Juliette acordou cedinho. Laurinha dormia ao seu lado e Bruna nos pés da cama. A morena trocou a fralda da filha que continuava dormindo e foi dar um beijo de bom dia em Bruna.
_. Acorda, bela adormecida. - sorri olhando-a.
Bruna caiu da cama, ao se espreguiçar. Juliette ajudou-a.
_. Obrigada. - disse a loira sorrindo. - você está melhor? - suspirei profundamente, antes de respondê-la.
_. Um pouco, não posso passar a vida toda chorando, pois isso faz mal não somente a mim, mas tbm para ela. - frisei. - Ao mesmo tempo que quero trancar-me no quarto e nunca mais sair. - finalizei.
_. Entendo. - respondi. - cadê a Carolina? - perguntei.
_. Não sei, ela deve estar no quarto, não? - falei. - Meu deus, que preguiçosa... - me inclinei para pegar Laurinha no colo.
Elas desceram para a cozinha, encontrando dona Abadia sozinha.
_. Bom dia, flor. - disse a morena, abraçando a sogra.
_. Bom dia, meu bem! - respondeu a mais velha.
_. A senhora está melhor? - perguntou Bruna.
Abadia assentiu com a cabeça.
Carolina estava dormindo, a coitada passou a noite toda acordada fazendo a escolta da casa, coisa que não deveria pois tinham seguranças por lá. Mesmo assim, é melhor prevenir do que remediar.
Juliette teria que dar uma saidinha, ela iria passar na sepultura da loira, assim como fazia todos os dias, antes de fazer qualquer coisa.
Laurinha brincava no colo de Bruna quando Carolina entrou na cozinha.
_. Bom dia, meninas. - disse cabisbaixa. Abadia deu um abraço na namorada e um beijinho em seu rosto.
_. Cadê a Juliete? - perguntou a baiana dando um xêro na afilhada. - bom dia, princesa da tia.
_. Ela foi ao cemitério... - falou Bruna.
Carolina quase se engasgou com a água, mas logo arranjou uma desculpa para fugir das perguntas. Bruna olhou-a de relance, assimilando todo o nervosismo daquela mulher em sua frente.
Peixinho subiu para dar banho na afilhada, ela trocou a roupa da pequena e sentou-se com ela no colo. Bruna arranjou uma desculpa e voltou para a casa. A mesma queria saber um pouco mais sobre o passado de Carolina Peixinho.
Juliette comprou rosas brancas, as mesmas representam a vida e a morena ainda acredita que a sua amada possa estar viva.
_Amor, preciso contar-lhe uma coisa. - limpei as lágrimas. - os dentinhos da nossa filha estão nascendo. - sorri boba ao lembrar. - e ela só tem quatro meses, eu queria tanto tê-la novamente aqui. - funguei.
Juliette chorava pela falsa morte de sua amada e Caroline chorava por não lembrar o nome dela. Ela limpou rapidamente as lágrimas quando Gabriela entrou no quarto.
_. Bom dia, sarará... - comentou a morena deixando a bandeja na mesinha de centro ao lado da cama.
Não sei pq, mas sorri ao ouvi-la chamar-me assim.
_. Bom dia, você dormiu bem? - perguntou um pouco empolgada.
_.Vida? Eu ia me esquecendo, a nossa filha está melhor da pneumonia, não sei o que seria de mim, sem ela. - frisei. - Olha, eu até tentei trazê-la aqui, mas ela ainda é muito novinha.
Bruna pesquisava a fundo sobre a vida de Carolina, mas não encontrou quase nada, apenas coisas relacionadas ao trabalho.
_. Droga, eu sei que ela guarda algo... - pensou a loira.
Bruna deixou esse assunto de lado e foi se encontrar com Juliette no cemitério. A loira reconheceu o carro da mais nova no estacionamento e estranhou alguns carros parados no local.
Ela ligou para a morena, mas ela não havia levado o celular. A pegou a arma no porta luvas e colocou por baixo do blazer.
A mesma apressou os passos querendo chegar o quantos antes na sepultura de Caroline.
_. Ju? - tocou-a nos ombros. - O que faz aqui sozinha? - perguntou-me.
_. Eu vim contar algumas coisas pra ela, sei que ela pode me ouvir, não importa onde esteja. - respondi.
_. Vamos pra casa? - pediu a loira.
Algo de errado não estava certo e ela sentia isso. Ela tentou passar tranquilidade para a morena.
_. Vem, vamos no meu carro.
Bruna saiu puxando Juliette pelo braço até o seu carro. A morena disse que ia pegar a bolsa que havia deixado em seu carro. Quando ela ia abrir a porta, Bruna jogou-se violentamente no chão e o carro explodiu.
Os mesmo carros estranhos que estavam lá quando a loira chegou, saíram do local antes do regresso das mulheres, talvez seja por isso, que a mais velha manteve-se atenta e pronta para algum tipo de atentado.
Juliette cortou a testa e machucou os punhos. Bruna foi atingida por estilhaços de vidro e queimou um dos braços.
O resgate foi chamado por funcionários do cemitério, elas foram encaminhadas para o hospital onde Carolina trabalhava.
A notícia da tentativa de homicídio contra Juliette Freire correu mundo a fora, repercutindo também no Brasil. Sarah acordou cedinho e Gabi deu-lhe os seus medicamentos, mas ela não tomou.
A morena saiu do quarto, deixando-a a sós. Ela engoliu o choro ao assistir a reportagem.
" Eu preciso voltar para L.A " - pensou a loira.
Ela pegou o notebook e fez uma conta fake para saber os passos da morena.
" Espero que ela não desconfie de nada "
Ela começou a segui-la no insta. Juliette era uma mãe muito zelosa com a filha. Caroline sorriu boba ao ver alguns vídeos de curtos segundos de Maria Laura.
Gabi entrou bem na hora que a loira vasculhava o perfil da paraibana.
_. A senhora não pode ver isso… - comentou a morena chamando-a atenção.
Caroline ergueu uma sobrancelha, lançando-lhe um olhar desafiador. Gabi mordeu o lábio lembrando do gênio forte e temperamental da loira em sua frente.
_. Acho que está na hora da senhora saber de toda a verdade. - suspirou a morena.
Caroline chamou-a para sentar-se na poltrona à sua frente.
(...)
Tenso...
Fuiiii😳🌻
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Memória do Prazer - Sariette ( Adaptado) ❣
FanfictionVocê é capaz de tudo por amor? " Se a minha intensidade ainda for me matar, eu prefiro ser poesia e ter histórias para contar " - Andrade, Sarah- ❣ #Sariette