Susana Snape (Snarry)

Capítulo 29

Pov: Severus Snape

Aguardo Susana terminar de se arrumar sentado na sala e fico ouvindo seus passos para lá e para cá dentro do seu quarto, já deve ter umas duas horas que ela começou a a se arrumar e nada. Que demora, para que se arrumar tanto, ela quer impressionar alguém?

Suspiro irritado e ignoro os pensamentos enquanto confiro se os presentes ainda estão todos encolhidos no meu bolso. Seria muito cara de pau chegar na festa dos outros sem levar nem mesmo um presente.

"Susana."

Mando o chamado escrito para o seu quarto.

   — Oi pai — Grita de volta.

"Vou mandar uma carta avisando que não podemos ir."

   — Por que?! — Pergunta desanimada saindo rápido do quarto.

"Porque você não termina nunca, parece até que não quer mais ir, vamos chegar no fim da festa."

   — Ah pai, deixa de coisa, ainda não está na hora e eu quero ficar bonita.

"Você já é bonita."

   — Eu sei, mas é Natal e também vou conhecer pessoas novas, não posso ir de todo jeito — Diz voltando para o quarto. — Prometo que já estou terminando, só estou arrumando o cabelo.

Reviro os olhos e cruzo as pernas esperando.

Vai ser estranho estar em uma festa e não poder falar.

Eles certamente vão querer saber o por que e ainda estou pensando no que dizer. A verdade não é uma boa opção. Nao preciso dizer nada realmente, se não quiser é só dizer que não interessa, mas Susana pode ficar chateada por eu não tentar ao menos ser amigável. Que droga de promessa que eu fiz.
Acho que vou ter que falar a verdade, mas não toda, só que ainda é por causa da mordida de Nagini.

   — Estou pronta, vamos — Susana diz saindo do quarto e fecha a porta se aproximando. — Como estou?

"Está linda querida, passou maquiagem?"

   — Sim! Ficou estranha? — Pergunta insegura.

"Não, ficou fofa assim como você. Está maravilhosa"

Elogio com sinceridade e ela sorri feliz. Me levanto e então saímos juntos dos meus aposentos. Já avisei a Minerva que ia sair então nem me preocupo em passar na sua sala, vou logo para fora do Castelo e em direção aos portões de entrada para poder aparatar. Pelo flú é muito desconcertante, de repente estaríamos entre eles na sala, é melhor chegar pela porta.

   — Pai — Chama e quando a olho ela me abraça de lado e encosta a cabeça no meu braço. — Obrigada por aceitar o convite, eu queria mesmo ir.

"Tudo pela sua felicidade."

   — O senhor tem que se divertir também — Reviro os olhos e ela rir. — Estou falando sério, a sua felicidade também é importante.

"Fico feliz em não ter que socializar muito com eles."

   — Esta bem, como quiser — Diz enquanto passamos pelos portões da frente.

Seguro a sua mão com um pouco de força para que ela não solte enquanto aparatamos e tudo fica um borrão ao nosso redor seguido do familiar puxão e logo estamos em outro jardim, mas agora com uma casa alta toda torta a nossa frente.

   — Uau — Diz maravilhada olhando para a casa. — Como ela fica assim sem cair? Parece um brinquedo!

"Me pergunto a mesma coisa a anos. Deve ter algum feitiço."