° No Brasil - Carolina e Laurinha °
Laurinha acordou depois de várias horas de sono forçado, devido aos medicamentos que Carolina havia lhe dado. A menina se levantou da cama um pouco sonolenta, a mesma caminhou até a porta.
_ Tia? - exclamou a menina chamando pela baiana.
Ao não obter nenhuma resposta, ela resolveu descer até a cozinha. Carolina estava finalizando o café da manhã da afilhada.
_ Bom dia, meu amor! - murmurou a baiana abraçando a menina. - Dormiu bem minha baixinha? - perguntou.
_ Sim! Tia, a senhora já tirou pra minha mãe? - enfatizou a menina ainda sonolenta. - Eu tô com saudades.
Carolina engoliu seco.
_ A sua mamãe disse que viria no final de semana. - comentou a baiana. - Ela te mandou um beijo enorme e pediu para que você me obedecesse. - disse.
Laurinha forçou um sorriso, ela sentia que havia algo de errado nisso. A menina se ajeitou na mesa e fez a sua refeição em silêncio.
_ Quer dar um passeio? - sugeriu a mais velha.
_ Quero! - respondeu um pouco animada.
A menina deixou o prato na pia e correu para o seu quarto. O mesmo foi decorado nas cores que ela gostava e tinha inúmeros brinquedos. Laurinha demorou um pouco no banho, ela pensava numa maneira de fugir da dinda maluca.
_ Está pronta? - perguntou Carolina dando inúmeras batidinhas na porta do quarto da menina.
_ Tô sim, tia! - murmurou a menina.
A pequena sentou no banco traseiro, a mesma colocou o cinto de segurança. Elas seguiram em direção a praia mais próxima que havia nos arredores da mansão da baiana.
_ Tia, eu quero sorvete. - pediu a menina fazendo uma carinha fofa.
_ Aqui não deve ter nenhum carrinho de sorveteiro. - exclamou Carol olhando para cada canto daquela praia.
_ Ali, tia! - a menina se soltou das mãos da baiana e saiu correndo pela areia da praia.
_ Laurinha volte aqui! - indagou Carolina correndo atrás da menina. - Maria Laura, eu tô mandando. - frisou.
Maria deu os ombros e continuou a correr, chegando mais adiante ela foi impedida por uns dos banhistas que segurou-a até a chegada da baiana.
_ A senhora não tem vergonha em deixar a sua filha sozinha? - disse o rapaz entregando-a para Carolina.
Laurinha iria responder, mas Carolina lançou-lhe um olhar desafiador, fazendo-a ficar acuada.
_ Me desculpe, prometo que isso não irá se repetir. - comentou a baiana saindo com a menina no colo. - Nunca mais faça isso. - pediu.
_ Eu quero a minha mãe. - resmungou a menina cruzando os braços. - Você não vai me deixar vê-la. - perguntou chorosa.
_ Qual é o problema de passar alguns dias comigo? - murmurou Carolina. - Sabia que o meu desejo sempre foi ser mãe, porém não posso gerar filhos. Mas tudo mudou quando conheci a sua mãe (Juliette) e desde então sinto-me a sua mãe. - explicou a baiana. - Sarah não merece a família que tem, pois só fez merda durante todo esse tempo.
_ Não fala mal da minha mamãe! - comentou a menina se esperneando. - Eu não gosto mais de você. - gritou.
_ Cala a boca! Sem escândalos, por favor. - pediu a baiana. - Vamos, o passeio acabou por aqui. - comentou a baiana colocando a menina no veículo.
° Narrador °
Sarah, Juliette, Abadia e Bruna não pregaram o olho na noite passada. Elas queriam saber o paradeiro de Laurinha.
Bruna contactou o F.B.I, pedindo um respaldo e que eles ajudassem na busca. A loira desconfiava que Carolina tivesse voltado para o Brasil.
_ Tá na cara que ela está no Brasil, Juliette! - comentou irritada. - Se a polícia não fizer nada, eu faço! - frisou se levantando da mesa. - Vou trazer o cadáver daquela filha da pu** - murmurou batendo na mesa.
_ Eu vou junto! - comentou Sarah. - o jatinho está nos esperando. - enfatizou.
_ Acho melhor não, ninguém sabe do que aquela louca é capaz. - comentou Juliette. - Tenho medo que algo aconteça com a minha menina. - disse chorosa.
Sarah compreendia o receio da esposa em relação à baiana, mas ela não poderia ficar de braços cruzados.
_ Perdoe-me, mas irei atrás da minha filha. - disse convicta.
Juliette mudou de ideia, no final todas arrumaram as malas e voltaram para o Brasil.
Milena estava no colo de Juliette, a pequena chorou durante boa parte da noite de saudade da irmãzinha. Apesar das desavenças, elas viviam sempre grudadas uma na outra.
(...)
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Memória do Prazer - Sariette ( Adaptado) ❣
FanfictionVocê é capaz de tudo por amor? " Se a minha intensidade ainda for me matar, eu prefiro ser poesia e ter histórias para contar " - Andrade, Sarah- ❣ #Sariette