- Quem será a essa hora?-digo, mal conseguindo me levantar da cama. Dormi tarde a noite passada, essa vida de herói não é nada fácil.
Caminho pela casa para atender a pessoa impertinente que não faz cerimônias para apertar a campanhia.
-JÁ VAI! JÁ VAI!-Cadê a velha? Eu tenho que fazer tudo por aqui?-O que que você...Senhora Mydoriya?-me assusto ao ver a tia Inko com um semblante abatido na minha porta.
-Katsuki! Quanto tempo!-diz sorrindo, mas me pareceu ser um sorriso forçado.-Sua mãe está?
-Sim senhora!
-Poderia chamá-la para mim, se não for muito incômodo?-diz ainda sorridente.
-Claro! OHHH VELHOTA! A TIA INKO VEIO VISITAR! Vamos, pode entrar.-Katsuki abriu a porta, dando passagem para a Senhora Midoriya.
-JÁ VOU SEU MOLEQUE ATREVIDO!!! SE ME CHAMAR DE VELHOTA DE NOVO, EU TE DOU UM PONTA PÉ E VOCÊ VAI DAR A VOLTA AO MUNDO MAIS RÁPIDA QUE JÁ EXISTIU!-gritou do andar de cima.
-Tsc...não quer se sentar Senhora Mydoriya? Água? Cafê? Um suco?-Nossa! Me senti mais atencioso que o comum. Geralmente eu só explodo as visitas.
-Não Katsuki! É só uma visita rápida! Como vão as missões na U.A?- perguntou triste.
-Vão bem! Queria que houvesse menos vilões nesse mundo tia Inko.-falei sério.
-Também...adoraria que os jovens desse mundo pudessem viver suas vidas sem preocupações!-Falou com os olhos marejados. Eu a fiz chorar?
-Senhora eu não...
-Não seja bobo Katsuki! Isso não é culpa sua! Sabemos disso!
-Em falar nele...você tem...
-Eu estou com um pouco de pressa, sua mãe já está vindo?-disse me cortando.
Óbvio seu idiota, esse é um assunto que ela provavelmente odiaria tocar.
-Inko?-Minha mãe surgiu no topo da escada. Apesar da gritaria anterior demonstrava um semblante preocupado e abatido ao ver a antiga amiga de infância. Minha mãe lentamente desceu as escadas, em outras ocasiões seria como uma rainha descendo a escadaria dourada da mansão. Mas já sabíamos o por que daquele rosto triste. Mitsuki passou por mim, abriu os braços e Inko correu ao seu aperto. As duas ajoelharam em um abraço dolorido. O rosto triste mas sereno da tia Inko estava agora aos prantos, entre soluços e lágrimas que não paravam de cair. Tudo isso enquanto a mesma repetia entre o choro:
-I...Izu..Izuku. O meu Izuku... Mitsuki!-chorava sem parar.
-O que houve Inko? Eu estou aqui, não se acanhe!-minha mãe também não segurou as lágrimas abraçando sua amiga no carpete alvo da sala.
-O Izuk...ku! ELE FOI CONDENADO A CADEIRA ELÉTRICA! O MEU PEQUE...NO ZUKINHO FOI CONDENADO A MORTE MITSUKI!!! O QUE EU VOU FAZER SEM O MEU ZUKINHO MITSU? O QUE?-Encostou a cabeça nas coxas de Mitsuki enquanto as lágrimas corriam pela pela da mesma.
Quando ouvi "CONDENADO", parei. Meus joelhos foram de encontro ao chão. Aque...AQUELE NERD MALDITO! SEMPRE ELE! Nos fazendo chorar de novo! Nunca vou perdoá-lo. Eu irei explodí-lo até o último átomo! Então tudo veio de novo na minha mente. Senti as lágrimas rolarem pelas minhas bochechas. Não queria que a tia Inko e a Mitsuki me vissem chorando por causa daquele verme despresível.
Corri tropeçando pela escadaria acima. Chutei a porta do meu quarto, a fechando logo depois:
-Aquele...AQUELE MALDITO! POR QUE DEKU? POR QUE FOI FAZER ISSO COM A SUA MÃE? COM OS NOSSOS AMIGOS? COM A MINHA MÃE? COM...COM...COMIGO Deku...-pulei na cama, esfregando meus olhos que não paravam de cerrar.-Por que teve de acontecer?
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𝐕𝐞𝐫𝐝𝐞 𝐞́ 𝐚 𝐜𝐨𝐫 𝐝𝐨 𝐦𝐚𝐥
RandomEm uma manhã ensolarada, onde o mundo parecia mais feliz e melhor para se viver. Uma notícia havia abalado a estrutura dos alunos da U.A: IZUKU MIDORIYA havia se tornado um vilão. O que todos tinham certeza, era o fato de que todas as circunstânc...