Cactos x Agrotóxicos

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_. Ah! Sarah! - resmungou Juliette. 

Caroline escolheu um vestidinho soltinho e uma sandália baixa. Ela fez uma maquiagem leve para o jantar de hoje. 

_. Para com esse ciúmes besta, Juliette! - repreendeu a esposa. 

Ju riu de nervoso. 

_. Ciúmes? Querida ele me odeia e eu compartilho do mesmo sentimento para com ele. - retrucou. - Sério que ele vai trazer aquele idota do Caio? - se virou para encarar a esposa. 

Sarah deu os ombros. 

_. Sim! Eles estão noivos, esqueceu? - a respondeu. Laurinha já estava dormindo, a pequena havia aproveitado ao máximo o passeio. 

_. Nunca esqueci do que eles fizeram comigo no passado! - frisou, saindo do quarto.

Sarah respirou fundo e desceu para a sala. 

Faltava trinta minutos para a chegada do novo casal. Juliette e Sarah terminaram de arrumar a sala de jantar quando a campainha tocou. 

Sarah foi atender a porta, enquanto a morena contava até dez, mentalmente. Encarar Caio depois de tantos anos não será nada fácil para ela. 

_. Olá, boa noite! - disse Caio abraçando Sarah. Ele entrou na mansão e Rodolfo a abraçou forte e demorado. Ju arqueou uma sobrancelha, encarando-os. Ela fingiu uma tosse e eles se separaram.

_. A sua barriga está linda! - a elogiou. - vocês já sabem o sexo? - perguntou o agroboy.

_. Isso é o que menos importa no momento. - respondeu Ju, fazendo pouco caso deles. 

Sarah lançou-lhe um olhar desafiador, porém discreto, a morena entendeu o recado e deu um sorriso amarelo.

Eles seguiram para a varanda, apesar da mesa de jantar está posta. Eles não queriam jantar agora. Rodolfo sentou ao lado de Sarah e Caio sentou na ponta do sofá. Ju sentou numa poltrona de frente para os três, sozinha.

_. Então essa casa é sua? - pergunto Caio.

_. Não, eu peguei emprestada! Tô esperando a dona voltar para entregá-la de volta. - disse calmamente.

Sarah negou com a cabeça. 

_. Você continua muito insolente! - resmungou. 

_. E você continua sendo um babaca. - o respondeu.

Sarah mudou de assunto, eles iriam acabar se estapeando a qualquer momento. 

_. Sarinha. - falou Rodolfo, fazendo Juliette o encarar. - Cês pretendem ter mais filhos ou mudarem de volta para o Brasil? - completou a frase, finalizando a pergunta. 

Sarah trocou um olhar com a esposa. 

_. Amamos o Brasil, porém voltar de vez? Não, pelo menos não agora! - frisou. - Também ainda não conversamos se teremos mais filhos, mas aí já é uma questão pessoal entre o casal, os dois precisam entrar num consenso. - finalizou. 

Juliette sorriu em resposta. Apesar de amar a família que ela virá construir ao lado da esposa, a mesma não pretendia aumentar a família, por hora! Elas aindam estavam se adaptando a rotina pesada uma da outra, principalmente agora que Sarah não poderia fazer tanto esforço assim e Ju se desdobrava em inúmeras para dar conta de tudo. 

Caio e Rodolfo falavam de como tudo começou entre eles. Rodolfo não parava de olhar para Sarah, coisa que estava deixando Juliette irritada. Se pudesse, a morena voaria no pescoço dele.

_. Como uma advogada de renome não consegue controlar às suas emoções? Comporte-se Juliette, você já é uma mulher feita, deveria comportar-se como tal. - comentou Caio, limpando o veneno no canto da boca.

_. Olha aqui querido! - se levantou - você vem na minha casa para ficar me ofedendo na maior cara dura? Porta da frente serventia da casa, se estiver incomodado com a minha presença na minha PRÓPRIA casa - frisou. - pode pegar o beco, pois, não irá fazer falta! 

_. Para de bobeira, Juliette. - falou Sarah. 

A morena se afundou na poltrona, ela virou o rosto olhando para o jardim. Ela não queria encarar a esposa e muito menos participar daquela conversa, pois, fora excluída.

Ela fungou, segurou o choro e lançou um olhar frio para os três que estavam entretidos. 

_. Caio insistiu tanto para que nos casassemos aqui em Las Vegas e aqui estamos nós! - comentou Rodolfo. - Você quer ser a nossa madrinha? Uma delas, é claro! - riu do seu próprio comentário. - Lembra daquela menina que você ficou no ensino médio? Então, ela será a outra madrinha. - frisou. 

_. Ah! Lembro sim, pensei que vocês haviam perdido contato com ela. - falou Sarah toda sem graça. Ela olhou de relance para a esposa que nada falava.

_. Amanhã iremos sair para escolher os vestidos para as madrinhas, você vai, né? - perguntou Caio. 

Sarah sorriu ao olhá-lo, fixamente.

_. Claro! Ju, amor? - chamou a esposa. A paraibana olhou-a. O seu olhar não era nada bom, ela queria chorar mais estava se segurando.  - Quer ir conosco amanhã? - perguntou. 

_. Não, tenho uma reunião muito importante, infelizmente não poderei comparecer. - frisou. Dê certo, ela teria um reunião, mas não era nada importante. - toma cuidado, tá? Você não pode ter emoções fortes. - falou calmamente.

_. A única emoção forte será encontrar aquela morena, ôh mulher bonita! - Caio a provocou. A babá eletrônica tocou e Juliette agradeceu aos céus, pois, iria pular no pescoço daquele agrotóxico. Ela se levantou e foi direto para o quarto da filha. 

_. Tá acordada meu amor? - a menina estava em pé no berço com os bracinhos erguidos para cima. - Tem dois agrotóxicos lá em baixo. - falou pegando a filha no colo. - Eles são dois imbecis, não sei como a sua mãe suporta eles. - infatizou. 

Laurinha bocejou, encarando. Ela ergueu uma sobrancelha. 

_. Fala assim : Caio agrotóxico. 

A menina se atrapalhou toda tentando repetir a frase que a mãe acabara de falar. 

_. Isso meu amor! Agora fala: Rodolfo mister cloroquina. - continuou. - Ah! Mamãe está tão orgulhosa de você, meu anjo. - frisou descendo asescadas.

Caio queria pegar Laurinha no colo, mas ela fez um escândalo.

_. Ela não gosta de estranhos. - frisou Juliette olhando-os.

Sarah estranhou, pois, a menina nunca havia tido uma reação deste tipo antes. Mas ela não quis retrucar a esposa na frente dos dois. 

_. Mister Coloquina - resmungou a menina mexendo no color da mãe. Juliette segurou o riso. Laurinha abriu um sorriso sapeca mostrando os dentinhos. Como conseguia ser tão fofa? Sarah que se cuida, pois, ela é uma mini Juliette! - Aglotóxico. - continuou a menina. 

Sarah trocou um olhar desafiador com a esposa. Ela sabia que tinha dedo da Juliette nisso tudo.

A menina virou a cabeça e olhou para Caio. Ela fez uma careta de brava. 

_. Maria Laura! - murmurou Sarah.

Continua...

5/1

Memória do Prazer - Sariette ( Adaptado) ❣Onde histórias criam vida. Descubra agora