[...]_ Eu me recuso a ficar sem vê-la. - murmurou Juliette alterada. - EU QUERO VER A MINHA MENININHA! - gritou. - Por favor, me deixem entrar. - suplicou.
_ Senhora, ela ainda está no centro cirúrgico, peço que se acalme ou chamaremos os seguranças. - disse a enfermeira.
Sarah abraçou a esposa, abrigando-na em seus braços.
_ Será que o senhor não compreende a dor de uma mãe? - indagou Bruna.
A enfermeira engoliu seco e saiu da sala de estar. Juliette soluçava nos braços da esposa.
_ Eu quero a minha filha de volta! Eu fui a culpa, eu que levei ela na casa daquela... - a morena desmaiou pela quarta vez em menos de meia hora..
Ela foi socorrida por uma equipe médica que passava em frente a sala. Eles a levaram até um dos quartos do hospital, medicando-a.
_ Ela ficará bem! - comentou uma das jovens. - Eu sinto muito por tudo que estão passando, mas garanto que a filha de vocês está sendo cuidada pela melhor equipe médica da região. - enfatizou. - Aquela baixinha é guerreira! Foi um verdadeiro milagre trazerem-na com vida. - finalizou.
_ Ela terá sequelas, doutora? - perguntou Bruna.
A mulher respirou profundamente.
_ Olha, serei sincera com vocês. - ela comentou a relatar o quadro clínico da menina. - As sequelas são essas que acabei de falar.
_ O importante é que ela esteja viva, o resto corremos atrás, só queremos a nossa garotinha de volta conosco - disse Sarah segurando a mão da esposa que dormia.
_ Você sabe do estado de saúde de Carolina? - perguntou Bruna.
_ Eu soube que ela foi transferida para outro hospital.- respondeu a moça. - Disseram que a irmã dela estava a frente de tudo.
A moça saiu deixando-as a sós.
_ Eu não sabia que ela tinha uma irmã. - comentou Bruna. - Como será que ela é? Talvez seja tão louca quanto ela. - frisou dando os ombros.
_ Neste momento, o que mais importa é a recuperação da minha menina, o resto que se exploda. - resmungou Sarah. - Caso a Carolina venha a sobreviver, irei me aceitar com ela pessoalmente.
_ Pode contar comigo! - respondeu Bruna. - Eu vou dar uma passadinha para ver como a Milena está, a bichinha anda muito tristonha. - comentou. - Assim a dona Abadia pode vir visitar a neta.
Bruna voltou para o hotel que elas estavam hospedadas. Milena pulou nos braços da tia, ao vê-la passar pela porta.
_ Pode ir, eu cuido dela. - disse Bruna sentando na ponta da cama com a menina no colo. - Está melhor meu anjo? - perguntou Bruna.
_ Tô morrendo de saudades da minha maninha. - respondeu chorosa, eu quero visitá-la. - pediu a menina.
_ Ela ainda está na sala de cirurgia. Os médicos estão cuidando para que ela melhore logo, não tenha medo. - comentou a loira acariciando o rosto da menina.
_ Tchau meu amor. - disse Abadia se despedindo da menina. A senhora voltou para o hospital.
_ Tia, promete que estará aqui quando eu acordar? - suplicou a menina se abrigando no colo da mais velha. - Tô com medo, tive pesadelos com a tia Carolina. - murmurou chorosa.
Bruna deitou na cama, ajeitando-a do seu lado. A loira cantava cantigas de ninar para que a menina pudesse dormir.
" Na neném
Que a cuca vem pegar,
Mamãe foi à feira, papai foi trabalhar. "
Milena dormiu agarrada no braço de Bruna. A loira sorria, enquanto a admirava cochilar, ela pensou nas filhas e de quando elas eram pequenas.
_ Vocês não merecem tudo isso que estão passando! A Carolina é uma louca e merece pagar por tudo que ela fez. - resmungou pra si. - Pode dormir tranquila meu anjo, a titia sempre está aqui.
° No hospital... °
_ A senhora não acha que estão demorando muito? - perguntou Sarah para a mãe ao seu lado.
_ Sim, mas é normal. - sussurrou Abadia. - A cirurgia na cabeça dura longas horas! Tenha calma, meu anjo. - pediu a mais velha.
_ Mas são quase quatro horas no centro operatório. - comentou Sarah.
_ Essas cirurgias duram em torno de cinco horas bebê. - respondeu Abadia. - Minha filha, vamos ter fé, a nossa menina irá sair dessa.
Enquanto Sarah estava preocupada com a cirurgia da filha e com a esposa que continuava a dormir. Milena havia acordado assustada, se encolhendo nos braços da tia.
_ Eu tive um pesadelo titia. - disse chorando. - Eu quero a minha mãe. - pediu.
(...)
Continua ❤️
Fui....
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Memória do Prazer - Sariette ( Adaptado) ❣
FanfictionVocê é capaz de tudo por amor? " Se a minha intensidade ainda for me matar, eu prefiro ser poesia e ter histórias para contar " - Andrade, Sarah- ❣ #Sariette