Susana Snape (Snarry)

Capítulo 7

Acordo no dia seguinte cansado, sinto meus olhos inchados pelas lágrimas que derramei por toda a madrugada até dormir e a minha cabeça latejando de dor. O choque de realidade que tive poderia ser comparado a um choque de verdade. Me senti como se um raio caísse sobre a minha cabeça rachando o meu crânio e me destroçando inteiro de dentro para fora.

Suspiro derrotado e então olho as horas antes de me levantar. 06:23. Ainda é cedo. Isso é ótimo, me dá tempo de fazer o que estava planejando durante o meu lamento da madrugada. Vou para o banheiro e faço toda a minha higiene saindo do mesmo me sentindo renovado e limpo. Visto as minhas vestes comuns que uso para dar aula e pego uma nova capa que ainda não tinha usado já que a outra está com o Potter e pego um pedaço de pergaminho junto com pena e tinteiro indo me sentar na minha mesa de trabalho que fica na sala. Demora um pouco, mas logo as palavras começam a fluir e escrevo a carta, certamente a mais difícil que já fiz, mas ainda sim sincera.

Espero que nenhum dos seus amiguinhos inventem de mexer nas suas coisas e vejam a carta antes dele, não há nada revelador, mas não quero que ninguém veja uma correspondência pessoal minha com o Potter.

Depois de finalizar a carta e colocá-la dentro de um envelope guardo-a em minhas vestes então saio dos meus aposentos com um saco de moedas em direção a Hogsmead. A farda do Potter ficou toda estragada pelo vidro e manchada de sangue. A mancha até da para tirar, mas os rasgos iriam ficar horríveis apenas com um reparo então vou lhe comprar uma nova. Nada mais justo já que tudo só aconteceu por minha culpa, eu não devia ter o provocado, ter feito piadas com a sua criação e zombando dos seus pais então o mínimo que posso fazer é repor a roupa que estraguei e as minhas sinceras desculpas que estão escritas na carta. Só espero que ele me perdoe depois de tudo... É até pedir de mais, mas me arrependo das minhas atitudes.

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Pov: Harry Potter

Abrir os olhos nesse momento é a coisa mais dolorosa que fiz esse ano. Na hora da raiva não senti nada, mas agora sinto a dor de cada corte. Meu rosto arde pelas feridas que tem no mesmo e não consigo nem mesmo me sentar, não consigo me mexer para falar a verdade. Tento chamar Madame Pomfrey, mas a minha garganta arde e está seca de sede, então fico olhando para o teto e esperando ela vir me ver já que não consigo chama-la.

Me sinto envergonhado pelo surto que tive na frente do professor Snape. Ele me disse tantas coisas e eu não soube controlar as emoções, sei que não é minha culpa, mas destruí a sua sala e provavelmente ele não possa dar aulas pela manhã por está fazendo reforma. Não quero nem mesmo pensar em quando tiver aula com ele.

Mas algo me surpreendeu apesar de tudo. Ele realmente é um homem preocupado como Susana insiste em dizer.

Ele cuidou das minhas feridas. Cuidou de mim.

Logo Severus Snape, o professor que fez da minha vida um inferno e que me perseguiu por anos.

É estranho lembrar a sensação de ver preocupação nos seus olhos, nunca vi ele expressar algo parecido. Por que ele me ajudou? É por ser filho da mulher que ele amou? Ele prometeu para a minha mãe que iria me proteger, mas achei que essa promessa só era até a morte de Voldemort.

Deixo isso de lado ao ouvir passos se aproximando.

   — Harry você acordou! — Hermione fala e me olha de cima, os seus cabelos ao redor do rosto que está baixo para me olhar na maca.

   — Sério Hermione?! — Ron grita da porta e então ouço os passos dele correndo para perto. Sinto vontade de sorrir, mas não consigo.

   — Sim, Ron! Ele acordou! — Diz animada. — Como está Harry? Ah sim, você não pode falar, eu tinha esquecido — Arregalo os olhos assustado com as suas palavras, por que não posso falar? Estou mudo?! Hermione e Ron começam a rir da minha reação e então ela me explica. — Calma Harry, está tudo bem, só que você não podia se mexer, pois podia abrir as feridas e soltar alguns pontos, então Madame Pomfrey lhe petrificou para se curar mais rápido. Eu vou chama-la para dizer que acordou.