Capítulo 4

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   — Eu não entendo Hermione, parece que o Snape me odeia ainda mais do que antes da guerra — Exclamo indignado.

   — Não acho que seja isso Harry, ele está melhor. Está sendo decente e não é mais tão injusto com as outras casas — Diz andando entre as fileiras de livros da biblioteca. — Agora que sabemos um pouco de como era a convivência dele com o seu pai é mais fácil de entende-lo.

   — É, mas eu não sou o meu pai e ele não é nem um pouco justo comigo — Reclamo andando atrás dela.

   — Harry, eu sei, tudo bem? Só é difícil para ele se acostumar.

   — Difícil? Já se passaram oito anos e ele só piora, não é costume é vontade. Ele não quer enxergar a verdade — Digo e paro de andar assim que ela também para e se vira para mim. — Eu só queria ter um pouco de paz.

Hermione não diz nada, apenas me abraça bem apertado. Alguns segundos se passam e sinto outros braços nos rodeando e a cabeleira ruiva do Ron passando pelos nossos rostos.

   — Ron você está nos sufocando — Hermione murmura espremida. — Não era um alerta.

   — Não? — Pergunta confuso. Então começamos a rir e nos apertamos mais. — Ah foi mal, pensei que era.

   — Tudo bem Ron — Digo quando o abraço é desfeito e o olho sorrindo. — Você é um ótimo amigo.

Criamos o alerta quando estávamos procurando as Horcrux e o Ron tinha ido embora com raiva. Ele é quando algum de nós não está bem e nos juntamos em um abraço mostrando que independente do que for temos um ao outro. Um alerta é sinal de fragilidade e que precisa de cuidados urgentes. É controverso que quem mais precisa dos alertas sou eu, o grande salvador do mundo Bruxo, mas não importa os meus amigos estão aqui por mim, mesmo que não seja um alerta de verdade.

   — Então o que era? — Ron pergunta curioso.

   — O Harry está chateado por causa do comportamento do professor Snape — Hermione diz e sorrir quando fecho a cara.

   — Não é chateado! É indignado! — Volto a reclamar. — Aquela detenção foi horrível, nem mesmo um descanso eu tive e fiquei por horas em pé segurando pessos. Não podia nem mesmo levitar os caldeirões para não pesar tanto e ser apenas a limpeza cansativa?

   — Você está certo cara. Aí! — Grita surpreso e olha para Hermione que lhe bateu no braço. — Hermione ele realmente é injusto com o Harry.

   — Silêncio! — A bibliotecária faz um som alto chamando a nossa atenção e nos olha com um ódio mortal.

   — Fale baixo Ron! Sim ele é injusto, mas o Harry também fica o provocando.

   — Está defendendo o seboso? — Ron está indignado.

   — Ron não, prometemos não o chamar assim, esqueceu? — Hermione avisa e então pega um livro da estante e se senta na mesa ao lado. Também me sento e começo a fazer os trabalhos sem falar mais nada, apenas tirando algumas dúvidas com Hermione que surgem sobre os assuntos. Ron também faz o seu, mas fazendo bem mais perguntas que eu e as vezes anotando a resposta da Hermione sem que ela veja.

Já cansado de estudar e com dois trabalhos completos vou pegar um lanche na cozinha, Ron queria vir comigo, mas ele só tinha terminado um dos seus trabalhos então Hermione não deixou. Na curva de alguns corredores encontro Susana sentada sozinha em um banco.

   — Oi Harry — Diz animada quando me vê se aproximando.

   — Oi Susana, o que faz aqui sozinha? — Pergunto me sentando ao seu lado.

Susana Snape (Snarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora