Aí Já Era

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Elas saíram para passear com a filha. Laurinha estava no carrinho de bebê, o mesmo era guiado por Juliette. 

_. Amor? - falou Sarah chamando a atenção da esposa. - Quer sorvete de casquinha? - a morena fez um sinal com a cabeça. - Moço, eu quero três casquinhas por favor, duas de chocolate com calda de morango e uma de maracujá. - pediu.

O rapaz entregou às três casquinhas, ela deu uma gorjeta a mais para ele. 

_. Obrigada! - agradeceu. 

Elas caminharam por um bom tempo, até pararem numa próxima. Laurinha pediu para sair do carrinho. A menina queria ir ao balanço. Ju pegou-a no colo e foi até o balanço. 

_. Segura firme meu anjo. - pediu a morena. Por sorte, na cadeirinha havia um cinto de proteção para crianças menores de 4 anos. 

Sarah observava tudo de longe. A loira estava convicta que aquela era a família que ela tanto havia pedido aos céus.

Juliette se virou quando um homem alto, se aproximou de sua esposa. A morena ficou estática olhando na direção onde a loira estava sentada. 

_. Então vocês se casaram? - perguntou Rodolfo.

_. Sim, não está vendo a aliança na mão dela? - rebateu a morena fuzilando o rapaz com os olhos. 

Caroline abriu e fechou a boca tentar formular qualquer frase, mas nada falou. Rodolfo é um dos exs namorados de Sarah. Juliette morria de ciúmes dele, todas às vezes em que ele estava por perto, a morena se saia de tanta raiva que sentia dele.

_. Não quero atrapalhar o casal. - ele falou se levantando do banco. Laurinha fez uma careta olhando para ele. Sarah negou com a cabeça olhando-a fixamente. - Tchauzinho! Qualquer hora a gente se esbarra por aí. - 

Ele caminhou até o seu carro e foi embora. Juliette buscou a esposa com o olhar. Elas trocaram um olhar cúmplice e Sarah deu os ombros. 

_. Ele é bissexual, Juliette! - falou a loira. 

Pov.-  Sarah 

Não entendo porque ele está justamente aqui em Las Vegas. Mas seja lá qual for o motivo,  a sua chegada não vai abalar em nada no meu casamento com a Juliette, pelo menos não pra mim. Ju odeia-o com toda força do seu ser, não entendo o porquê disto, afinal éramos namorados. 

_. O tempo passou e você não mudou nada meu amor. - comentei, mas ela não queria me olhar. - Juliette olha pra mim. - puxei-a pela cintura, colando os nossos corpos. - Para com esse, ciúme besta amor! - pedi carinhosa.

Ela ergueu a cabeça para me encarar. Mesmo que não quisesse, surgiu um sorriso lindo nos seus lábios, os seus olhinhos brilharam frito estrela em noite estrelada. 

_. Eu amo você, sua bobinha! - comentei. - Eu amo a nossa família! - finalizei. Laurinha me puxou pela blusa. - O que foi meu amor? - perguntei. 

_. Está na hora do lanchinho dela. - falou Juliette. Caminhamos de volta até o nosso carro. Por sorte, o carrinho desmontava facilmente, era só apertar no botão que havia perto das rodinhas. 

_. Ju? - a chamei. - Rodolfo está namorando o Caio, lembra dele? - ri quando ela revirou os olhos em resposta. Caio nunca foi com a cara dela, vivia implicando com tudo que ela fazia. - Não seja assim amor, agora somos adultos, todas as mágoas ficaram no passado. - pedi.

_. Eu quero que ele se lasque! - me respondeu. Olhei para o banco traseiro e Laurinha havia pegado no sono. - 

Elas chegaram na mansão vinte minutos depois. Ju subiu com Laurinha até o quarto e trocou a sua roupinha. A mesma sentou-se na poltrona para amamentar a filha.

" Só ela não percebe que o Caio é um filho da puta, falso do caralho. " - pensou a morena.

Sarah bateu na porta antes de entrar. 

_. Parou com a birra? - Juliette a respondeu com um olhar desafiador. Caroline não podia negar o quão fofa era a esposa quando sentia ciúmes. - Ok... - puxou um pufe para se sentar. - Pensa num soninho gostoso. - comentou olhando para a filha. - Assim que você subiu, o bebê começou a mexer por isso demorei um pouco para subir. - olhou-a nos olhos. 

_. Ele mexe durante a noite? - perguntou-a. Carol concordou com a cabeça. - Às vezes quando acordo durante a madrugada, você está acordada com a mão sobre a barriga. - comentou sorrindo. 

Elas ainda não descobriram o sexo do bebê, mas seja lá qual for, amor não irá faltar. Caroline segurou a mão da esposa e repousou a mesma sobre a sua barriga. O bebê mexia cautelosamente no ventre da mãe. 

_. A sensação de senti-lo aqui dentro é indescritível. Eu queria tanto voltar ao passado e anular aquele dia, no qual perdi os meus gêmeos. - comentou chorando. - Eu sinto falta deles, Ju. - ela fungou. - 

Juliette se levantou com a filha no colo e abraçou a esposa. Caroline soluçou nos braços da morena até se acalmar. 

_. Não consigo mensurar a sua dor, mas tô aqui para ajudá-la seguir adiante. - falou a morena. - Olha pra mim - pediu - Agora você tem outro bebê aqui dentro, a sua gravidez é de risco então vamos focar um pouco em você e neste bebê! 

Na verdade, Juliette não queria que a esposa se culpasse tanto, o único culpado da história era o Thierry, que numa tentativa idiota de matar Caroline e os gêmeos que a mesma carregava no ventre. 

(...)
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Memória do Prazer - Sariette ( Adaptado) ❣Onde histórias criam vida. Descubra agora