Capítulo 38

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- Parem! – O Professor Carvalho cruzou por entre rabos em chamas, queimando seu jaleco. – Parem!

Os dragões não o obedeceram de prontidão, levando um bom tempo até desarmarem o ataque. Mas ainda sim, quando o fizeram, todos formaram se juntaram formando um muro de pokémons entre eles e os três que haviam corrido.

- Eu... – O Professor tentou ajudar a Jenny a levantar o capitão. – Eu sinto muito Rem. – Ele pressionava uma pokédex em seu peito. – Eu não sabia que eles estavam aqui. Eu não imaginava nem que aqueles dois estavam juntos com ela. Por favor, me perdoem.

Redmi notou as lágrimas caindo de seus olhos. Alguma coisa dolorosa tinha acontecido aquele homem. Ele não está mentindo.

- Não se preocupe. – Redmi disse, olhando a parede de Charizards, Charmeleons e Charmanders. Por aqui não irei passar. – Vou manter minha palavra. Não farei nada contra a Horda. – O capitão cuspiu um pouco de sangue.

- E... E aqueles dois idiotas? O senhor... – O Professor começou a súplica.

- Luís, Caenis! – O Capitão o cortou. – Escoltem o Professor Carvalho de volta a cidade de Pallet. Deem a ordem aos homens para montarem base em Viridian. Aluguem duas motos na cidade e cruzem a mata paralelamente a rota número um. Eu e Jenny iremos na frente.

- Sim senhor, capitão. – Luís respondeu, pela primeira vez sem seu caderno de anotações na mão.

- Redmi...

Jenny pegou no ombro do professor.

- Sinto muito Professor. – Ela disse.

Aquele senhor, que merecia todo o respeito do mundo, por todo o conhecimento que descobrira sobre os pokémons, sabia o que aquele gesto significava.

- Professor? – Caenis apontou o caminho que Luís fazia.

Quando os três se afastaram pela mata, com um Arcanine a frente, Jenny riu.

- Ela te pegou de jeito, hein.

- Stella... – Ele ficou com o gosto de sangue na boca. – Ela é muito forte.

- Assumo que não iremos para Viridian.

- Não. – Rem olhou fundo nos olhos daquela mulher de cabelos esverdeados. – Eu sei quem ela é. E sei para onde está indo.

- Não me diga que...

O homem de sobretudo preto assentiu.

- E Ana é boa, muito boa. Pois não temos nenhum traidor entre nós!

Pokémon - Um Conto de LadrãoOnde histórias criam vida. Descubra agora