Juliette entrou debaixo do chuveiro e ficou brincando com a água. Sarah observava tudo com o corpo apoiado contra o box de vidro.
Ela sorriu feito boba, Juliette tinha essência de menina, no corpo de uma mulher. O jeito que ela lidava com certas questões sem que as mesmas, roubassem o seu sorriso, deixava tudo mais leve.
Não há conexão melhor, quando os olhares estão conectados e os corações batem no mesmo ritmo. Escolher passar o resto de uma vida, ao lado de uma única pessoa não é tarefa fácil. Saber lidar com as diferenças e pedir desculpas, quando o necessário. Amar é para poucos. Não existe relacionamento perfeito e sim a vontade de partilhar a vida ao lado de outro alguém. E Sarah sabia disso, desde que se conheceram, ela e a morena não se desgrudavam uma da outra, eram como unha e carne.
Juliette ficou avermelhada com o jeito que a sua loira a olhava. Ela se aproximou da maior e abraçou-a forte, escondendo o rosto na curva do seu pescoço.
_. Eu te amo, meu pacotinho de amor. - disse Sarah.
Juliette ergueu um pouco mais a cabeça e se inclinou para beijá-la, antes de completar o ato, ela virou a sua cabeça para lado e esporrou.
Sarah tirou do box antes que piorasse. A morena deitou-se na cama ainda com a toalha.
Caroline ajudou-a a trocar de roupa, tirou-a da cama para trocar os lençóis que havia molhado.
_. Sah... Sarari... Suponho que vou grip..- espirrou de novo. - Tô agoniadaaaa! - falou com voz nasal.
O nariz da morena estavam levemente avermelhado e as bochechas coradas. Juliette era manhosa e tinhosa, tadinha da (Sarah).
Carolina compareceu no quarto. Ela avaliou a morena e lhe medicou. Laurinha chorava querendo mamar e elas tiveram que improvisar. A menina não tomava mamadeira.
Sarah pegou a filha no colo e deu-a uma sopinha que legumes que havia preparado. Ela comeu tudo e adormeceu no colo da mais velha. Carol trocou a roupinha da menor, pois havia sujado. Ela deitou-a no bercinho portátil.
_. Está crescendo tão rápido, meu anjo. Ainda lembro, quando mal sabia falar ou andar direito. - ri, lembrando-me.
_. Sarah? Podemos conversar? - perguntou Dona Fátima. Elas ficaram na varanda do quarto da Laurinha.
_. Minha, você está bem? Estou te achando um pouco abatida e um pouco aérea, o que está acontecendo? - perguntou-me a senhora.
Dona Fátima e Caroline sempre tiveram uma relação boa. A loira a considerava uma segunda mãe. Sarah contou uma boa parte de tudo que estava acontecendo com ela, deixando a senhora incrédula.
_. Tem certeza que não quer contar para ela? - perguntou-me e eu neguei com a cabeça. - Tens o meu apoiou, filha! -
Sarah se aconchegou contra o peito da senhora e adormeceu. Estava acontecendo tantas coisas, e tudo de uma única vez. Naquele momento, os bons momentos eram mais que atípico.
Será que em algum momento o casal terá um pouco de paz? Gilberto está decidido em atormentá-las e usaria tudo que estivesse ao seu alcance.
Dona Fátima acariciava de forma singela o cabelo da nora. A senhora chorava em silêncio. Desde que chegaram a Las Vegas não tiveram um minuto de paz.
Os devaneios da senhora fora interrompido pelas batidas frenéticas na porta do quarto. Era Carolina, a baiana tinha esse costume, um tanto peculiar.
Ela veio checar se a loira estava bem, Caroline acordou resmungou ao ouvir a voz da loira mais velha.
_. Cala a boca, Peixinho. - pediu.
_. Te lascar, miss cloroquina. - resmungou a mais velha.
Juliette adentrou no quarto usando uma máscara sobre a sua face abatida. Carolina a repreendeu.
_. Suponho que irá voltar para o quarto, né? - disse. - Ande, pode voltar para lá.
A paraibana saiu resmungando, mas voltou para o quarto. Peixinho seguiu- a e pediu para que ela deitar-se na cama. A Baiana examinou por completo.
_. A sua garganta continua inflamada. - resmungou. -
_. Eu tô com fome... - resmungou a morena.
Sarah desceu, indo para a cozinha. Ela preparou uma canja delicioso. A loira volto para o quarto com uma bandeja em mãos.
Juliette se inclinou para pegar a pequena tigela com a canja e colocou-a sobre o travesseiro. Peixinho olhou-a torto e trocou um olhar com Caroline.
_. Amor é só colocar na bandeja, vai acabar se queimando, vida. - disse a loira.
Ju deu os ombros, ela bufou e continuou a tomar a sua canja.
A morena resmungou, pois, havia queimado a linguá, porém continuou a tomar, até a última gota.
Caroline só faltou pular em cima da noiva de tão animada. Dentre o casal, Juliette sempre foi a melhor na cozinha.
_. Eu quero mais... - disse limpando o canto da boca.
Andrade sorriu do jeito sapeca da noiva e voltou para pegar mais um pouco.
(...)
Fucki'n Perfect - Pink 💕
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Memória do Prazer - Sariette ( Adaptado) ❣
FanfictionVocê é capaz de tudo por amor? " Se a minha intensidade ainda for me matar, eu prefiro ser poesia e ter histórias para contar " - Andrade, Sarah- ❣ #Sariette