Bruna não desgrudou um minuto sequer de Carolina. A baiana continuava com as suas crises de ciúmes para cima de Juliette e a todo momento ameaçou-a que contaria a sua esposa do "caso" delas, há anos atrás.
__ Toma o teu rumo, garota! -- resmungou Bruna beliscando o ombro da baiana.
Carolina ergueu a cabeça para encarar a loira.
__ Não se mete! -- frisou a baixinha com sangue nos olhos.
__ Cara feia pra mim é fome! Vê se cresce, se bem que no seu caso... -- rebateu Bruna.
Carolina engoliu seco, antes que ela pudesse dar uma voadora na loira mais alta, Laurinha apareceu na sala, chamando-as para partirem o bolo de Caroline.
Hoje era aniversário de Sarah, a loira reuniu alguns amigos na mansão, em comemoração. Ela só chamou a baiana, em consideração a sua mãe, pois se não fosse isso, ela deixaria Carolina de fora do festejo.
Bruna saiu na frente, sendo acompanhada pela menina. Carolina seguiu-as até o salão de festa da mansão.
__ Você é uma naja! -- murmurou Carolina ao passar pela Bruna.
__ Cuidado! Uma hora dessas, eu pego e te mordo, caso isso aconteça, quem morrerá será eu, com o teu veneno sua víbora! -- retrucou Bruna. Ela sorriu de lado, deixando a baiana irritada.
__ Você é muito cínica! Está na cara que você ainda é apaixonada pela Juliette! -- exclamou a baiana.
__ Apaixonada ou não, isso não é da sua conta! E mesmo se eu fosse, não me daria direito de desrespeitar o casal, se enxerga Carolina. -- murmurou.
Elas pararam de se alfinetar e se aproximaram da aniversariante. Bruna abraçou Caroline, e entregou-a o presente que havia comprado.
__ Obrigada, minha flor. -- agradeceu Caroline, abraçando a amiga.
__ E pensar que essas duas viviam em pé de guerra! -- comentou Juliette olhando-as. -- Fico feliz por vocês! -- frisou a paraibana.
Carolina entregou o seu presente para a enteada, Sarah abraçou-a apertado, deixando claro que estava desconfortável com a sua presença. Elas se soltaram e a baiana saiu atrás da esposa, a dona Abadia.
__ O que deu nela? -- perguntou Caroline.
Bruna deu os ombros, antes de responder.
__ Deve estar naqueles dias ou deve ser a idade! Beirando os quarenta e cinco é a idade da birra! -- murmurou Bruna.
Juliette sorriu negando com a cabeça.
__ Você não presta! -- indagou a morena. Ju pegou Milla no colo, a menina estava inquieta. -- O que foi, minha paixão? -- perguntou.
__ Tô com sono, mamãe! - resmungou a menina esfregando os olhos.
__ Eu volto daqui a pouco. -- disse a morena subindo para o quarto com a filha no colo.
O relógio marcava oito e meia da noite! Alguns convidados foram embora, deixando apenas Caroline, Carolina, Abadia, as duas amigas de Juliette e Bruna.
Carolina e Abadia decidiram que iriam dormir na mansão, Bruna também fez questão de ficar.
__ Você não tem casa, não? -- sussurrou Carolina.
__ Tenho várias e você? Melhor, você pode até ter tudo, mas não tem o principal que é a Juliette! -- a respondeu. Bruna limpou o veneno imaginário que corria no canto da boca.
A baiana estava estagnada, querendo voar no pescoço da Gouveia. Bruna adorava bater de frente e ainda mais com um ser humano que era menor que ela, na altura.
__ Você irá se arrepender por atrapalhar o meu plano! -- resmungou a baiana.
__ Que plano o que? Estás louça é? Vai caçar o que fazer! Oxee! -- a respondeu.
Carolina saiu batendo os pés e Bruna sorriu vitoriosa, ela não iria deixar que a baiana estragasse o casamento das amigas, não mesmo.
Enquanto as meninas conversavam animadamente na sala, Carolina aproveitou aquele momento de distração para ir atrás de Juliette. A morena saiu do quarto da filha, onde havia deixado a pequena dormindo.
__ Ai que susto! -- reclamou a morena. Carolina a esperava no corredor, em frente ao quarto das meninas.
__ Posso falar com você? -- perguntou. Ju fez um sinal positivo com a cabeça. Elas saíram em direção ao jardim, num lugar um pouco mais afastado e longe dos olhares curiosos.
Ju sentou-se no banquinho ao lado da baiana.
__ Ju, eu queria lhe pedir desculpas! Eu não deveria ter agido daquela maneira, mas tenta entender o meu lado, por favor. -- pediu a mais velha. -- Eu sou louca por você. -- frisou.
Ju engoliu seco ao coçar a cabeça. Ela estava nervosa, esse era um dos assunto que jurou-lhe que jamais voltaria a abordá-lo com Carolina.
__ Carol... -- Ju tentou se explicar, porém a baiana roubará um beijo. A morena tentou empurrá-la para trás, mas não teve tempo, pois Caroline chegou bem na hora...
__ Posso saber que cachorras é essa aqui? -- gritou a loira. -- Solta a minha esposa antes que eu arranque a sua língua fora! -- disse puxando Carolina pelos cabelos.
Bruna apareceu no local, se metendo na briga entre Carol e Carolina.
__ Acho melhor você ir pra casa, antes que ela te arrebente todinha! Olha o seu tamanho para o dela, chega até ser covardia. -- comentou a mais velha.
Abadia apareceu bem no final da treta, ela repudiou a agressão da filha para com a sua esposa.
__ Foi ela quem começou!! -- resmungou Sarah, batendo os pés.
__ Fala pra ela, Juliette. Fala que transamos naquele dia que ela ficou com o Thierry lá no escritório! Fala pra ela que você abriu as pernas pra mim naquela noite e que fizemos amor, fala! Ah! Mas isso você não fala né? -- Carolina gritava aos quatros ventos.
Sarah voou no pescoço de Carolina e Bruna se meteu mais uma vez. Abadia colocou-as de castigo, ditando ordem naquele local.
Ju saiu de fininho, ela estava chorosa. A sua voz estava embargada, a mesma sentia um pouco de falta de ar. Ela saiu da casa, andando sem direção pelas ruas afora.
__ Cadê a Ju? -- perguntou Bruna.
__ Se acontecer alguma coisa com ela, eu te mato! -- gritou Caroline.
Sarah pegou o carro e foi atrás da esposa. Ela estava magoada pelo fato da esposa não ter contado do ocorrido.
"Aparece, meu amorzinho" -- pediu em sussurro.
(...)
Cadê Juliette? 🙃
Sdds, crianças! 💕
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Memória do Prazer - Sariette ( Adaptado) ❣
FanfictionVocê é capaz de tudo por amor? " Se a minha intensidade ainda for me matar, eu prefiro ser poesia e ter histórias para contar " - Andrade, Sarah- ❣ #Sariette