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O céu esta em um misto de cores, o sol abandona seu posto e ao se deitar faz com que os reflexos azuis do anoitecer se tornem levemente roxos e desenha o horizonte. Apesar de não ter mais o sol para esquentar, ainda assim sinto-me inteiramente aquecida. 

Seu sorriso causa me um equilíbrio mental e um calor sem explicação, é como olhar para aquele céu desenhado pelos raios de sol, não da pra dizer qual cor estamos vendo, ou qual cor gostamos mais. Somos sucumbidos pela paz interior que a imagem nos traz, o que nos impossibilita de fazer qualquer escolha.

E nesse momento eu percebo, não preciso fazer escolha alguma, eu só preciso estar ali e deixar que esse sentimento me leve e me faça bem. Até quando for possível, ou até o azul começar a esfriar e deixar que o tom negro tome conta de todo aquele céu. Minha maior preocupação nesse momento é...

Seria eu capaz de viver somente com esse céu escuro e frio sendo rondada apenas pela luz da lua?

Ou esse sorriso será capaz de aquecer-me até mesmo quando chegar as noites mais negras e frias?

***

Depois de muito refletir sobre ele, percebo que minha amiga que esta dirigindo acaba me deixando em paz com meu subconsciente a milhão. E quando noto o silencio dela, ela faz questão de finda-lo.

Parece que lê os meus pensamentos.

— Vai me contar o que conversaram ou vou precisar tagarelar até você se abrir? — Blair se refere aos 2 minutos em que ficamos sozinhos dentro da cafeteria.

— Te contando ou não, sua matraca continua a mesma... — Revido com um tom brincalhão.

— Deixa de ser má! Eu sei que ele falou algo que te deixou parecendo um camarão de tão vermelha! —  Ela se anima ao lembrar da minha feição envergonhada ao entrar no veiculo. 

— Não foi nada de mais, ele só me convidou para um jantar na quinta a noite. — Falo um pouco baixo, para que eu não pareça uma desesperada.

— Ele SÓ te convidou pra um encontro romântico a luz de velas! E você ainda diz que não é nada de mais? Você é maluca. — Responde como se fosse uma ofensa.

— Não exagera ta, somos só amigos... — Tento amenizar seu entusiasmo sobre nosso "jantar". 

— Será que ele vai dedar você embaixo da mesa no restaurante também? — Me provoca com mais uma de suas piadinhas sexuais.

— Não sei, você contou seu truque sujo pra ele? — Retruco novamente com a historia dela com seu ficante.

Sempre jogaria esse acontecido na cara dela, acredito que ela se arrependa bastante.

Ou não, é uma tremenda safada!

— Na verdade ainda não, mas como você gosta de coisas em publico, talvez deva ir sem calcinha, pra facilitar...

— Você ta doida? Ate parece que eu iria fazer algo do tipo! — Quase grito em resposta.

— E me diz, como ele saberia que você esta sem calcinha? Pretende mostra-lo? — Me olha com cara de espertinha, levantando as sobrancelhas.

Sinto minhas mãos suarem, a filha da puta tem resposta pra tudo!

— O-olha, vamos mudar de assunto ok? — Fico nervosa em pensar nisso tudo.

— Ok, mas já sabe com que roupa você vai? — Olha de relance pra mim, virando mais uma esquina quase chegando em minha casa.

Apenas olho de volta e não a respondo, acabo me lembrando de que fui convidada pra um casamento. E para ser madrinha, preciso falar com Mathew sobre isso. 

Playing Whit Fire | Kim Namjoon 🔥 +18Onde histórias criam vida. Descubra agora