Diga Algo...

498 53 5
                                    

Juliette se recompôs e soltou-se do abraço. A morena mandou um e-mail para Thierry Leroy.

- Você vai se encontrar com ele? - perguntou a baiana.

- Sim, eu preciso saber o que ele quer com a minha família.- suspirou - Nao vou deixá-lo tirar o nosso bebê e muito menos acabar com tudo que eu e Sarah construímos. - indagou.

- Ok, eu vou com você! - disse a baiana. - Não posso deixá-la a sós com aquele idiota. - vamos?

Dona Abadia havia chegado, ela foi até o quarto do casal Sariette e encontrou Caroline sentada na cama.

- Está melhor, meu amor?! - perguntou a mais velha.

- Tô, o bebê está mexendo muito mamãe! - resmungou a loira. - A senhora viu a Juliette?!

- Ela deve estar no escritório, não?! - ela se inclinou para pegar Laurinha no colo, a mesa continuava dormindo. - Acorda minha preguicinha. - a pequena se espreguiçou nós braços da avó. - coisinha mais linda da vivo.

Juliette apareceu no quarto de mãos dadas com Carolina, Abadia fingiu que não viu. A morena tinha um semblante sério.

- Boa noite, meu amores! - disse a paraibana dando um abraço na sogra, um xêro na filha e um selinho em Caroline.

Juliette entrou no closet para trocar de roupa e Carolina fez o mesmo, porém em seu quarto.

Alguns minutos depois as duas apareceram novamente na sala.

Laurinha estava no colo de Caroline e Abadia estava na cozinha.

- Se cuida!! Volta logo, por favor!! - pediu Caroline fazendo manha. Juliette sorriu e beijou-a.

- Eu te amo! - respondeu a morena.

As duas mulheres saíram de casa, optaram por irem de Uber. O carro esperava por elas na esquina.

- Siga até esse endereco, por gentileza! - pediu Carolina.

Sarah estava aérea, havia algo de errado com a sua namorada e ela sabia disso.

- Mãe, a senhora pode dar uma olhadinha na Laurinha?! - pediu a loira pegando a chave do carro.

- Vai pra onde filha?! - perguntou a mais velha.

- Preciso saber o que elas estão aprontando!! - respondeu.

- Não posso deixar você sozinha por aí. - ela pegou a bolsa de fraldas de Laurinha, desligou o forno e ligou o carro.

Caroline colocou Laurinha na cadeirinha e sentou ao lado da filha. Abadia guiava o carro conforme Caroline ditava.

- Como você conseguiu pegar a placa do carro?- perguntou a senhora.

- Hackeei uma das câmeras do vizinho, não sei pq elas não deram o endereço da nossa casa, mas ok, né?! - respondeu Caroline. Laurinha havia acordado e brincava com o mordedor de silicone.

Abadia diminuiu a velocidade assim que encontraram o Uber que levou-as, o carro estava parado na frente de um hotel.

- Vamos esperar elas saírem!! - disse Sarah cruzando os braços.

Carolina e Juliette saíram meia hora depois. Sarah desceu do carro e começou a interrogar a namorada.

- Posso saber o que a mocinha veio fazer aqui?! - a morena engoliu seco e e olhou para Carolina.

Thierry saiu do prédio e encontrou-a, Caroline quase caiu pra trás só reconhecê-lo. Juliette e Carolina segurou-a.

- Você está bem, amor? - perguntou a paraibana.

- Oiê amor!! - falou Thierry querendo abraçá-lo. - Então é verdade, és nosso o filho que carregas em seu ventre?!

Ele deslizou o braço até a barriga da loira, Juliette empurrou-o para longe.

-Tira a mão de cima da minha mulher, você tá louco?! - a morena foi pra cima dele. - Eu vou te arrebentar muleque.

Ele tentou gritar por socorro, mas ela tampou a boca dele com a palma da mãos.

- Toca nela de novo pra tu ver!! - a morena desferiu um soco na boca dele.

Carolina fitou-a dali.

- Ficou maluca? Ele poderia ter te machucado!! - a baiana repreendeu-a.

- Aí dele, se tocar na minha mulher de novo.

Caroline estava perplexa.

Elas voltaram pra casa. Carolina e Juliette no banco de trás com Laurinha e Caroline e Abadia no banco da frente.

- Amor o que você veio fazer aqui?- perguntou a loira.

- Vim defender a nossa família! - indagou a morena olhando para paisagem sobre o vidro do carro. - Não quero que ele tente roubar o nosso bebê. - frisou.

- Você parecia uma gnomo brigando, tão pitica, meu amor - frisou a loira. Juliette deu um beliscão de leve nela.

- Gnomo é tu!! Miss cloroquina!! - Sarah revirou os olhos. Abadia gargalhou.

- Eu hein, vocês duas!! - mumurou Carolina. Laurinha segurava um dos dedos da madrinha.  - Quer teté, meu amor?! - perguntou e a menina sorriso.

Juliette pegou a filha no colo e começou a amamentá-la. A pequena agarrou o outro seio da mãe e fechou os olhos.

- Ela está crescendo rápido demais, benza Deus! - comentou a morena.

- Amor ela não tem nem três meses, porém ela é bem grandinho para tão poucos meses de vida. - respondeu a loira.

- Olha essas dobrinhas, coisa mais linda!! - disse Carolina.

Elas chegaram em casa, Carolina se despediu e voltou para casa. Abadia ajudou Caroline ir para o quarto e Juliette sentou no sofá ainda amamentando a filha.

Sarah havia ficado no quarto de hooes no andar de baixo. Juliette levou o bercinho portátil de Laurinha para o quarto onde a loira estava, lógico que não iria deixá-la sozinha.

Juliette foi até o quarto, deu um banho em Laurinha e trocou a roupinha da pequena.

O jantar comemorativo teve que ser adiado, aquele não era o momento. Caroline havia tomado banho com a ajuda da mãe. Juliette estava sem apetite e resolveu deitar um pouco. A morena deitou-se ao lado da namorada.

- Eu te amo!! - falou a paraibana antes de entregar-se ao sono. 

Caroline não não conseguiu dormir, ela ficou admirando-as enquanto se via presa em seus devaneios.

" Agora não basta lidar com as ameças de Gilberto e eu ainda tenho que aturar a volta de Thierry "  - pensou a loira.

Ela desviou o seu olhar para o berço da filha, a loira se encolheu por causa do frio. Ela se levantou e fechou a janelae trancou-as por precaução. Mas algo chamou-lhe a atenção por trás daquela janela.

A loira ligou para os seguranças, ela sacou a arma que havia em uma das gavetas do criado mudo, pegou Laurinha no colo e deitou-a ao lado da namorada. Juliette se acordou com toda aquela movimentação e se assustou ao ver a loira armada.

- Pq você está com isso?- perguntou a morena ainda sonolenta.

- Esses vídeo são a prova de bala?! - aos invés de responder, ela perguntou.

A morena fez um sinal com a cabeça.

- Acho que sim, pq? - ergueu uma sobrancelha.

Abadia entrou no quarto, mas Sarah não de assustou pois reconheceu o perfume de sua mãe.

- As portas estão trancadas, mãe? - Caroline perguntou, mas não se virou para encará-la, toda a sua atenção foi voltada para janela.

- Filha, o que está acontecendo?  - a loira não respondeu, apenas suspirou.

Ventava muito lá fora, aposto que teria vendaval logo mais.

Sarah engatilhou a arma e atirou contra janela.

(...)

Eita...🔥

Memória do Prazer - Sariette ( Adaptado) ❣Onde histórias criam vida. Descubra agora