinquentes, membros de gangue e tal das redondezas foram espancados pelo Fushiguro-sam- Olhei para Megumi arregalando os olhos, me verei para os rapazes sorrindo.

- Se vocês soubessem que ele é um fofo e gem- Minha boca foi tampada pelo Megumi antes que eu terminasse.

- Espanquei- Ele diz perto do meu ouvido me fazendo arrepiar.

- Ei! Quem são vocês? - Virei meu rosto na direção da voz enquanto colocava uma mão no pulso do Megumi e lambia sua palma, ele se arrepiou tirando a mão da minha boca ficando vermelho- Alunos de outra escola não podem entrar!

- Quem é você?!- Nobara pergunta irritada como sempre.

- É um funcionário- Itadori diz e eu sorri colocando a mão na boca para evitar de rir.

- Nós temos permissão- O funcionário olha para a mulher ajeitando os óculos.

- São vocês? - Ele sorriu olhando para nós- Como são jovens, vocês precisam usar crachás.

- Desculpe- A mulher diz antes do Funcionario olhar para Megumi.

- Fushiguro? - Meu celular toca novamente, olhei para o pessoal suspirando.

- Pessoal, me dão um minuto- Disse me afastando enquanto atendia a ligação.

- Não demora- Nobara diz sorrindo.

- Alo? - Disse colocando o celular perto da minha orelha, ficou por segundos em silencio, suspirei sabendo que isso é trote ou algo do tipo- Olha aqui criança ou adolescente que não tem nada da vida para fazer, vai a mer-

- Não fale assim- A voz estranhamente familiar diz finalmente, aquela voz era muito familiar, mas não me lembro de quem era.

- Quem está falando? - Perguntei sem paciência enquanto me virava para olhar o pessoal que conversava.

- Não se lembra de mim ou está fingindo? - A voz familiar parecia rir no final- Selene, vou ficar decepcionado senão voltar mais.

- Desculpe, mas acho que você ligou para a pessoa errada- Disse afastando o celular e o desligando.

Respirei fundo, meu corpo estava tremendo e meus pulmões sem ar, minha dor de cabeça estava pior que antes, olhei para o lado observando Megumi me encarar, ele parecia preocupado e andou na minha direção, recuperei o folego ando para perto deles fingindo estar tudo bem.

Maldição de sangue Part 1(jujutsu kaisen)Onde histórias criam vida. Descubra agora