RAVENA
— Isso é um absurdo. — disse a mãe de Tarva, que agora usava o sobrenome de solteira. A (senhorita, senhora…?) Smith tamborilava os dedos na mesa, impaciente.
A diretora ignorou, focando seus olhos de gato com rigidez, e disse:
— Isto foi confiscado.
Com um aceno elegante de varinha, o celular enfeitiçado sobrevoou a cabeça dos pais de Tarva e rodopiou na nossa frente, como se fôssemos míopes. Olhei para Tarva e trocamos olhares preocupados: Minerva não tinha o olhar como o nosso, sua sobrancelha estava erguida, sua expressão rígida e completamente séria. Ela estava furiosa.
— Podemos explicar — falei primeiro, tomando coragem.
— Será mesmo?
Claro que não podemos explicar! Uma das regras diz: é proibido o uso de aparelhos eletrônicos na escola. Mas será proibido mesmo? Ou só é a magia que os faz pifar e por conta disso é proibido?
O que rolou nas duas horas seguintes foi comparável a um tribunal: tinha plateia, a juíza, os acusadores e até Lucy e Edmund foram chamados para testemunharem. A parte útil (e desesperadora) é que me formei em advocacia mentalmente em 30 minutos para autodefesa. Foi um vai e vem tremendo para provar que não fizemos nada além de deixar o celular funcionando. Sequer tiramos fotos!
Mas se teve uma coisa que eu não gostei, foi do olhar que os funcionários do Ministério da Magia trocaram.
No fim das contas, não fomos expulsas ou tivemos nossas varinhas quebradas ao meio. Eu estava esperando conversar um pouco com a tia Becky e matar a saudade, mas a professora McGonagall não nos deu espaço, como se o nosso castigo incluísse ficar longe da família. Depois que todo mundo foi embora, sobrou eu e Tarva para encarar a fera.
— Irresponsáveis! — bradou a mulher — Em minutos poderiam ter colocado o segredo do nosso mundo aos ares.
— Mas não colocamos! — exclamei, agora largada na poltrona felpuda. — E mesmo se tivéssemos, eles não iam acreditar. Iriam achar que era montagem.
Tarva concordou:
— E não temos Internet pra isso.
Foi mesmo que nada. Talvez Minerva nem soubesse o que era Internet.
— Isso não anula o fato de vocês duas terem quebrado uma regra da escola de forma tão imprudente. Uma regra muito importante. — disse Minerva. Então, ela fixou seu olhar em mim, e é claro que eu me encolhi na cadeira. — Seu título de monitora foi suspenso, srta. Dolohov. Permanentemente.
Meu queixo caiu.
— Mas…
Minerva voltou-se para Tarva.
— E a srta. não terá mais permissão para visitar Hogsmeade.
x
Eu nunca tinha visto Edmund chamar tantos palavrões.
Na verdade, ele pronunciou palavras que eu nem sabia da existência, e por mais que ele estivesse tentando fazer eu me sentir melhor, um desânimo se aninhou em meus ossos. Ser monitora era, provavelmente, a melhor coisa que eu tinha conseguido naquela escola e tudo foi tomado em questão de segundos só porque eu fiquei curiosa. Se eu fosse um gato, estaria morta. O desânimo se transformou em um mau humor definitivo quando eu vi Rabadash com um sorriso arreganhado.
Patético.
Depois do jantar, não quis perder mais tempo e me arrastei para a sala de Minerva outra vez só pra descobrir qual seria a detenção daquela noite. Tendo Tarva como companhia, entramos na diretoria. Pelo o que entendi, toda noite após o jantar, iríamos fazer uma limpeza em alguma sala do castelo durante um mês. Sem magia.
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Clichê através dos anos [Edmund Pevensie x OC]
Fiksi PenggemarEdmund Pevensie era um sonserino. Eu sei, ele fica extremamente adorável com aquele uniforme! O ponto aqui é: eu acho que estou apaixonada por ele... E isso não tem nada a ver com a roupa. Quer dizer, você já viu aqueles olhos? Aquele nariz?! Droga...