🎶 " Como eu vou viver sozinha
Preciso saber
Como eu vou viver sozinha
Se eu já não tenho você
O que é que eu faço pra sobreviver
Se eu já não tenho você " 🎶
(... )
O " corpo " de Sarah, passou a noite no I.M.L. Juliette ainda encontrava-se atordoada. Dona Abadia estava a frente de todo os preparativos para o velório juntamente com Carolina.
_. Ju, descansa um pouco, por favor. - pediu a baiana.
_. Eu quero morrer, me diz que tudo isso é mentira. - falou e eu neguei com a cabeça. - Eu não vou conseguir, me ajuda Carolina. - pediu-me.
Carolina queria contar toda a verdade, mas pela segurança de todos, ela optou por ficar calada.
_. Ela será velada em casa. - disse a morena com a voz embargada.
Abadia suspirou profundamente.
Bruna não arredou o pé, de perto da morena. Ela estava sendo muito essencial para a mesma, naquele momento tão trágico de sua vida.
O carro da funerária levou-o o caixão para a mansão da morena. Foi montado todo um aparato para recebê-la. Caroline amava muito o imenso jardim daquela casa. A loira sempre sonhou em casar-se com Juliette naquele local.
Caroline regressou para a sua casa, mas não como deveria. Laurinha não entendia nada, apenas olhava atenta para aquele grande objeto o qual a sua mãe estaria dentro.
_. Toma um banho, por favor. - pediu Carolina.
Juliette levantou o olhar para encará-la.
_. É sério, e tenta ficar calma. - frisou Carolina.
Juliette beijou a testa da filha e foi para o quarto. Ela quase caiu subindo as escadas, Bruna correu para ajudá-la. A morena estava fraca, mal conseguia manter-se em pé sozinha.
A paraibana tirou as roupas e deixou que Gouvêa lhe ajudasse no banho. A mesma chorou durante o ato. Bruna não conteve as lágrimas, e abraçou-a forte.
_. Eu tô aqui tá?! Não sinta-se sozinha... - sussurrou em meu ouvido.
Elas soltaram-se do abraço e Juliete se pôs a vestir uma roupa. Bruna pegou uma roupa emprestada da morena.
Carolina subiu para dar banho na afilhada. Abadia não saia de perto do caixão da filha, o mesmo fora lacrado.
Juliette pediu que abrisse o caixão, mas Abadia não deixou-a. A morena não estava com forças para retrucar e desabou em chorar.
O velório havia se iniciado e Juliette agarrou-se em sua mãe e tbm em dona Abadia. Bruna estava com Laurinha no colo, a menina não dormia desde a noite passada.
Depois de cinco horas de velório, todos que estavam ali presente foram para o cemitério.
O carro da funerária seguia na frente e os outros acompanhavam logo atrás. Juliette levava Laurinha em seu colo, na tentativa de proteger o bem mais precioso que lhe restará agora, a sua filha. A menininha era a cópia exata da mãe, uma mini Caroline.
Ao chegar no local do sepultamento, ela seguia lado a lado com o caixão. A morena usava uma roupa branca, assim como os outros simbolizando a paz.
Bruna passou um braço pela cintura da morena, temendo que ela caísse, pois a mesma desabou em chorar, quando o jazigo foi aberto.
Juliette ergueu a cabeça, buscando o olhar de Bruna. A loira estava chorando, mas lhe deu um sorriso singelo. Elas se abraçaram e a morena soluçava nos braços da maior.
Carolina se aproximou com Laurinha no colo e fez um carinho nas costas da mais nova.
_. Ela está em paz! - comentou a baiana, fazendo-a encará-la.
Carolina estava muito ferida, ela não queria ter chegado a tanto, ver a sua amiga desolada por uma morte que na verdade não é real, lhe féria a alma.
Juliette se agachou com Laurinha no colo, inclinou um pouco mais a filha sobre o caixão da mãe. A pequena repousou uma das mãos sobre o objeto e deixou escapar uma lágrima solitária. O seus olhos claros marejaram em lágrimas.
Quando a morena confrontada no necrotério do hospital se ela ficaria ou não com o anel de compromisso que Sarah usava, a mesma negou-se. Mesmo que o seu amor tenha partido, ela preferia que ela levasse o anel junto, como símbolo de amor eterno.
O caixão foi colocado dentro do jazigo e a morena caiu sentada ao lado, com a filha no colo. Dona Fátima pegou a neta no colo e a morena debruçou-se sobre o enorme jazigo enquanto soluçava sobre o mesmo.
Balões brancos foram soltos, decorrente de várias pombas brancas. Sarah adorava todos os tipos de animais, um de seus sonhos era viver reclusa num fazenda. Eles fecharam o jazigo com uma grande pedra de mármore.
_. Ju...- falou Carolina se inclinando ficando da altura da morena. - Vamos embora, por favor. - pediu calmamente.
_. Eu não posso deixá-la sozinha. - limpou as lágrimas, mas ela insistiam em cair. - Será que você não entende? - sua voz estava embargada. - Foram longos anos ao lado dela, e mesmo se estivéssemos separadas por seja lá qual for o motivo, ela estava viva, VIVA- frisou. - Eu não vou conseguir me acostumar sem a sua risada, sem os seus abraços - fungou - Como vou explicar para a nossa filha que a mãe dela morreu? - olhei para a pedra de mármore que tinha o seu nome - Hein? Eu não vou conseguir seguir em frente, ela era o meu porto seguro. -debruçou-se novamente sobre o jazigou e chamou-a pelo nome.
Elas ficaram mais meia hora.
_. Vamos, Ju ... - pediu.
Chovia muito, Abadia e Dona Fátima lavaram Laurinha pra casa restando apenas Juliette, Bruna e Carolina.
_. Eu não quero ir, me deixa quieta. - frisou.
_. Ju, ficar aqui não vai te fazer bem... - falou Bruna, ficando da altura da morena. - Olha pra mim. - ergueu-me pelo queixo. - Ela está bem e em paz. - beijou-me na testa.
Me levantei com ajuda delas, eu estava sem forças. A dor que a minha alma sentia era imensurável. Eu perdi a melhor parte de mim.
🎶Sem você
Eu mesma vou me esquecer
As portas todas vão se fechar
Vou esperar pelo fim
É demais
Já não tenho mais nada a perder
Tenho o que não quero ter
Perdida em mim🎶 - Como eu vou viver - Tânia Mara
(...)😢💔
VOCÊ ESTÁ LENDO
Memória do Prazer - Sariette ( Adaptado) ❣
FanfictionVocê é capaz de tudo por amor? " Se a minha intensidade ainda for me matar, eu prefiro ser poesia e ter histórias para contar " - Andrade, Sarah- ❣ #Sariette