Quase sem querer...

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A mansão do casal Sariette tinha mais de sete quartos. Sendo dois embaixo e cinco na parte de cima.  

Acho que irei me mudar para o quarto de hóspedes que fica aqui embaixo. - falou Sarah antes de morder um pedaço de pizza.

- Faz o certo, você não pode ficar subindo e descendo escadas, meu bem! - completou Carolina.  

Laurinha estava com os bracinhos esticados querendo pegar a pizza, a pequena estava no colo de Juliette.  A morena fez uma menção que ia dar um pouquinho de pizza para filha, mas Carolina repreendeu-a: 

- Juliette, não!! - indagou a baiana. - Ela é muito novinha, além de fazer mal. - frisou.

Sarah foi até o banheiro.

- Os enjoos ainda não cessaram? - perguntou Carolina e Juliette fez um sinal com a cabeça.

A campainha tocou. 

- Vocês estão esperado alguém? - perguntou Dona Abadia.

Carolina e Juliette se entreolharam.

Abadia abriu a porta, dando de cara com um entregador de flores, o mesmo carregava uma pequena caixa embaixo do braço. A senhora deu uma gorjeta para o rapaz que saiu feliz da vida. 

Caroline se ajeitou no sofá. 

- Filha é pra você!! - disse a mais velha, entregando-me o buquê e a pequena caixinha. 

Juliette estava mais curiosa do que a loira, Caroline leu o bilhete que havia junto com as flores e depois abriu a pequena caixa. 

A paraibana ergueu uma sobrancelha e olhou-a fixadamente.

- Tem o remetente?! - perguntou a morena.

- Sim, é um tal de Thierry Leroy. - falou erguendo uma sobrancelha tentando lembrar de onde o conhecia.

Os olhos de Juliette marejaram ao lembrar do que a loira havia lhe contando há alguns dias atrás. Carolina ao perceber, abraçou-a de lado. 

- Tô aqui, relaxa tá? - disse a baiana. 

- Não será ele, o progenitor dessa criança que você carrega em seu ventre?! - a voz da morena saiu embargada. 

🌵 Pov - Juliette 🌵 

 

Eu saí da sala pois não estava aguentando olhar para cara da minha namorada. Eu sei que ela não tem culpa de nada coisa e tals, mas só de pensar que ele pode reivindicar a guarda do nosso bebê, me dói na alma. 

- Ju, abre a porta meu amor!! - pediu a loira. 

Enxuguei as minhas lágrimas  e abri a porta. 

- Você estava chorando, amor? - ela me abraçou.

- Pq você subiu? Sabe que não pode... - ela me interrompeu, beijando-me. 

- Não precisa ter medo, eu sou completamente apaixonada por você, Ju!! Você é minha vida, meu amor!! Ele pode até tentar tirar o nosso bebê, mas eu não vou deixar, ele que lute!! - selei os meus lábios nos dela.

Sarah caminhou até a cama e se sentou lá. Deslizou a mão até a barriga, fazendo um carinho. 

- O bebe está mexendo muito amor - disse a loira.

Juliette fez carinho na barriga da namorada. 

- Relaxa, respira devagar! - pediu a morena. 

Sarah fez o que a namorada pediu, Juliette ajeitou-a na cama. 

- Quer q eu te faça uma massagem amor? - sugeriu.

Caroline colocou uma das almofadas sobre as costas. 

- Tá melhor? - perguntou a morena.

Caroline choramingou antes de falar. 

- Tô enorme!! - resmungou cruzando os braços. - As minhas coxas estão enormes, a minha bunda nem se fala.  Eu nem estou conseguindo me abaixar. - frisou.

Juliette sentou ao lado da namorada e olhou para Laurinha que dormia na cama do casal.

- Eu fiquei da mesma forma, fiquei o dobro do seu corpo e nem por isso fiquei triste, isso é uma etapa da vida que a maioria das mulheres terão que passar, aqueles que optarem ser mãe. Olha que coisa mais linda eu fiz!! - disse a morena se referindo a filha.

- Eu dei uma ajudinha, né?! - murmurou a loira com o olhar cabisbaixo.

- Sim amorzinho, você foi crucial!! - completou a morena, dando um xêro no cangote da mais alta.  

Sarah deitou próxima a Laurinha e começou-lhe um carinho nas mãozinhas da pequena, a mesma segurou um dos dedos da mãe. 

- Me perdoa, por não estar presente quando você deu a sua primeira mexida na barriga da mamãe, perdão por não estar presente quando você nasceu, mas eu nem sabia da sua existência. Eu prometo que irei recompensar todo o tempo perdido, minha doce menininha. - ela deu um beijinho na testa da pequena. 

- Amor, na testa não!! Ela vai ficar cheia de pintinhas no rosto! - resmungou a morena.

- Isso é mito amor!! - sussurou a loira. 

Juliette se deitou ao lado da filha, a pequena ficou no meio entre as duas mães.

A barriga da loira estava cada vez maior, mas não tanto quanto o amor que crescia em seu peito. Todas aquelas expectativas gostosas que crescia em seu ser. O bebê nem tinha nome, muito menos sabia o sexo, se eram um ou dois, mas já era tanto amado por elas. 

Sarah entrelaçou os seus dedos nós dedos da namorada, e assim elas adormeceram junto com Laurinha que já estava dormindo. 

Enquanto elas dormia tranquilamente depois de uma tempestade de sentimentos. Thierry Leroy conversava com os seus pais sobre Sarah Caroline, o rapaz havia encontrado um outdoor  com uma fota da loira e ele a reconheceu na hora. Mas no outdoor retratava sobre a sua gravidez e vivências com aquela nova experiência de gerar um filho em seu ventre. Ele sorriu ao lembrar da noite que tiveram e tudo levava a crer que aquela criança que ela carregava era filho dele. 

Os pais de Thierry tbm estavam em L.A! Eles queriam um herdeiro para cuidar de toda herança da família quando for maior de idade.

Leroy só queria dedicar-se a farra e nada mais.

(...)

Eu não gosto do Thierry Leroy...🤔
 

Memória do Prazer - Sariette ( Adaptado) ❣Onde histórias criam vida. Descubra agora