Let her go - Deixe ela ir...

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Carolina recebeu uma ligação de Gabriela, avisando que Sarah havia acordado do coma e que estava respondendo super bem aos estímulos.

Já havia se passado um mês, Laurinha irá fazer quatro meses hoje, seria o primeiro de muitos sem Caroline, assim pensará Juliette.

A paraibana se distanciou do trabalho, apenas ficará em casa cuidando da filha. Ela espalhou fotos de Sarah por todo local e só usava preto.

Abadia e dona Fátima, davam-lhe forças para continuar. Bruna estava cada vez mais presente na vida da morena, mas Juliette deixou claro que não queria nada com ela naquele momento.

Caroline tentou se levantar da cama. A loira não se lembrava do acidente e muito menos de algumas coisas do seu passado. Juliette foi o único recuerdo que havia lhe sobrado, porém a loira não lembrava o nome daquela mulher que há um mês vivia intrometendo-se em seus sonhos.

_. Aconteceu alguma coisa, senhorita Caroline? - perguntou Gabi, deixando o seu café da manhã sobre a mesinha ao lado da cama.

_. Eu voltei a sonhar com ela, eu não sei pq isso está acontecendo. - fungou. - Eu preciso saber que é ela, sinto que a conheço de algum lugar, mas não sei de onde. - frisou.

Gabi ficou preocupada com os relatos de sua paciente e resolveu que mais tarde iria conversar com Carolina.

Sarah fez a sua refeição.

_. Eu posso sentar-me na varanda? - perguntou de um jeitinho manhoso. Gabi riu de canto, lembrando-lhe de quando Carolina a comentou que a loira tinha dessas. O jeito manhoso quando queria algo.

Gabi colocou-a na cadeira de rodas, e guiou-a até a varanda do quarto.

Sarah Caroline havia sido levada para Porto Seguro. Um pequeno município no interior da Bahia. Lá, elas estariam salvas das garras de Gilberto e das tramóias de Thierry e sua família.

_. Nossa, saudades de sentir a luz do sol, sobre o meu rosto. - comentei, fechando os olhos e deixando que os raios soltarem tocassem a minha face.

Gabi olhava atenta a cada movimento da loira.

_. Pq você é tão calada, Gabi? - perguntei, virando-me para encará-la.

Ela foi pega de surpresa.

_. Eu? - tentei fugir das suas perguntas. - E.. eu não sou tão calada assim, sou muito tagarela. - falei, fazendo-a rir. - É sério, na época da escola, eu lavava muitas broncas por ficar falando em sala de aula. - fiquei corada ao lembrar.

Juliette optou por não comemorar o mêsversário da filha. Bruna trouxe dois presentes, um para cada uma. Ju ganhou um buquê enorme de rosas brancas e Laurinha foi presenteada com um joguinho didático.

_. Muito obrigada, pelo carinho. - respondi.

_. De nada, estarei sempre aqui caso precise de algo. - beijou-me na testa.

Laurinha estava cada vez mais esperta, a pequena sentia falta da mãe que havia falecido a pouco tempo. As duas primeiras semanas sem a loira foi difícil para todos, Maria sofreu com febre durante várias noites. Graças a Deus que ela havia se recuperado da pneumonia.

Juliette decidiu que iria ao cemitério visitar a sepultura de Caroline. Carolina Peixinho não retrucou e deixou-a ir.

Bruna acompanhou-a até o jazigo.

Memória do Prazer - Sariette ( Adaptado) ❣Onde histórias criam vida. Descubra agora