RAVENA
Salão Comunal da CorvinalAbaixei meu livro de capa questionável sem perceber que estava me perdendo em mais um de meus devaneios. Preocupação com o exame de Transfiguração? Confere. O que eu iria fazer para amenizar isso? Nada. Estudar? Fora de cogitação. Meu olhar voltou-se para o livro em minhas mãos, ele era horrível, na verdade, e eu estava mesmo cogitando a possibilidade de prosseguir com a leitura inacreditavelmente ruim, porém interessante, e voltar a ignorar o fato de que as provas estavam cada vez mais próximas. Era do tipo "vou ler só pra saber onde essa merda vai dar".
Talvez vocês tenham pensado o mesmo quando resolveram ler isso aqui.
Encontrei o olhar da estátua de Rowena no salão, parecia me dar uma bronca silenciosa, o que me fez sentir um pouquinho mais culpada. Ah, lá vem a Lu!
— Digory, você pode me tirar umas dúvidas sobre os testrálios? — perguntou Lu, sentando ao lado do garoto com o livro de Trato das Criaturas Mágicas em mãos, que escrevia em um pergaminho; suas mãos estavam bem saradas agora, a poção de Madame Pomfrey estava fazendo efeito.
Devaneios, dúvidas e culpa foram encerradas quando os altos falantes do salão foram preenchidos pela voz de Eustáquio Mísero.
"Boa tarde, Hogwarts! Estudando bastante para os exames? NOMs? NIEMS? Nossos professores esperam que sim, mas não nós do Diário da Alvorada, que estamos sempre arrumando um tempinho para aliviar nossas tardes chatíssimas de domingo com a boa e velha novidade. A novela de Digory Kirke e Ravena Dolohov continua…"
Meu Deus.
Nem vou descrever que o meu coração acelerou de maneira estupidamente rápida. O que diabos eles tinham pra contar?! Não aconteceu absolutamente nada! Dig e eu éramos amigos. E eu gostava disso, nem nos beijamos novamente depois do "acidente" em Hogsmeade; Dig não comentou nada sobre… vocês sabem, e nem eu. Talvez por andarmos juntos, as pessoas pensem que ainda estamos nos beijando por aí. Lu olhou pra mim como se um enorme ponto de interrogação estivesse pairando entre nós, minha expressão deve ter dado pistas que eu sabia tanto quanto ela.
A voz de Eustáquio prosseguiu:
"Desta vez, Rabadash Tarcaã e Edmund Pevensie, esse da Sonserina, estão envolvidos. Vamos ouvir a gravação feita na última semana:
'Não fui eu que andei queimando mãos de terceiros por aí' Edmund.
'Foi parar nas mãos erradas, na verdade. Seria satisfatório ver Dolohov com as mãos enfaixadas' Rabadash.
'Porque ela saiu com o Kirke e não com você?' Edmund.
'Wow! Não quero perder aula pra servir de testemunha de briga com a McGonagall, tá legal?' Aravis.
'Vai se foder, Pevensie.' Rabadash.
'Manda pra mim da próxima vez, não peito pra crescer em cima de mim, né?' Edmund.
E acaba por aí. Aparentemente, quem deixou o apanhador da Corvinal com as mãos enfaixadas foi Tarcaã, que foi inicialmente destinado para Dolohov, por conta de ciúmes. Tá podendo, hein, Ravena?! Agora, tem sonserina solteira na área… "
Parei de ouvir a voz de Eustáquio.
— Por que eu não tô surpresa? — perguntou Lu, em voz alta, dessa vez erguendo-se junto com Dig, que puxava a varinha.
Por que EU não tô surpresa? Na verdade, estava ficando chateada de novo, era realmente cansativo aquilo; tinha vezes que eu só queria estar em casa e nunca ter ido pra Hogwarts, mesmo que continuasse virando saco de pancadas do Josh Smith na escola trouxa. Colegas de casa ao redor já começaram a cochichar e a olhar para nós, alguns com sorrisos estúpidos nos rostos. Como se eu não passasse vergonha com frequência ultimamente.
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Clichê através dos anos [Edmund Pevensie x OC]
FanfictionEdmund Pevensie era um sonserino. Eu sei, ele fica extremamente adorável com aquele uniforme! O ponto aqui é: eu acho que estou apaixonada por ele... E isso não tem nada a ver com a roupa. Quer dizer, você já viu aqueles olhos? Aquele nariz?! Droga...