Pokémon - Um Conto de Ladrão

Capítulo 32

No outro dia, usando a mesma tática, Ana e os dois pokémons conseguiram caçar uma raposa.

Novamente se aproveitando do tempo que tinha, ela desceu para tomar banho e se limpar. Apenas uma vez não teria sido o suficiente para retirar toda a sujeira de seu corpo e de seu cabelo. Sem falar que banho se toma todos os dias. Ao chegar no rio, a menina viu a cena mais engraçada que juraria ter visto em todos aqueles dias.

Ban estava montado em cima de Stella, que deixava as águas baterem em sua perna, como uma plataforma no meio da correnteza.

- Ana – o treinador a chamou. – Vem cá. Me ajuda. Precisamos a derrubar.

- Ban, você nunca vai conseguir, desiste. – Stella disse, como se ele não pesasse nada.

Ambos estavam ainda com as roupas, embora coladas ao corpo de tão molhadas. Pelo menos desta vez a de Stella estava suja.

- Vem Ana! – Ban a chamou novamente.

A menina ficou sem jeito. Isso aí já é demais.

- Não, não. Tô de boa.

- Anda logo Ana!

Ana sacudiu a cabeça.

Neste ínterim, Stella agarrou o braço de Ban e jogou no fundo do rio.

- Ele está bem?

- Vai sobreviver.

- Ana! – Ban surgiu, metrôs abaixo, arrastado pela correnteza. – Vem.

- É um lance de vocês. Prefiro deixá-los a sós com isso.

- Ela tem razão Ban. – Stella murmurou, o que fez Ban revirar os olhos. – Precisamos fazer algo que não será um lance só nosso.

- Competição? – Ban já sorria.

- Competição. – Stella confirmou.

- O que isso quer dizer? – Ana ficou parada.

- Quer dizer que nós três vamos disputar quem consegue caçar mais.

- Me tira desta, não tem como eu ganhar.

- Você disse que era um lance só meu e da Stella. Este aqui qualquer um pode participar.

- E – Stella deu uma pausa. – Quem tiver menos no caça no fim da noite, amanhã irá ter que lavar nossas roupas.

- Não! – Ana já levantava o dedo, balançando a mão. – A roupa de vocês está suja demais. E eu tenho menos tempo...

- Fracote. – Stella disse. – Galinha.

- Está amarelando. – Ban concordou com Stella. – E ainda por cima, fala da nossa roupa quando ela fede a mais de cinco dias.

- Seu... – Ana repreendeu o xingamento.

- Valendo?

- Valendo! – Stella disse, correndo para o meio da mata.

- Até o jantar. Amanhã quero minha calça limpinha! – Ban disparou para o outro lado.

- Seus miseráveis. – Ana olhou exatamente para onde cada um deles tinha ido. – Eu não concordei!